domingo, 24 de abril de 2011
sábado, 23 de abril de 2011
Formada a partir da palavra grega thyreós (escudo alongado) e do sufixo -óide (ver tiróide).
Tiroidectomia
Extirpação total ou parcial da glândula tiróide.
Tiroidite
Inflamação da tiróide que pode ter várias causas (ver tiroidite pós-parto e tiroidites).
Tiroidite de Hashimoto
Doença crónica da tiróide que pode provocar hipotiroidismo.
Tirotoxicose
Conjunto de sinais e sintomas que resultam de um excesso de hormonas tiroideias.
Tirotropina (ou tireotropina)
O mesmo que TSH.
Tiroxina
Hormona produzida pela tiróide. A tiroxina sódica é utilizada no tratamento do hipotiroidismo.
Comercializada em Portugal com os nomes de Letter® e Thyrax®.
TSH
Hormona estimuladora da tiróide que é produzida pela hipófise (iniciais de thyroid stimulating
hormone). O mesmo que tirotropina ou tireotropina.
Tiroidectomia
Extirpação total ou parcial da glândula tiróide.
Tiroidite
Inflamação da tiróide que pode ter várias causas (ver tiroidite pós-parto e tiroidites).
Tiroidite de Hashimoto
Doença crónica da tiróide que pode provocar hipotiroidismo.
Tirotoxicose
Conjunto de sinais e sintomas que resultam de um excesso de hormonas tiroideias.
Tirotropina (ou tireotropina)
O mesmo que TSH.
Tiroxina
Hormona produzida pela tiróide. A tiroxina sódica é utilizada no tratamento do hipotiroidismo.
Comercializada em Portugal com os nomes de Letter® e Thyrax®.
TSH
Hormona estimuladora da tiróide que é produzida pela hipófise (iniciais de thyroid stimulating
hormone). O mesmo que tirotropina ou tireotropina.
Glossário
Anticorpos antitiroideus
Anticorpos produzidos por uma pessoa contra a sua própria tiróide.
Antitiroideus (medicamentos)
Medicamentos utilizados para tratar o hipertiroidismo. Em Portugal encontram-se
comercializados o propiltiouracilo (Propycil®) e o metimazol (Metibasol®).
Auto-imunidade
Situação em que o sistema imunitário actua contra componentes do próprio organismo.
Bócio
Aumento de volume da tiróide.
Doença de Graves
É um tipo de hipertiroidismo provocado pela produção de anticorpos estimuladores da função
tiroideia.
Hipertiroidismo
Excesso de produção de hormonas da tiróide (ver hipertiroidismo).
Hipotiroidismo
Doença resultante da falta de hormonas da tiróide.
Letter
Nome comercial de tiroxina comercializada em Portugal.
Levotiroxina
Ver tiroxina.
Metibasol
Nome comercial de metimazol (medicamento antitiroideu) comercializada em Portugal.
Metimazol
Medicamento (antitiroideu) utilizado para tratar o hipertiroidismo. Comercializado em Portugal
com o nome de Metibasol®.
Adenoma tóxico
Nódulo tiroideu capaz de produzir hormonas em excesso.
Propiltiouracilo
Medicamento (antitiroideu) utilizado para tratar o hipertiroidismo. Comercializado em Portugal
com o nome de Propycil®.
Propycil
Nome comercial de propiltiouracilo (medicamento antitiroideu) comercializada em Portugal.
T3 e T4
Hormonas produzidas pela tiróide. A T3 também é chamada tri-iodotironina e a T4 tiroxina.
Thyrax
Nome comercial de tiroxina comercializada em Portugal.
Tiamazol
O mesmo que metimazol.
Tiróide (ou tireóide)
Anticorpos antitiroideus
Anticorpos produzidos por uma pessoa contra a sua própria tiróide.
Antitiroideus (medicamentos)
Medicamentos utilizados para tratar o hipertiroidismo. Em Portugal encontram-se
comercializados o propiltiouracilo (Propycil®) e o metimazol (Metibasol®).
Auto-imunidade
Situação em que o sistema imunitário actua contra componentes do próprio organismo.
Bócio
Aumento de volume da tiróide.
Doença de Graves
É um tipo de hipertiroidismo provocado pela produção de anticorpos estimuladores da função
tiroideia.
Hipertiroidismo
Excesso de produção de hormonas da tiróide (ver hipertiroidismo).
Hipotiroidismo
Doença resultante da falta de hormonas da tiróide.
Letter
Nome comercial de tiroxina comercializada em Portugal.
Levotiroxina
Ver tiroxina.
Metibasol
Nome comercial de metimazol (medicamento antitiroideu) comercializada em Portugal.
Metimazol
Medicamento (antitiroideu) utilizado para tratar o hipertiroidismo. Comercializado em Portugal
com o nome de Metibasol®.
Adenoma tóxico
Nódulo tiroideu capaz de produzir hormonas em excesso.
Propiltiouracilo
Medicamento (antitiroideu) utilizado para tratar o hipertiroidismo. Comercializado em Portugal
com o nome de Propycil®.
Propycil
Nome comercial de propiltiouracilo (medicamento antitiroideu) comercializada em Portugal.
T3 e T4
Hormonas produzidas pela tiróide. A T3 também é chamada tri-iodotironina e a T4 tiroxina.
Thyrax
Nome comercial de tiroxina comercializada em Portugal.
Tiamazol
O mesmo que metimazol.
Tiróide (ou tireóide)
pode causar rouquidão temporária ou permanente. Por isso, o cirurgião deve ter muito cuidado
para evitar esta complicação rara (1-2%), mas grave.
A paratormona (PTH) é uma hormona segregada nas
glândulas paratiróides (Figura 5) que regula os níveis de
cálcio e fósforo no sangue. As paratiróides são geralmente
em número de quatro e situam-se, cada uma junto de cada
polo da tiróide, muito perto desta glândula. São muito
pequenas e passam facilmente despercebidas se não forem
identificadas no início da cirurgia. A sua irrigação é a mesma
da tiróide, pelo que inadvertidamente, pode haver lesão dos
vasos sanguíneos que lhes levam o sangue, quando se
laqueiam os vasos da tiróide. Se isso acontece, o doente pode ficar com deficiência de PTH
temporária ou permanente, o que leva a um quadro clínico de hipoparatiroidismo. O
hipoparatiroidismo é um estado em que existe uma diminuição da secreção ou da actividade da
PTH. Como consequência, os níveis de cálcio diminuem (hipocalcemia) e os valores do fósforo
aumentam (hiperfosfatemia). Os sintomas podem ser ligeiros: formigueiros nas mãos, dedos e
à volta da boca, ou graves: cãibras musculares que podem levar a tetania (cãibras
generalizadas de vários músculos) ou mesmo convulsões (muito raro).
O tratamento baseia-se na administração de suplementos de cálcio e de vitamina D, que ajuda
à absorção de cálcio pelo intestino. Por vezes existe também deficiência de magnésio, o que
obriga a prescrever magnésio. Durante o internamento, quando os níveis de cálcio atingem
valores muito baixos, pode ser necessário administrar cálcio por via injectável.
Cuidados pós-operatórios
O doente é mantido sob vigilância dos sinais vitais (tensão arterial, pulso, frequência
respiratória, temperatura, débito urinário) nas primeiras horas a seguir à cirurgia.
A evolução da ferida operatória é verificada. De início, o doente sente um ligeiro "inchaço da
garganta", pode referir dor e enjoo, mas é-lhe prescrita medicação para alívio desses sintomas.
São pesquisados os sintomas e sinais clínicos de baixa de cálcio: "formigueiros" e "picadelas"
das mãos e face. Em caso de dúvida o enfermeiro ou o médico pode pesquisar o sinal de
Trousseau, que consiste em insuflar o aparelho de medir a tensão arterial até níveis acima da
tensão máxima. É positivo se provocar uma contratura dos dedos.
Pode ser necessário colher sangue para determinação dos níveis de cálcio.
Na noite a seguir à cirurgia, o doente já deve poder ingerir dieta líquida ou ligeira e levantar-se
da cama.
Após a alta
• O doente pode andar, comer e beber.
• A incisão operatória deve ser mantida limpa (pode tomar banho com uso do chuveiro
no local).
