- Violência Racial
- Publicado em Sábado, 17 Setembro 2011 14:33
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De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, o juiz Márcio Alexandre Pacheco da Silva, da 4ª Vara Criminal de Nova Iguaçu, aceitou o pedido do MP (Ministério Público).
Os policiais estavam presos temporariamente desde o dia 21 de julho. O inquérito da Polícia Civil foi concluído na quarta-feira (14) quando o delegado Ricardo Barbosa, da Divisão de Homicídios da Baixada Fluminense, pediu a prisão preventiva. O pedido, no entanto, foi encaminhado ao Ministério Público na última segunda-feira (12).
O MP ofereceu denúncia aos PMs por dois homicídios duplamente qualificados e por duas tentativas de homicídio também duplamente qualificado.
Na denúncia, o MP-RJ pediu, ainda, que o IML (Instituto Médico Legal) apresente, no prazo de 72 horas, os originais dos laudos de necropsia e do laudo de exame de DNA do menino Juan. Além disso, as promotoras também pediram para que todas as operadoras de telefonia informassem os dados do usuário responsável pelo número de celular que entrou em contato com os PMs no dia do crime.
De acordo com o diretor da Polícia Técnica, Sérgio Henriques, o laudo de exame de DNA foi entregue à Delegacia de Comendador Soares (56º DP) dias após a coleta do material do corpo do menino Juan. Segundo Henriques, o laudo, provavelmente, não foi anexado ao inquérito da Divisão de Homicídios, que assumiu o caso posteriormente.
Sobre o caso:
O corpo de Juan foi encontrado dez dias depois da ação na comunidade Danon, às margens do rio Botas, em Belford Roxo, também na Baixada Fluminense.
As investigações para apurar quem matou o menino colocaram em lados opostos as polícias Civil e Militar do Rio de Janeiro. As duas instituições defenderam versões diferentes para o mesmo crime.
Em depoimento, os policiais militares, investigados pela morte de Juan, disseram que teria havido intenso confronto com traficantes na favela, mas peritos não encontraram indícios de troca de tiros na direção onde os PMs estavam posicionados.
A perícia de local não detectou vestígio de cápsulas ou qualquer marca de perfuração que provasse que tiros foram disparados na direção dos PMs.
No dia 9 de julho, policiais fizeram a reconstituição do crime, com a participação dos policiais suspeitos.
Fonte: R7
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