INTRODUÇÃO
Como se sabe o método que conduz a uma maior e melhor qualidade de
vida
e geralmente conduz a uma maior sobrevida do Insuficiente Renal Crónico é
o método de Transplante Renal.
Cada vez mais actualmente a sobrevida do Transplante é maior, tendo em
conta a medicação anti-rejeição a que os mesmos ficam sujeitos.
O transplantado deverá ter sempre em mente que o Rim implantado não é
ilimitado, logo o retorno à diálise, depende muito de si.
Existem os membros da equipe de transplante, nefrologistas, enfermagem de
transplante e nutricionista, que estarão sempre trabalhando consigo,
proporcionando as informações necessárias em relação à manutenção do seu novo
Rim, continuando afirmar que tal apoio dependerá sempre e sempre de
si.
FALANDO UM POUCO SOBRE
MEDICAÇÃO
Como os Doentes em diálise, os transplantados não deixam de ter de tomar
uma série de medicamentos, necessários à conservação do Rim transplantado, mas,
poderá criar outras disfunções, variando de doente para doente, dependendo das
doses ou outros factores, como passamos a exemplificar:
-
Ciclosporina
(sandimmun Neoral
-
pode
associar-se a hipertensão, toxidade renal dependendo da dose, aumento das
gengivas, crescimento de pêlos, aumento do colesterol e por vezes aparecimento
de diabetes.
-
Prednisolona
(Lepicortinolo) - poderá causar agravamento
de diabetes, aumento de
peso, cara de lua cheia, hipertensão, aumento do colesterol, gastrite ou úlcera
e alterações ósseas.
-
Azatioprina
(Imuran) – pode
ocasionar alterações hepáticas e baixa de glóbulos brancos.
-
Micofenolato
de Mofetil (Cellcept) – poderá
por vezes criar diarreia e vómitos. Pode também ocasionar baixa de glóbulos
brancos e anemia.
-
Tacrolimus
(Prograf) – poderá
associar-se a hipertensão, toxidade real dependente da dose e por vezes
aparecimento de diabetes.
-
Rapamicina
(Rapamune) – pode
associar-se ao aumento das gorduras no sangue (colesterol e
triglicerídeos).
Porém,
para além dos imunossupressores, é natural e necessário que tenha de tomar
outros medicamentos de forma continuada, para tratar ou prevenir muitas das
alterações associadas ao transplante, que são:
Ø Medicamentos para controlar a tensão
arterial
Ø Medicamentos para o colesterol
Ø Protectores gástricos
Ø Antibióticos
Deverá
falar com o seu médico, considerando que alguns destes fármacos poderão
interferir com a Ciclosporina ou o Tracolimus, pois poderá aumentar ou diminuir
os níveis sanguíneos, perturbando a sua acção no sentido da toxidade ou
rejeição.
PROBLEMAS
A TER EM CONTA APÓS O TRANSPLANTE
1.
Rejeição
O nosso organismo defende-se das agressões
estranhas (infecções, corpos estranhos) reagindo criando anticorpos. Exemplos,
quando se tem uma gripe ou um abcesso, o organismo fabrica anticorpos destinados
a destruir o micróbio. Assim, também são fabricados anticorpos contra o rim
transplantado, o que poderá vir a criar uma rejeição. Se tal acontecer e
iniciando-se um processo de degradação da função renal, poderá por vezes levar à
destruição do transplante renal.
A
vigilância e as consultas regulares é imperiosa, considerando que o mais
frequente é o primeiro ano. Dever-se-á por tal ter em conta as consultas
regulares que poderão permitir detectar precocemente a rejeição e em muitos
casos ser tratado de forma eficaz.
2.
Infecções
Como
se sabe as infecções e todos os transplantados, disso são informados, que após o
transplante, são mais frequentes e podem ser mais graves. O contacto com doentes
com doenças infecto-contagiosas (sarampo, varicela, tuberculose, etc. deve ser
evitado. Sempre que o transplantado apresente um quadro de febres, deve de
imediato procurar o seu médico.
3. Doenças cardíacas e vasculares
É
frequente a hipertensão arterial e o aumento das gorduras do sangue
(colesterol), triglicerídeos) após o transplante renal.
Como
é óbvio e fundamental importa que o transplantado, controle a tensão arterial e
as gorduras, para prevenir as doenças cardíacas e vasculares. Deverá ter em atenção a alimentação, não fumar fazer
alguns exercícios físicos, não violentos.
4. Tumores
Nomeadamente
o risco de tumores na pele, aumenta após o transplante.