• É possível conduzir passados 2-3 dias e regressar ao emprego dentro de 5-7 dias, se
não existirem complicações.
• O cirurgião marca consulta pós-operatória para breve.
• São pedidas análises de função tiroideia a curto prazo.
• Nos casos de cirurgias mais alargadas é necessário tomar hormona da tiróide em
comprimidos para substituir aquela que é fabricada pela tiróide que foi removida,
excepto nos casos de malignidade em que pode ser preciso esperar pela realização de
cintigrama e/ou tratamento com iodo 131 para iniciar a medicação.
para evitar esta complicação rara (1-2%), mas grave.
A paratormona (PTH) é uma hormona segregada nas
glândulas paratiróides (Figura 5) que regula os níveis de
cálcio e fósforo no sangue. As paratiróides são geralmente
em número de quatro e situam-se, cada uma junto de cada
polo da tiróide, muito perto desta glândula. São muito
pequenas e passam facilmente despercebidas se não forem
identificadas no início da cirurgia. A sua irrigação é a mesma
da tiróide, pelo que inadvertidamente, pode haver lesão dos
vasos sanguíneos que lhes levam o sangue, quando se
laqueiam os vasos da tiróide. Se isso acontece, o doente pode ficar com deficiência de PTH
temporária ou permanente, o que leva a um quadro clínico de hipoparatiroidismo. O
hipoparatiroidismo é um estado em que existe uma diminuição da secreção ou da actividade da
PTH. Como consequência, os níveis de cálcio diminuem (hipocalcemia) e os valores do fósforo
aumentam (hiperfosfatemia). Os sintomas podem ser ligeiros: formigueiros nas mãos, dedos e
à volta da boca, ou graves: cãibras musculares que podem levar a tetania (cãibras
generalizadas de vários músculos) ou mesmo convulsões (muito raro).
O tratamento baseia-se na administração de suplementos de cálcio e de vitamina D, que ajuda
à absorção de cálcio pelo intestino. Por vezes existe também deficiência de magnésio, o que
obriga a prescrever magnésio. Durante o internamento, quando os níveis de cálcio atingem
valores muito baixos, pode ser necessário administrar cálcio por via injectável.
Cuidados pós-operatórios
O doente é mantido sob vigilância dos sinais vitais (tensão arterial, pulso, frequência
respiratória, temperatura, débito urinário) nas primeiras horas a seguir à cirurgia.
A evolução da ferida operatória é verificada. De início, o doente sente um ligeiro "inchaço da
garganta", pode referir dor e enjoo, mas é-lhe prescrita medicação para alívio desses sintomas.
São pesquisados os sintomas e sinais clínicos de baixa de cálcio: "formigueiros" e "picadelas"
das mãos e face. Em caso de dúvida o enfermeiro ou o médico pode pesquisar o sinal de
Trousseau, que consiste em insuflar o aparelho de medir a tensão arterial até níveis acima da
tensão máxima. É positivo se provocar uma contratura dos dedos.
Pode ser necessário colher sangue para determinação dos níveis de cálcio.
Na noite a seguir à cirurgia, o doente já deve poder ingerir dieta líquida ou ligeira e levantar-se
da cama.
Após a alta
• O doente pode andar, comer e beber.
• A incisão operatória deve ser mantida limpa (pode tomar banho com uso do chuveiro
no local).
• É possível conduzir passados 2-3 dias e regressar ao emprego dentro de 5-7 dias, se
não existirem complicações.
• O cirurgião marca consulta pós-operatória para breve.
• São pedidas análises de função tiroideia a curto prazo.
• Nos casos de cirurgias mais alargadas é necessário tomar hormona da tiróide em
comprimidos para substituir aquela que é fabricada pela tiróide que foi removida,
excepto nos casos de malignidade em que pode ser preciso esperar pela realização de
cintigrama e/ou tratamento com iodo 131 para iniciar a medicação.
Cirurgia
Existem várias opções para a cirurgia da tiróide, dependendo a escolha do tipo de operação da
doença da tiróide subjacente, embora a anatomia da glândula também tenha influência.
Lobectomia parcial – Não é utilizada (Figura 1)
.
Lobectomia (direita ou esquerda) – É a cirurgia mínima actualmente
praticada, embora raramente. Utilizada em casos de nódulo solitário
dominante benigno (Figura 2).
Hemitiroidectomia (direita ou esquerda) – Significa remoção de um
dos lobos da tiróide bem como do istmo. É uma cirurgia mais
alargada do que a anterior e é a opção mais frequente nas
situações benignas, em que os nódulos se localizam apenas num
lobo e/ou istmo tiroideu. Pode ser utilizada em casos de tumores
muito pequenos, pouco agressivos em doentes jovens (Figura 3).
Na prática clínica utilizam-se frequentemente os termos lobectomia
e hemitiroidectomia com o mesmo significado, isto é, ao realizar-se
uma lobectomia inclui-se a remoção do istmo.
Tiroidectomia subtotal – Esta opção remove o lobo mais afectado
pelo problema do doente, o istmo e grande parte do lobo oposto. É
uma opção para os cancros pouco agressivos, nos bócios que
causam compressão das estruturas do pescoço e/ou se estendem
para o tórax (bócios mergulhantes) (Figura 4). Hoje em dia, a
tendência vai no sentido de abandonar a tiroidectomia subtotal,
substituindo-a pela tiroidectomia total.
Tiroidectomia total – Remoção de toda a glândula tiróide. É a
cirurgia indicada nos bócios muito volumosos e no carcinoma
da tiróide, principalmente se papilar ou folicular grande,
agressivo e em indivíduos com mais de 40 anos, no carcinoma
medular da tiróide e no carcinoma anaplásico. Neste caso nem
sempre é possível retirar toda a glândula, já que muitas vezes o
tumor invade órgãos vitais do pescoço como a traqueia e as
artérias carótidas.
A incisão utilizada na cirurgia da tiróide mede entre 7,5 e 12,5 cm e geralmente cicatriza muito
bem.
Complicações
As complicações da cirurgia da tiróide são de um modo geral raras e de evolução favorável.
Problemas como hemorragia, infecção da ferida operatória, dificuldade respiratória, pneumonia
e tromboflebite quase nunca acontecem. Nos casos de cancros avançados que invadem as
vias respiratórias, pode existir dificuldade respiratória com necessidade de traqueostomia
(abertura na traqueia que permite respirar através de um tubo).
As duas complicações mais preocupantes, embora pouco frequentes, são a lesão do nervo
recorrente e o hipoparatiroidismo.
Os nervos recorrentes situam-se muito perto da região posterior da tiróide, e são responsáveis
pelo movimento das cordas vocais. Se pelo menos um dos nervos é lesado durante a cirurgia,
Existem várias opções para a cirurgia da tiróide, dependendo a escolha do tipo de operação da
doença da tiróide subjacente, embora a anatomia da glândula também tenha influência.
Lobectomia parcial – Não é utilizada (Figura 1)
.
Lobectomia (direita ou esquerda) – É a cirurgia mínima actualmente
praticada, embora raramente. Utilizada em casos de nódulo solitário
dominante benigno (Figura 2).
Hemitiroidectomia (direita ou esquerda) – Significa remoção de um
dos lobos da tiróide bem como do istmo. É uma cirurgia mais
alargada do que a anterior e é a opção mais frequente nas
situações benignas, em que os nódulos se localizam apenas num
lobo e/ou istmo tiroideu. Pode ser utilizada em casos de tumores
muito pequenos, pouco agressivos em doentes jovens (Figura 3).
Na prática clínica utilizam-se frequentemente os termos lobectomia
e hemitiroidectomia com o mesmo significado, isto é, ao realizar-se
uma lobectomia inclui-se a remoção do istmo.
Tiroidectomia subtotal – Esta opção remove o lobo mais afectado
pelo problema do doente, o istmo e grande parte do lobo oposto. É
uma opção para os cancros pouco agressivos, nos bócios que
causam compressão das estruturas do pescoço e/ou se estendem
para o tórax (bócios mergulhantes) (Figura 4). Hoje em dia, a
tendência vai no sentido de abandonar a tiroidectomia subtotal,
substituindo-a pela tiroidectomia total.
Tiroidectomia total – Remoção de toda a glândula tiróide. É a
cirurgia indicada nos bócios muito volumosos e no carcinoma
da tiróide, principalmente se papilar ou folicular grande,
agressivo e em indivíduos com mais de 40 anos, no carcinoma
medular da tiróide e no carcinoma anaplásico. Neste caso nem
sempre é possível retirar toda a glândula, já que muitas vezes o
tumor invade órgãos vitais do pescoço como a traqueia e as
artérias carótidas.
A incisão utilizada na cirurgia da tiróide mede entre 7,5 e 12,5 cm e geralmente cicatriza muito
bem.
Complicações
As complicações da cirurgia da tiróide são de um modo geral raras e de evolução favorável.
Problemas como hemorragia, infecção da ferida operatória, dificuldade respiratória, pneumonia
e tromboflebite quase nunca acontecem. Nos casos de cancros avançados que invadem as
vias respiratórias, pode existir dificuldade respiratória com necessidade de traqueostomia
(abertura na traqueia que permite respirar através de um tubo).
As duas complicações mais preocupantes, embora pouco frequentes, são a lesão do nervo
recorrente e o hipoparatiroidismo.
Os nervos recorrentes situam-se muito perto da região posterior da tiróide, e são responsáveis
pelo movimento das cordas vocais. Se pelo menos um dos nervos é lesado durante a cirurgia,
vida. Esta possibilidade é o que justifica que os doentes que tenham feito este tratamento
deverão ter pelo menos uma reavaliação anual da função tiroideia.
O tratamento pode provocar efeitos secundários que são raros e duram pouco tempo:
1. Raramente pode haver agravamento transitório dos sintomas de hipertiroidismo por
inflamação da glândula (tiroidite) que provoca dor local.
2. Muito raramente pode apresentar secura das glândulas salivares durante 1 a 3 dias.
3. Em indivíduos com exoftalmia por doença de Graves pode ocorrer algum agravamento
após o tratamento, que pode ser prevenido com a administração de medicamentos
(corticosteróides).
Este tratamento está contra-indicado em grávidas.
Durante alguns dias após o tratamento devem ser observados alguns cuidados que serão
transmitidos pelo médico que administrar o tratamento e que podem incluir limitações no
contacto com grávidas e crianças.
Quando o tratamento for efectuado em mulheres em idade fértil aconselha-se evitar engravidar
durante 6 meses após o tratamento.
deverão ter pelo menos uma reavaliação anual da função tiroideia.
O tratamento pode provocar efeitos secundários que são raros e duram pouco tempo:
1. Raramente pode haver agravamento transitório dos sintomas de hipertiroidismo por
inflamação da glândula (tiroidite) que provoca dor local.
2. Muito raramente pode apresentar secura das glândulas salivares durante 1 a 3 dias.
3. Em indivíduos com exoftalmia por doença de Graves pode ocorrer algum agravamento
após o tratamento, que pode ser prevenido com a administração de medicamentos
(corticosteróides).
Este tratamento está contra-indicado em grávidas.
Durante alguns dias após o tratamento devem ser observados alguns cuidados que serão
transmitidos pelo médico que administrar o tratamento e que podem incluir limitações no
contacto com grávidas e crianças.
Quando o tratamento for efectuado em mulheres em idade fértil aconselha-se evitar engravidar
durante 6 meses após o tratamento.
Tratamento com iodo radioactivo
Em doentes com cancro da tiróide
Na sequência do tratamento do cancro da tiróide pode estar indicado, após a cirurgia, um
tratamento com iodo radioactivo.
O tratamento com hormona tiroideia ("Letter" ou "Thyrax") deverá ser interrompido com um mês
de antecedência para maximizar a captação do ¹³¹I. Isto provocará um quadro de hipotiroidismo
sendo frequentes alguns sintomas relacionados com essa situação.
É essencial evitar nos dias anteriores a ingestão ou aplicação externa de substâncias que
possam conter iodo na sua composição, porque se verificaria uma redução na captação do
produto com diminuição da eficácia do tratamento.
Após o tratamento o doente fica internado e não pode ter visitas, na tentativa de reduzir a
contaminação das pessoas que lhe são mais próximas. Na maior parte dos casos o
internamento tem a duração de 48 horas.
Durante o internamento deverá cumprir as normas do centro em relação ao isolamento,
refeições, tratamento de resíduos, etc. que frequentemente são dadas por escrito.
Aconselha-se levar a menor quantidade de roupa possível, material para se entreter, assim
como luvas e chinelos de plástico descartáveis para evitar o contacto com os objectos
pessoais. O doente tomará banho de chuveiro pelo menos uma vez por dia esfregando bem a
pele e beberá abundantes líquidos pois aceleram a eliminação do iodo.
As complicações da terapêutica com ¹³¹I são geralmente de pouco significado. A inflamação da
tiróide (tiroidite) cursa com dor no pescoço respondendo normalmente bem aos analgésicos. A
inflamação das glândulas salivares é habitualmente transitória e responde bem à estimulação
salivar com rebuçados de limão ou hidratação abundante de sumos limão. A cistite (inflamação
da bexiga) pode surgir, prevenindo-se com hidratação abundante.
No momento da alta devem ser dadas algumas recomendações para observar nos dias
seguintes como por exemplo:
1. Evitar o contacto com grávidas e crianças pequenas.
2. Se cozinhar calçar luvas enquanto manipula os alimentos.
3. Não dormir acompanhado.
4. Lavar em separado, na máquina, com um programa forte a sua roupa pessoal e de
cama.
5. Descarregar sempre duas vezes o autoclismo.
6. Tomar banho de chuveiro, esfregando bem a pele.
Em doentes com hipertiroidismo
Para o tratamento do hipertiroidismo poderá estar indicado o iodo radioactivo. Embora existam
outras possibilidades terapêuticas, o seu médico pode considerar esta, como a mais
apropriada.
O objectivo do tratamento com ¹³¹I será destruir a quantidade suficiente de tiróide que leve à
cura do hipertiroidismo. Este objectivo nem sempre é obtido com um único tratamento.
A sua administração é simples e a eficácia no tratamento do hipertiroidismo é elevada. Caso
esteja a tomar medicamentos antitiroideus ("Propycil" e "Metibasol") estes deverão ser
suspensos alguns dias antes da administração do iodo e poderão ser reiniciados alguns dias
após o tratamento, enquanto esperamos o efeito do iodo que pode demorar de 3 a 12 dias.
Por outro lado com alguma frequência (com aumentos posteriores de 2 a 4% por ano) este
tratamento leva a uma destruição excessiva da tiróide o que provoca um quadro de
hipotiroidismo que necessitará de tratamento substitutivo com hormona tiroideia para toda a
Em doentes com cancro da tiróide
Na sequência do tratamento do cancro da tiróide pode estar indicado, após a cirurgia, um
tratamento com iodo radioactivo.
O tratamento com hormona tiroideia ("Letter" ou "Thyrax") deverá ser interrompido com um mês
de antecedência para maximizar a captação do ¹³¹I. Isto provocará um quadro de hipotiroidismo
sendo frequentes alguns sintomas relacionados com essa situação.
É essencial evitar nos dias anteriores a ingestão ou aplicação externa de substâncias que
possam conter iodo na sua composição, porque se verificaria uma redução na captação do
produto com diminuição da eficácia do tratamento.
Após o tratamento o doente fica internado e não pode ter visitas, na tentativa de reduzir a
contaminação das pessoas que lhe são mais próximas. Na maior parte dos casos o
internamento tem a duração de 48 horas.
Durante o internamento deverá cumprir as normas do centro em relação ao isolamento,
refeições, tratamento de resíduos, etc. que frequentemente são dadas por escrito.
Aconselha-se levar a menor quantidade de roupa possível, material para se entreter, assim
como luvas e chinelos de plástico descartáveis para evitar o contacto com os objectos
pessoais. O doente tomará banho de chuveiro pelo menos uma vez por dia esfregando bem a
pele e beberá abundantes líquidos pois aceleram a eliminação do iodo.
As complicações da terapêutica com ¹³¹I são geralmente de pouco significado. A inflamação da
tiróide (tiroidite) cursa com dor no pescoço respondendo normalmente bem aos analgésicos. A
inflamação das glândulas salivares é habitualmente transitória e responde bem à estimulação
salivar com rebuçados de limão ou hidratação abundante de sumos limão. A cistite (inflamação
da bexiga) pode surgir, prevenindo-se com hidratação abundante.