Sempre
que exista o aparecimento de gânglios ou alterações na pele devem ser de
imediato referidos ao seu médico. Deverá ter cuidado com a exposição solar e se
o fizer não esquecer sempre, de usar protectores solares, pois é um meio de
prevenir que tal possa acontecer. Não esquecer também que deverá abandonar o
tabaco que é também importante.
5. Obesidade
Após
o transplante renal o apetite aumenta até pela liberalização da dieta, o que
alguns casos conduz ao aumento de peso e obesidade. È importante ter em conta
que independentemente de não estar a fazer diálise, deverá ter em conta uma
alimentação não descuidada e controlar sempre o seu peso.
RECOMENDAÇÕES
GERAIS
1. Medicação
A
forma de prevenir a rejeição é sempre tomar os medicamentos imunossupressores.
Deverá tomar a medicação prescrita sempre a mesma hora e não descuidar as doses
prescritas. Não esquecer que se não tomou a medicação na hora que normalmente
faz e faltarem ainda cerca de 4 horas, para a toma seguinte, deverá efectuá-la.
Os vómitos podem alterar a absorção dos medicamentos, neste caso deve consultar
o seu médico.
2. Medir a temperatura
Deverá
ter em atenção à mesma, pois é um sinal de infecção ou possível rejeição. Se
tiver febre mais que um dia deve contactar a equipe de transplante.
3. Medir a tensão arterial
A
enfermeira da consulta de transplante pode e deve ensiná-lo a medir a sua tensão
arterial e o pulso. Torna-se imperioso que nós tenhamos a responsabilidade no
apoio no nosso transplante, sem sempre termos que recorrer ao médico ou
enfermagem para tal. Se verificar aumento das tensões deve então recorrer ao seu médico para lhe comunicar.
4. Quantidade de urina e peso
A
quantidade de urina produzida após o transplante é variável, dependendo da
quantidade de líquidos ingeridos.
Se
verificar alteração da cor da mesma ou diminuição bastante da quantidade aumento de peso (superior que meio quilo por
semana) ou aparecimento de edemas (inchaço) deve contactar a equipe de
transplante.
5. Cuidados e higiene
Deverá
ter cuidados acrescidos com a higiene dentária, escovar os dentes após as
refeições ir ao dentista regularmente para prevenir as infecções e as cáries
dentárias.
O
mesmo acontecendo com a pele e o cabelo, pois assim reduz-se o risco de
infecções.
6. Actividade física
O
exercício físico regular ajuda a controlar o peso e previne as doenças
cardiovasculares.
Mexa-se.
Faça exercício físico. Ande pelo menos 30 minutos por dia a pé.
7. Actividade sexual e fertilidade
A
actividade sexual pode ser iniciada logo que o deseje.
Após
o transplante há recuperação de fertilidade. A gravidez com sucesso é possível,
desde que o rim funcione bem e não haja, entre outros, hipertensão grave. É
recomendável esperar 1 a 2 anos após o transplante, pelo que, durante este
período se devem usar métodos para evitar a gravidez.
8. Cuidados com a alimentação
Após
o transplante renal as restrições alimentares de potássio e fósforo,
características do período de diálise, deixam de ser necessárias, pelo menos na
maior parte dos casos.
Como
os transplantados sabem, verifica-se um aumento de apetite, quer devido a alguma
medicação imunossupressora, quer devido a uma nova sensação de liberdade e
bem-estar. No entanto, é necessário controlar esse apetite desde o principio,
uma vez que os excessos alimentares após o transplante renal contribuem para o
aumento de peso, muitas vezes excessivas. Surge então a obesidade, a hipertensão
arterial, o colesterol elevado, a diabetes, etc.. Assim importa que o
transplantado renal tenha uma alimentação correcta, equilibrada e variada e
modifique alguns maus hábitos e estilos de vida para não perder um bem tão
precioso que é o seu Transplante Renal.
Previna-se
para que muito longe esteja o retrocesso para Hemodiálise.
Deixamos
aqui alguns conselhos práticos que importa nunca os esquecer, com o nosso
agradecimento pela documentação
fornecida aos Transplantados, pela Unidade de Transplante Renal do H.G.S.A. e
porque os mesmos nos dizem respeito, utilizamos em parte o seu conteúdo, no
nosso site, com o fim de lhe dar mais relevo, que foi o que presidiu à sua
autora, Enfª. Maria José Figueiredo, a quem agradecemos reconhecidamente, em
prol dos Insuficientes Renais Crónicos e Transplantados.
PREVINA-SE, SIGA OS CONSELHOS AQUI DESCRITOS E ASSIM
CONSEGUIRÁ UMA MAIOR LONGEVIDADE DO SEU TRANSPLANTE.
NÃO ESQUEÇA NUNCA DE CONSULTAR O SEU MÉDICO!!
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