No momento da alta devem ser dadas algumas recomendações para observar nos dias
seguintes como por exemplo:
1. Evitar o contacto com grávidas e crianças pequenas.
2. Se cozinhar calçar luvas enquanto manipula os alimentos.
3. Não dormir acompanhado.
4. Lavar em separado, na máquina, com um programa forte a sua roupa pessoal e de
cama.
5. Descarregar sempre duas vezes o autoclismo.
6. Tomar banho de chuveiro, esfregando bem a pele.
Em doentes com hipertiroidismo
Para o tratamento do hipertiroidismo poderá estar indicado o iodo radioactivo. Embora existam
outras possibilidades terapêuticas, o seu médico pode considerar esta, como a mais
apropriada.
O objectivo do tratamento com ¹³¹I será destruir a quantidade suficiente de tiróide que leve à
cura do hipertiroidismo. Este objectivo nem sempre é obtido com um único tratamento.
A sua administração é simples e a eficácia no tratamento do hipertiroidismo é elevada. Caso
esteja a tomar medicamentos antitiroideus ("Propycil" e "Metibasol") estes deverão ser
suspensos alguns dias antes da administração do iodo e poderão ser reiniciados alguns dias
após o tratamento, enquanto esperamos o efeito do iodo que pode demorar de 3 a 12 dias.
Por outro lado com alguma frequência (com aumentos posteriores de 2 a 4% por ano) este
tratamento leva a uma destruição excessiva da tiróide o que provoca um quadro de
hipotiroidismo que necessitará de tratamento substitutivo com hormona tiroideia para toda a
normalmente não têm evolução espontânea favorável (nódulo hiperfuncionante, bócio
multinodular tóxico).
Hipotiroidismo subclínico
O que caracteriza o hipotiroidismo subclínico é a associação do aumento da TSH com a
presença de níveis normais da T4.
O hipotiroidismo subclínico é normalmente assintomático (sem sintomas) e o diagnóstico é feito
em doseamentos hormonais de rotina com ou sem associação a vagos sintomas clínicos. No
exame clínico a tiróide pode não ser palpável ou ter ligeiro aumento do volume. As causas mais
frequentes do hipotiroidismo subclínico são a doença auto-imune da tiróide e o tratamento
insuficiente do hipotiroidismo. As outras causas, menos frequentes, são: tratamento do
hipertiroidismo (durante e após), tiroidite do pós-parto, tratamento com amiodarona, citoquinas,
iodo e lítio.
A frequência da tiroidite auto-imune é elevada. A idade, o sexo feminino e a presença de
anticorpos antitiroideus estão associados com a maior prevalência do hipotiroidismo subclínico
e com a sua evolução para hipotiroidismo. A progressão anual para hipotiroidismo clínico é de
cerca de 5% na mulher com anticorpos antitiroideus positivos e TSH elevada.
A necessidade de fazer o rastreio do hipotiroidismo subclínico tem sido tema de debate e
controvérsia. É hoje consensual fazer o rastreio em todas as mulheres após os 50 anos de
idade. Também se deverá fazer na mulher grávida que apresenta bócio, títulos elevados de
anticorpos antitiroideus, outras doenças auto-imunes e história familiar de doença da tiróide ou
de outras doenças auto-imunes.
As recomendações terapêuticas têm sido avaliadas em função dos seus reais benefícios.
Quando a TSH é superior a 10 mUI/L aconselha-se o tratamento com levotiroxina. Nestes
casos está comprovada a melhoria de sintomas cognitivos e outros de natureza cardiovascular
e do metabolismo lipídico. Quando a TSH está entre 5 e 10 mUI/L o tratamento é controverso.
Nestes casos a opção terapêutica deverá será tomada individualmente. Poderão ser tratados
os indivíduos jovens com bócio e anticorpos antitiroideus positivos e indivíduos com sintomas
potencialmente atribuíveis ao hipotiroidismo. As crianças e adolescentes, a mulher grávida e a
mulher que pretende engravidar deverão fazer tratamento. O tratamento de doentes com
doença coronária deverá ser cuidadosamente avaliado caso a caso.
O tratamento do hipotiroidismo subclínico deverá ser feito com a administração de levotiroxina.
multinodular tóxico).
Hipotiroidismo subclínico
O que caracteriza o hipotiroidismo subclínico é a associação do aumento da TSH com a
presença de níveis normais da T4.
O hipotiroidismo subclínico é normalmente assintomático (sem sintomas) e o diagnóstico é feito
em doseamentos hormonais de rotina com ou sem associação a vagos sintomas clínicos. No
exame clínico a tiróide pode não ser palpável ou ter ligeiro aumento do volume. As causas mais
frequentes do hipotiroidismo subclínico são a doença auto-imune da tiróide e o tratamento
insuficiente do hipotiroidismo. As outras causas, menos frequentes, são: tratamento do
hipertiroidismo (durante e após), tiroidite do pós-parto, tratamento com amiodarona, citoquinas,
iodo e lítio.
A frequência da tiroidite auto-imune é elevada. A idade, o sexo feminino e a presença de
anticorpos antitiroideus estão associados com a maior prevalência do hipotiroidismo subclínico
e com a sua evolução para hipotiroidismo. A progressão anual para hipotiroidismo clínico é de
cerca de 5% na mulher com anticorpos antitiroideus positivos e TSH elevada.
A necessidade de fazer o rastreio do hipotiroidismo subclínico tem sido tema de debate e
controvérsia. É hoje consensual fazer o rastreio em todas as mulheres após os 50 anos de
idade. Também se deverá fazer na mulher grávida que apresenta bócio, títulos elevados de
anticorpos antitiroideus, outras doenças auto-imunes e história familiar de doença da tiróide ou
de outras doenças auto-imunes.
As recomendações terapêuticas têm sido avaliadas em função dos seus reais benefícios.
Quando a TSH é superior a 10 mUI/L aconselha-se o tratamento com levotiroxina. Nestes
casos está comprovada a melhoria de sintomas cognitivos e outros de natureza cardiovascular
e do metabolismo lipídico. Quando a TSH está entre 5 e 10 mUI/L o tratamento é controverso.
Nestes casos a opção terapêutica deverá será tomada individualmente. Poderão ser tratados
os indivíduos jovens com bócio e anticorpos antitiroideus positivos e indivíduos com sintomas
potencialmente atribuíveis ao hipotiroidismo. As crianças e adolescentes, a mulher grávida e a
mulher que pretende engravidar deverão fazer tratamento. O tratamento de doentes com
doença coronária deverá ser cuidadosamente avaliado caso a caso.
O tratamento do hipotiroidismo subclínico deverá ser feito com a administração de levotiroxina.
Alterações subclínicas da tiróide
A disfunção subclínica da tiróide caracteriza um conjunto, quase sempre sem sintomas, de
alterações da tiróide diagnosticadas pelo exame imagiológico (mais frequentemente a
ecografia) ou pelo estudo laboratorial da função tiroideia
Podemos incluir na disfunção subclínica da tiróide:
• nódulos não palpáveis (incidentalomas da tiróide)
• hipertiroidismo subclínico
• hipotiroidismo subclínico.
Incidentalomas da tiróide
São nódulos não palpáveis da tiróide, identificados de forma ocasional e fortuita, através de
exames imagiológicos do pescoço (ecografia, tomografia computadorizada ou ressonância
magnética) realizados, quase sempre, com outras indicações clínicas que não a doença da
tiróide. Os nódulos não palpáveis da tiróide são comuns, mais frequentes com a idade e podem
ser identificados pela ecografia em 30% a 50% da população em geral. Podem ter dimensões
variáveis sendo habitualmente de pequenas dimensões ou seja com diâmetro inferior a 10 mm.
O estudo citológico dos nódulos não palpáveis só está recomendado se tiverem um diâmetro
superior a 10 mm, se houve irradiação prévia da cabeça ou pescoço, há familiares com
carcinoma medular da tiróide ou existem gânglios cervicais clínica ou ecográficamente
suspeitos. Normalmente, a presença de nódulos da tiróide com diâmetro inferior a 10 mm, na
ausência dos factores de risco mencionados, não tem grande importância clínica, podendo ser
recomendada apenas uma vigilância clínica periódica.
Hipertiroidismo subclínico
O diagnóstico do hipertiroidismo subclínico caracteriza-se pela presença de TSH suprimida
(abaixo do limite inferior do normal) com T3 livre e T4 livre dentro do normal. Frequentemente a
T3 livre e a T4 livre situam-se na metade superior do normal.
A causa mais frequente de hipertiroidismo subclínico é a toma de uma dose diária excessiva de
levotiroxina. Outras causas frequentes são: adenoma hiperfuncionante da tiróide, doença de
Graves em início ou com evolução clínica ligeira, tiroidite do pós-parto, tiroidite subaguda e
ingestão de produtos com iodo.
Habitualmente, a maioria dos indivíduos com hipertiroidismo subclínico não refere sintomas.
Em alguns há a presença de sintomas subtis de hipertiroidismo, principalmente quando a T3
livre e T4 livre se encontram próximo do limite superior da normalidade.
Dois grupos populacionais merecem referência particular: a mulher após a menopausa e as
pessoas com idade superior a 65 anos. O hipertiroidismo subclínico pode constituir um factor
de risco para a osteoporose na mulher pós-menopáusica que não faz tratamento hormonal de
substituição, apesar de não estar documentado um aumento do número de fracturas. Nos
indivíduos com idade superior a 65 anos e hipertiroidismo subclínico a principal preocupação é
o aumento do risco cardiovascular e nomeadamente de arritmias.
No tratamento do hipertiroidismo subclínico não tem sido fácil estabelecer um consenso.
Quando tem origem na toma de uma dose excessiva de levotiroxina é unânime a
recomendação de proceder a um ajuste mais perfeito da dose a administrar. Nas outras
situações será sempre conveniente fazer, antes de uma eventual decisão terapêutica, um
período de seguimento com repetição dos doseamentos, uma vez que, em 50% dos doentes
com níveis suprimidos da TSH, há normalização espontânea da TSH sem intervenção
terapêutica. Igualmente importante é determinar a causa do hipertiroidismo pois algumas
situações são transitórias e apenas requerem tratamento sintomático. A intervenção
terapêutica reúne consenso quando ocorre em indivíduos de idade avançada, com sintomas
frequentemente de natureza cardiovascular e na dependência de disfunções tiroideias que
A disfunção subclínica da tiróide caracteriza um conjunto, quase sempre sem sintomas, de
alterações da tiróide diagnosticadas pelo exame imagiológico (mais frequentemente a
ecografia) ou pelo estudo laboratorial da função tiroideia
Podemos incluir na disfunção subclínica da tiróide:
• nódulos não palpáveis (incidentalomas da tiróide)
• hipertiroidismo subclínico
• hipotiroidismo subclínico.
Incidentalomas da tiróide
São nódulos não palpáveis da tiróide, identificados de forma ocasional e fortuita, através de
exames imagiológicos do pescoço (ecografia, tomografia computadorizada ou ressonância
magnética) realizados, quase sempre, com outras indicações clínicas que não a doença da
tiróide. Os nódulos não palpáveis da tiróide são comuns, mais frequentes com a idade e podem
ser identificados pela ecografia em 30% a 50% da população em geral. Podem ter dimensões
variáveis sendo habitualmente de pequenas dimensões ou seja com diâmetro inferior a 10 mm.
O estudo citológico dos nódulos não palpáveis só está recomendado se tiverem um diâmetro
superior a 10 mm, se houve irradiação prévia da cabeça ou pescoço, há familiares com
carcinoma medular da tiróide ou existem gânglios cervicais clínica ou ecográficamente
suspeitos. Normalmente, a presença de nódulos da tiróide com diâmetro inferior a 10 mm, na
ausência dos factores de risco mencionados, não tem grande importância clínica, podendo ser
recomendada apenas uma vigilância clínica periódica.
Hipertiroidismo subclínico
O diagnóstico do hipertiroidismo subclínico caracteriza-se pela presença de TSH suprimida
(abaixo do limite inferior do normal) com T3 livre e T4 livre dentro do normal. Frequentemente a
T3 livre e a T4 livre situam-se na metade superior do normal.
A causa mais frequente de hipertiroidismo subclínico é a toma de uma dose diária excessiva de
levotiroxina. Outras causas frequentes são: adenoma hiperfuncionante da tiróide, doença de
Graves em início ou com evolução clínica ligeira, tiroidite do pós-parto, tiroidite subaguda e
ingestão de produtos com iodo.
Habitualmente, a maioria dos indivíduos com hipertiroidismo subclínico não refere sintomas.
Em alguns há a presença de sintomas subtis de hipertiroidismo, principalmente quando a T3
livre e T4 livre se encontram próximo do limite superior da normalidade.
Dois grupos populacionais merecem referência particular: a mulher após a menopausa e as
pessoas com idade superior a 65 anos. O hipertiroidismo subclínico pode constituir um factor
de risco para a osteoporose na mulher pós-menopáusica que não faz tratamento hormonal de
substituição, apesar de não estar documentado um aumento do número de fracturas. Nos
indivíduos com idade superior a 65 anos e hipertiroidismo subclínico a principal preocupação é
o aumento do risco cardiovascular e nomeadamente de arritmias.
No tratamento do hipertiroidismo subclínico não tem sido fácil estabelecer um consenso.
Quando tem origem na toma de uma dose excessiva de levotiroxina é unânime a
recomendação de proceder a um ajuste mais perfeito da dose a administrar. Nas outras
situações será sempre conveniente fazer, antes de uma eventual decisão terapêutica, um
período de seguimento com repetição dos doseamentos, uma vez que, em 50% dos doentes
com níveis suprimidos da TSH, há normalização espontânea da TSH sem intervenção
terapêutica. Igualmente importante é determinar a causa do hipertiroidismo pois algumas
situações são transitórias e apenas requerem tratamento sintomático. A intervenção
terapêutica reúne consenso quando ocorre em indivíduos de idade avançada, com sintomas
frequentemente de natureza cardiovascular e na dependência de disfunções tiroideias que
As análises ao sangue revelam um aumento da concentração de TSH, com as hormonas
tiroideias - T3 e T4 baixas. Pode haver apenas um aumento da TSH com T3 e T4 normais.
Frequentemente são detectados anticorpos dirigidos contra componentes da tiróide.
A presença de T3 e/ou T4 diminuídas com TSH elevada requer tratamento.
Desconhece-se se um aumento isolado da TSH necessita de terapêutica.
O tratamento deve ser iniciado com doses baixas com um aumento gradual até à normalização
da TSH. Num doente com doença cardíaca, pode ser necessário começar o tratamento com
doses muito pequenas e aumentar muito lentamente. O hipotiroidismo quando é diagnosticado
frequentemente já tem muitos meses ou anos de evolução, de modo que o organismo já está
adaptado, sendo todo o seu funcionamento lentificado. Se a substituição se efectua com doses
demasiado elevadas, pode levar a uma sobrecarga excessiva para o organismo e sobretudo
para o coração.
É fundamental o seguimento regular do doente.
tiroideias - T3 e T4 baixas. Pode haver apenas um aumento da TSH com T3 e T4 normais.
Frequentemente são detectados anticorpos dirigidos contra componentes da tiróide.
A presença de T3 e/ou T4 diminuídas com TSH elevada requer tratamento.
Desconhece-se se um aumento isolado da TSH necessita de terapêutica.
O tratamento deve ser iniciado com doses baixas com um aumento gradual até à normalização
da TSH. Num doente com doença cardíaca, pode ser necessário começar o tratamento com
doses muito pequenas e aumentar muito lentamente. O hipotiroidismo quando é diagnosticado
frequentemente já tem muitos meses ou anos de evolução, de modo que o organismo já está
adaptado, sendo todo o seu funcionamento lentificado. Se a substituição se efectua com doses
demasiado elevadas, pode levar a uma sobrecarga excessiva para o organismo e sobretudo
para o coração.
É fundamental o seguimento regular do doente.
Doenças da tiróide no idoso
Os problemas da tiróide são frequentes em pessoas com idade superior a 60 anos. Neste
grupo etário podem ter uma apresentação e evolução particulares. Por esse motivo são, por
vezes, de difícil diagnóstico.
Hipertiroidismo
É comum nos doentes idosos. Na maior parte dos casos os sintomas são típicos: nervosismo,
palpitações, hipersudorese, tremor e perda de peso. Noutras situações os sintomas de
hipertiroidismo podem ser escassos. Pode estar ausente o nervosismo, intolerância ao calor,
aumento do apetite e o bócio (aumento do volume da tiróide). O metabolismo aumentado
associado à perda do apetite condiciona uma perda de peso marcada, sendo frequente a
suspeita clínica de depressão ou neoplasia antes do diagnóstico correcto. Nos doentes idosos
a apatia e a falta de forças são sintomas frequentes.
As análises ao sangue revelam um aumentam da concentração das hormonas tiroideias e
níveis baixos de TSH.
Nos doentes idosos a coexistência de outros problemas médicos pode levar a determinada
particularidade no tratamento. Devido à segurança e simplicidade de administração o
tratamento de eleição é quase sempre o iodo radioactivo. Em doentes idosos particularmente
com doença cardíaca subjacente – angina de peito ou arritmias cardíacas - está
frequentemente indicada a administração de antitiroideus de síntese antes do tratamento com
iodo radioactivo. Do mesmo modo o uso de um medicamento b-bloqueador impede algumas da
acções das hormonas tiroideias no organismo diminuindo a gravidade dos sintomas.
Em algumas situações, pode ser preferível o tratamento inicial com antitiroideus de síntese –
propiltiouracilo e metimazol.
Geralmente o tratamento apenas é eficaz enquanto é administrado, sendo a recaída frequente
após a suspensão. Devido a este facto, e também pela possibilidade de certos efeitos
secundários graves (diminuição dos glóbulos brancos), estes medicamentos são menos
utilizados.
Raramente a cirurgia é indicada no tratamento do hipertiroidismo. Pode ser necessária no caso
de um aumento marcado da tiróide com sintomas compressivos - dificuldade na deglutição ou
na respiração.
Hipotiroidismo
O sinal mais precoce é um aumento da TSH. O hipotiroidismo é frequente nos indivíduos
idosos. Grandes estudos populacionais demonstram que uma em cada dez mulheres com mais
de 65 anos tem um valor de TSH elevado. A grande maioria não tem qualquer sintoma, no
entanto pode ser o início de uma falência da tiróide. É fundamental o seguimento regular
destas situações.
Os sintomas de hipotiroidismo podem ser semelhantes ao processo de envelhecimento, daí,
por vezes, a dificuldade de diagnóstico. É uma situação que se instala muito lentamente,
passando despercebida. É frequente o doente consultar vários médicos antes do diagnóstico
correcto. Os sintomas mais frequentes são: falta de forças, lentificação, voz rouca, pele seca,
aumento de peso, intolerância ao frio, surdez, cãibras, formigueiros, desequilíbrio na marcha,
anemia, obstipação…
O diagnóstico de hipotiroidismo pode ser difícil com base apenas no exame físico.
Determinadas características nos doentes ou seus familiares directos podem sugerir o
diagnóstico. A presença de diabetes juvenil, artrite reumatóide, anemia perniciosa, manchas
brancas
Os problemas da tiróide são frequentes em pessoas com idade superior a 60 anos. Neste
grupo etário podem ter uma apresentação e evolução particulares. Por esse motivo são, por
vezes, de difícil diagnóstico.
Hipertiroidismo
É comum nos doentes idosos. Na maior parte dos casos os sintomas são típicos: nervosismo,
palpitações, hipersudorese, tremor e perda de peso. Noutras situações os sintomas de
hipertiroidismo podem ser escassos. Pode estar ausente o nervosismo, intolerância ao calor,
aumento do apetite e o bócio (aumento do volume da tiróide). O metabolismo aumentado
associado à perda do apetite condiciona uma perda de peso marcada, sendo frequente a
suspeita clínica de depressão ou neoplasia antes do diagnóstico correcto. Nos doentes idosos
a apatia e a falta de forças são sintomas frequentes.
As análises ao sangue revelam um aumentam da concentração das hormonas tiroideias e
níveis baixos de TSH.
Nos doentes idosos a coexistência de outros problemas médicos pode levar a determinada
particularidade no tratamento. Devido à segurança e simplicidade de administração o
tratamento de eleição é quase sempre o iodo radioactivo. Em doentes idosos particularmente
com doença cardíaca subjacente – angina de peito ou arritmias cardíacas - está
frequentemente indicada a administração de antitiroideus de síntese antes do tratamento com
iodo radioactivo. Do mesmo modo o uso de um medicamento b-bloqueador impede algumas da
acções das hormonas tiroideias no organismo diminuindo a gravidade dos sintomas.
Em algumas situações, pode ser preferível o tratamento inicial com antitiroideus de síntese –
propiltiouracilo e metimazol.
Geralmente o tratamento apenas é eficaz enquanto é administrado, sendo a recaída frequente
após a suspensão. Devido a este facto, e também pela possibilidade de certos efeitos
secundários graves (diminuição dos glóbulos brancos), estes medicamentos são menos
utilizados.
Raramente a cirurgia é indicada no tratamento do hipertiroidismo. Pode ser necessária no caso
de um aumento marcado da tiróide com sintomas compressivos - dificuldade na deglutição ou
na respiração.
Hipotiroidismo
O sinal mais precoce é um aumento da TSH. O hipotiroidismo é frequente nos indivíduos
idosos. Grandes estudos populacionais demonstram que uma em cada dez mulheres com mais
de 65 anos tem um valor de TSH elevado. A grande maioria não tem qualquer sintoma, no
entanto pode ser o início de uma falência da tiróide. É fundamental o seguimento regular
destas situações.
Os sintomas de hipotiroidismo podem ser semelhantes ao processo de envelhecimento, daí,
por vezes, a dificuldade de diagnóstico. É uma situação que se instala muito lentamente,
passando despercebida. É frequente o doente consultar vários médicos antes do diagnóstico
correcto. Os sintomas mais frequentes são: falta de forças, lentificação, voz rouca, pele seca,
aumento de peso, intolerância ao frio, surdez, cãibras, formigueiros, desequilíbrio na marcha,
anemia, obstipação…
O diagnóstico de hipotiroidismo pode ser difícil com base apenas no exame físico.
Determinadas características nos doentes ou seus familiares directos podem sugerir o
diagnóstico. A presença de diabetes juvenil, artrite reumatóide, anemia perniciosa, manchas
brancas
escolar. É conveniente investigar a causa do bócio. Muitas vezes regride sem qualquer
tratamento.
Quando o bócio é doloroso, pode tratar-se de uma doença infecciosa.
Nódulos da tiróide
Os nódulos da tiróide são raros neste grupo etário. Os tumores benignos e malignos, os quistos
do canal tiroglosso e as tiroidites linfocíticas são causas possíveis de nódulos da tiróide.
As crianças expostas as radiações (tratamento de algumas doenças ou acidentes, como o da
central nuclear de Chernobyl) são um grupo de risco que deve ter vigilância adequada.
Existe um tipo particular de tumores da tiróide (carcinoma medular) que pode afectar vários
elementos da família; quando surge um caso, os familiares são aconselhados a proceder ao
rastreio da doença.
tratamento.
Quando o bócio é doloroso, pode tratar-se de uma doença infecciosa.
Nódulos da tiróide
Os nódulos da tiróide são raros neste grupo etário. Os tumores benignos e malignos, os quistos
do canal tiroglosso e as tiroidites linfocíticas são causas possíveis de nódulos da tiróide.
As crianças expostas as radiações (tratamento de algumas doenças ou acidentes, como o da
central nuclear de Chernobyl) são um grupo de risco que deve ter vigilância adequada.
Existe um tipo particular de tumores da tiróide (carcinoma medular) que pode afectar vários
elementos da família; quando surge um caso, os familiares são aconselhados a proceder ao
rastreio da doença.
Doenças da tiróide na criança
Habitualmente, o que leva a suspeitar de doença da tiróide são as queixas relacionadas com a
produção diminuída (hipotiroidismo) ou aumentada (hipertiroidismo) de hormonas tiroideias ou
o aparecimento de bócio, isto é, aumento de volume da glândula tiroideia, muitas vezes visível
na base do pescoço, na face anterior.
Hipotiroidismo
A causa mais frequente de hipotiroidismo na infância e adolescência é a tiroidite linfocítica
crónica, também conhecida por tiroidite de Hashimoto. É uma doença provocada pela
destruição das células que produzem hormonas tiroideias levada a cabo pelo próprio
organismo (doença auto-imune). É mais frequente no sexo feminino, nas crianças com
diabetes e pode estar associada a outras doenças auto-imunes e doenças provocadas por
alterações dos cromossomas, como por exemplo a Síndrome de Down. Frequentemente há
familiares com doenças da tiróide.
Outras causas de hipotiroidismo são as malformações da tiróide, as alterações na produção de
hormonas tiroideias, certas doenças do cérebro e a toma de medicamentos como os utilizados
no tratamento da epilepsia. A carência de iodo e a ingestão de alimentos que provocam bócio,
aparentemente não são problema em Portugal.
As queixas instalam-se de modo insidioso. As crianças afectadas são reconhecidas por
apresentarem bócio ou por serem baixas para a idade e terem obesidade ligeira. Se o
hipotiroidismo for acentuado e de longa duração a criança pode aparentar "cara de bebé" e
proporções do corpo alteradas (membros pequenos em relação ao tronco).
Os sintomas típicos de hipotiroidismo, que podem não ser evidentes, incluem adinamia (criança
"parada"), intolerância ao frio, obstipação, pele e cabelo secos e olhos "papudos". O
aproveitamento escolar não está afectado, a não ser que o défice de hormonas tiroideias se
tenha iniciado antes dos 3 anos de idade.
As crianças com hipotiroidismo costumam apresentar atraso do desenvolvimento sexual.
O diagnóstico do hipotiroidismo é fácil e o tratamento, que consiste na toma de hormonas
tiroideias, é simples e eficaz.
Hipertiroidismo
A quase totalidade dos casos de hipertiroidismo nas crianças é devida à Doença de Graves.
Também é uma doença auto-imune, mas ao contrário do que sucede na tiroidite de Hashimoto,
aqui é o próprio organismo que estimula a tiróide a produzir hormonas em excesso e de forma
descontrolada.
O excesso de hormonas tiroideias é responsável pela quase totalidade dos sintomas. A maioria
dos doentes apresenta bócio, tremor, suores abundantes, batimentos cardíacos acelerados,
emagrecimento apesar do aumento do apetite, intolerância ao calor e insónias. Irritabilidade
fácil e dificuldades de concentração podem prejudicar o rendimento escolar. Pode existir atraso
no desenvolvimento sexual e as meninas já menstruadas podem deixar de ter menstruação. A
criança pode ter olhos saídos e muito abertos e brilhantes.
O tratamento consiste, numa primeira fase, na administração de medicamentos que diminuem
a produção das hormonas tiroideias.
Bócio simples
O aumento difuso de volume da tiróide, sem alterações da sua função, é a doença mais
frequente nestas idades. Atinge mais as meninas e surge a maioria das vezes em idade
Habitualmente, o que leva a suspeitar de doença da tiróide são as queixas relacionadas com a
produção diminuída (hipotiroidismo) ou aumentada (hipertiroidismo) de hormonas tiroideias ou
o aparecimento de bócio, isto é, aumento de volume da glândula tiroideia, muitas vezes visível
na base do pescoço, na face anterior.
Hipotiroidismo
A causa mais frequente de hipotiroidismo na infância e adolescência é a tiroidite linfocítica
crónica, também conhecida por tiroidite de Hashimoto. É uma doença provocada pela
destruição das células que produzem hormonas tiroideias levada a cabo pelo próprio
organismo (doença auto-imune). É mais frequente no sexo feminino, nas crianças com
diabetes e pode estar associada a outras doenças auto-imunes e doenças provocadas por
alterações dos cromossomas, como por exemplo a Síndrome de Down. Frequentemente há
familiares com doenças da tiróide.
Outras causas de hipotiroidismo são as malformações da tiróide, as alterações na produção de
hormonas tiroideias, certas doenças do cérebro e a toma de medicamentos como os utilizados
no tratamento da epilepsia. A carência de iodo e a ingestão de alimentos que provocam bócio,
aparentemente não são problema em Portugal.
As queixas instalam-se de modo insidioso. As crianças afectadas são reconhecidas por
apresentarem bócio ou por serem baixas para a idade e terem obesidade ligeira. Se o
hipotiroidismo for acentuado e de longa duração a criança pode aparentar "cara de bebé" e
proporções do corpo alteradas (membros pequenos em relação ao tronco).
Os sintomas típicos de hipotiroidismo, que podem não ser evidentes, incluem adinamia (criança
"parada"), intolerância ao frio, obstipação, pele e cabelo secos e olhos "papudos". O
aproveitamento escolar não está afectado, a não ser que o défice de hormonas tiroideias se
tenha iniciado antes dos 3 anos de idade.
As crianças com hipotiroidismo costumam apresentar atraso do desenvolvimento sexual.
O diagnóstico do hipotiroidismo é fácil e o tratamento, que consiste na toma de hormonas
tiroideias, é simples e eficaz.
Hipertiroidismo
A quase totalidade dos casos de hipertiroidismo nas crianças é devida à Doença de Graves.
Também é uma doença auto-imune, mas ao contrário do que sucede na tiroidite de Hashimoto,
aqui é o próprio organismo que estimula a tiróide a produzir hormonas em excesso e de forma
descontrolada.
O excesso de hormonas tiroideias é responsável pela quase totalidade dos sintomas. A maioria
dos doentes apresenta bócio, tremor, suores abundantes, batimentos cardíacos acelerados,
emagrecimento apesar do aumento do apetite, intolerância ao calor e insónias. Irritabilidade
fácil e dificuldades de concentração podem prejudicar o rendimento escolar. Pode existir atraso
no desenvolvimento sexual e as meninas já menstruadas podem deixar de ter menstruação. A
criança pode ter olhos saídos e muito abertos e brilhantes.
O tratamento consiste, numa primeira fase, na administração de medicamentos que diminuem
a produção das hormonas tiroideias.
Bócio simples
O aumento difuso de volume da tiróide, sem alterações da sua função, é a doença mais
frequente nestas idades. Atinge mais as meninas e surge a maioria das vezes em idade
Tiroidite pós-parto
A tiroidite pós-parto é uma forma temporária de tiroidite. Surge em 5 a 9% das mulheres depois
de darem à luz uma criança. Os sintomas são habitualmente pouco acentuados. No entanto,
pode aparecer noutra gravidez posterior.
Os sintomas duram normalmente 6 a 9 meses. Com esta inflamação, a tiróide liberta primeiro
todas as hormonas que tem armazenadas. Quando estas hormonas entram na circulação do
sangue provocam hipertiroidismo. Pode notar que o seu pescoço está alargado (bócio), que
sente o coração a bater mais rápido e que está muitas vezes ansiosa e com calor.
Alguns meses depois, tudo volta ao normal. Também pode acontecer que a tiróide não volte a
trabalhar, ou seja, que fique hipotiroideia. Se isto acontecer, poderá sentir-se mais cansada
que habitualmente, fraca e com frio persistente.
O tratamento da tiroidite pós-parto vai depender da decisão do especialista que a segue e será
mantida em vigilância por um período prolongado, mesmo que tudo regresse à normalidade.
As doenças da tiróide no filho
Se você ou alguém da sua família tem tiroidite de Hashimoto ou doença de Graves, há uma
probabilidade maior de o seu filho vir a ter uma destas doenças. Para além destas duas
doenças da tiróide, há outras que também poderão estar associadas. Poderá falar sobre isso
com o seu médico.
Mesmo que a sua tiróide seja normal, provavelmente sabe que 1 em cada 4.000 crianças pode
nascer com uma tiróide que não trabalha (hipotiroidismo congénito). Se o problema não é
tratado, a criança pode ficar com atraso físico e mental. É portanto fundamental assegurar-se
de que o seu filho fez o "teste do pezinho". Neste teste, pelo doseamento de uma das
hormonas que controla a tiróide (TSH), é possível diagnosticar todas estas crianças e começar
o tratamento nos primeiros dias de vida, o que garante que elas venham a crescer
normalmente.
A tiroidite pós-parto é uma forma temporária de tiroidite. Surge em 5 a 9% das mulheres depois
de darem à luz uma criança. Os sintomas são habitualmente pouco acentuados. No entanto,
pode aparecer noutra gravidez posterior.
Os sintomas duram normalmente 6 a 9 meses. Com esta inflamação, a tiróide liberta primeiro
todas as hormonas que tem armazenadas. Quando estas hormonas entram na circulação do
sangue provocam hipertiroidismo. Pode notar que o seu pescoço está alargado (bócio), que
sente o coração a bater mais rápido e que está muitas vezes ansiosa e com calor.
Alguns meses depois, tudo volta ao normal. Também pode acontecer que a tiróide não volte a
trabalhar, ou seja, que fique hipotiroideia. Se isto acontecer, poderá sentir-se mais cansada
que habitualmente, fraca e com frio persistente.
O tratamento da tiroidite pós-parto vai depender da decisão do especialista que a segue e será
mantida em vigilância por um período prolongado, mesmo que tudo regresse à normalidade.
As doenças da tiróide no filho
Se você ou alguém da sua família tem tiroidite de Hashimoto ou doença de Graves, há uma
probabilidade maior de o seu filho vir a ter uma destas doenças. Para além destas duas
doenças da tiróide, há outras que também poderão estar associadas. Poderá falar sobre isso
com o seu médico.
Mesmo que a sua tiróide seja normal, provavelmente sabe que 1 em cada 4.000 crianças pode
nascer com uma tiróide que não trabalha (hipotiroidismo congénito). Se o problema não é
tratado, a criança pode ficar com atraso físico e mental. É portanto fundamental assegurar-se
de que o seu filho fez o "teste do pezinho". Neste teste, pelo doseamento de uma das
hormonas que controla a tiróide (TSH), é possível diagnosticar todas estas crianças e começar
o tratamento nos primeiros dias de vida, o que garante que elas venham a crescer
normalmente.
Tiróide e gravidez
De um modo geral, o hipertiroidismo, o hipotiroidismo e o aparecimento de nódulos da tiróide,
são mais frequentes nas mulheres do que nos homens. A razão não está ainda bem definida,
mas parece estar dependente da acção das hormonas femininas.
Paralelamente, as mulheres têm um risco maior de padecerem de doenças auto-imunes. Duas
das doenças da tiróide mais frequentes são auto-imunes: a tiroidite de Hashimoto e a doença
de Graves. Este tipo de doenças é provocado por alterações no sistema imunitário.
Habitualmente, o sistema imunitário defende-nos contra germes (bactérias) e vírus, fabricando
anticorpos. Nas doenças auto-imunes o organismo fabrica anticorpos contra os seus próprios
órgãos. As doenças do sistema imunitário tendem a aparecer em vários elementos da mesma
família.
Doenças da tiróide durante a gravidez
A tiróide aumenta de volume (bócio) durante a gravidez, quase sempre entre 10 a 30%, mas
este bócio não se traduz em qualquer problema desde que as hormonas estejam normais. Se
for notado que tem um nódulo, pode fazer uma citologia (picada-biópsia) para ver a respectiva
natureza.
A gravidez está associada a alterações, quase sempre normais e reversíveis, quer do
doseamento de hormonas tiroideias, quer das dimensões da glândula.
Como vimos, a tiróide aumenta de tamanho durante a gravidez, ou seja, aparece bócio, o que
não significa que haja alteração da produção hormonal. No entanto, podem realmente surgir
aumento ou diminuição da função tiroideia. As mulheres que engravidam podem não notar os
sintomas clássicos da doença, porque muitos deles aparecem também na gravidez normal. Por
exemplo, uma grávida pode sentir calor, cansaço, nervosismo ou mesmo apresentar tremor
das mãos. Uma observação do seu médico e o doseamento hormonal nessa altura, permitem
informar do que se está a passar.
Uma mulher grávida com doença da tiróide é tratada de uma maneira diferente do homem, ou
da mulher não grávida. Por exemplo, materiais radioactivos que são vulgarmente utilizados nos
exames de estudo ou no tratamento destes doentes, nunca devem ser utilizados numa mulher
grávida. Também a altura de uma citologia, cirurgia, ou mesmo os medicamentos para tratar o
hipertiroidismo, são especiais durante a gravidez.
Deve discutir todas as suas dúvidas com o médico endocrinologista que a deverá seguir
durante este período.
Diagnóstico
Só o seu médico lhe pode diagnosticar com certeza a existência de uma doença da tiróide. De
qualquer modo, poderá estar atenta a alguns dos sintomas que já foram referidos.
O seu médico irá fazer a sua história clínica e observação física, bem como o doseamento das
hormonas da tiróide no sangue.
Tratamento
A gravidez não permite todo o tipo de tratamentos, porque o seu médico terá de ter em conta a
segurança do seu filho. Tal como na gravidez, o iodo radioactivo não pode ser usado se está a
amamentar. Poderá fazer citologias e poderá ser medicada com segurança com:
-Antitiroideus - medicamentos usados no hipertiroidismo para parar a produção de hormonas.
-Comprimidos de hormona tiroideia - medicamentos que vão fornecer ao seu organismo a
quantidade certa que a sua tiróide não é capaz de fabricar.
De um modo geral, o hipertiroidismo, o hipotiroidismo e o aparecimento de nódulos da tiróide,
são mais frequentes nas mulheres do que nos homens. A razão não está ainda bem definida,
mas parece estar dependente da acção das hormonas femininas.
Paralelamente, as mulheres têm um risco maior de padecerem de doenças auto-imunes. Duas
das doenças da tiróide mais frequentes são auto-imunes: a tiroidite de Hashimoto e a doença
de Graves. Este tipo de doenças é provocado por alterações no sistema imunitário.
Habitualmente, o sistema imunitário defende-nos contra germes (bactérias) e vírus, fabricando
anticorpos. Nas doenças auto-imunes o organismo fabrica anticorpos contra os seus próprios
órgãos. As doenças do sistema imunitário tendem a aparecer em vários elementos da mesma
família.
Doenças da tiróide durante a gravidez
A tiróide aumenta de volume (bócio) durante a gravidez, quase sempre entre 10 a 30%, mas
este bócio não se traduz em qualquer problema desde que as hormonas estejam normais. Se
for notado que tem um nódulo, pode fazer uma citologia (picada-biópsia) para ver a respectiva
natureza.
A gravidez está associada a alterações, quase sempre normais e reversíveis, quer do
doseamento de hormonas tiroideias, quer das dimensões da glândula.
Como vimos, a tiróide aumenta de tamanho durante a gravidez, ou seja, aparece bócio, o que
não significa que haja alteração da produção hormonal. No entanto, podem realmente surgir
aumento ou diminuição da função tiroideia. As mulheres que engravidam podem não notar os
sintomas clássicos da doença, porque muitos deles aparecem também na gravidez normal. Por
exemplo, uma grávida pode sentir calor, cansaço, nervosismo ou mesmo apresentar tremor
das mãos. Uma observação do seu médico e o doseamento hormonal nessa altura, permitem
informar do que se está a passar.
Uma mulher grávida com doença da tiróide é tratada de uma maneira diferente do homem, ou
da mulher não grávida. Por exemplo, materiais radioactivos que são vulgarmente utilizados nos
exames de estudo ou no tratamento destes doentes, nunca devem ser utilizados numa mulher
grávida. Também a altura de uma citologia, cirurgia, ou mesmo os medicamentos para tratar o
hipertiroidismo, são especiais durante a gravidez.
Deve discutir todas as suas dúvidas com o médico endocrinologista que a deverá seguir
durante este período.
Diagnóstico
Só o seu médico lhe pode diagnosticar com certeza a existência de uma doença da tiróide. De
qualquer modo, poderá estar atenta a alguns dos sintomas que já foram referidos.
O seu médico irá fazer a sua história clínica e observação física, bem como o doseamento das
hormonas da tiróide no sangue.
Tratamento
A gravidez não permite todo o tipo de tratamentos, porque o seu médico terá de ter em conta a
segurança do seu filho. Tal como na gravidez, o iodo radioactivo não pode ser usado se está a
amamentar. Poderá fazer citologias e poderá ser medicada com segurança com:
-Antitiroideus - medicamentos usados no hipertiroidismo para parar a produção de hormonas.
-Comprimidos de hormona tiroideia - medicamentos que vão fornecer ao seu organismo a
quantidade certa que a sua tiróide não é capaz de fabricar.
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