domingo, 16 de agosto de 2020

Qual o país “mais sofrido do mundo”? E países em guerra conseguiram algum “cessar-fogo” durante a pandemia?

Qual o país “mais sofrido do mundo”? E países em guerra conseguiram algum “cessar-fogo” durante a pandemia?

Um dia desses de quarentena, tava eu perdida em 70.000 pensamentos (se bem que isso aí é todo dia na quarentena, que tá dando mais tempo pra pensar), e me veio um pensamento desses que fixam: será que a pandemia teria trazido um mínimo “cessar-fogo” em algumas regiões em conflito no mundo?
Será que países que vivenciam guerras e conflitos brutais teriam ao menos reduzido um pouquinho esses conflitos em razão da pandemia? Eu não fazia ideia (apesar da notícia sobre o “reaquecimento” recente do conflito entre China e Índia já nos dar alguma ideia) e fiquei curiosa num nível daqueles que você pensa “se não souber isso não durmo hoje”, sabe como?
Fui perguntar pra quem sabia.
Sujeito sempre prestativo, que responde qualquer pergunta na mesma hora – muito diferente de mim, desorganizada e desnaturada, que tô levando em média 3 semanas pra ler as redes sociais. Se chama Google, me amarro nele.

O dia em que ele falhou

Mas pela primeira vez na minha vida e talvez da vida do Google, em português, ele não soube me responder muito bem.
eu, descobrindo que nem o Google às vezes vai conseguir responder todas as perguntas de forma específica e satisfatória
Encontrei poucas matérias sobre conflitos nesse momento específico atual, a maioria sem detalhes, com não muito mais que 4 parágrafos.
Isso me fez pensar (“ih não, de novo“) como é curioso que nós, brasileiros, gostamos bastante de apontar os EUA ou países europeus como “etnocêntricos” e “autocentrados”.  Reclamamos que muitos por lá não sabem, por exemplo, que “brasileiros não falam espanhol”, ou que “a capital do Brasil não é Buenos Aires” (o Karnal faz uma reflexão muito boa sobre isso nesse livro, inclusive), mas a gente aqui sabe tão pouco sobre o resto do mundo.

E o oscar de “país mais sofrido” vai para…

E foi aí que, pesquisando mais um bocado sobre “houve algum cessar-fogo – um ‘cessarzinho-de-foguinho’ que seja – na guerras civis em curso durante a pandemia?”, eu descobri que a situação inclusive piorou em muitos.
Pra explicar como algo já horrível pode ficar pior, vou usar como exemplo o Iêmen, que é considerado o país mais necessitado de ajuda humanitária hoje.
Hoje, ninguém no Iêmen tá muito preocupado com a pandemia.
Fazendo um resumo porco e provavelmente impreciso da Guerra no Iêmen (prometo bolar um maior depois): o conflito no país se dá, basicamente, entre houthis (na maioria xiitas) VS sunitas. Pra engrossar o caldo da confusão: o Irã apoia os houthis (o Irã é xiita também) e a Arábia Saudita apoia os sunitas (a Arábia Saudita é sunita também).
Com a pandemia, a Arábia Saudita deu um “pause” nesse apoio aos sunitas, pra se dedicar às questões da pandemia no próprio país. E aí os houthis aproveitaram e tomaram mais as  cidades.
Logo, nesse exato momento, não tem gente no Iêmen preocupada com o sobrecarregamento dos hospitais pela pandemia porque os hospitais do Iêmen já foram destruídos por bombas mesmo ou estão entubados de gente jogada nos chão dos corredores – obviamente não tem cama e alguns hospitais tem rombos nos seus tetos – por conta desses bombardeios, perseguições e conflitos violentos que perduram desde 2015. 
Muitas pessoas do Iêmen seguem sem opção de “#ficaemcasa” porque, por exemplo, um míssil caiu na casa de boa parte delas. E caiu provavelmente arrancando algum membro, alguma vida ou levou mais um pai de mais uma criança de 11 anos  – que agora se tornou chefe de família por ser a mais velha que restou viva entre os irmãos menores, traumatizados e subnutridos.
E não são só eles que estão traumatizados e subnutridos: é 80% da população no Iêmen – infelizmente esse número tá certo, 80% – que depende de ajuda humanitária pra viver. SAP: é quase um país inteiro sofrendo em níveis que eu não faço a menor ideia de como sejam. Há quem diga que o Iêmen – um país que, inclusive, tem muita beleza e riqueza cultural – está muito próximo de desaparecer.
conflito no iemen
Iêmen: foto linda de um país lindo que vive uma situação horrorosa. Por Bernard Gagnon – Obra do próprio, CC BY-SA 3.0,
Logo, a mortalidade do coronavírus no Iêmen provavelmente seria de 80% mesmo, uma vez que pessoas subnutridas tem menos chances de sobreviver até às infecções bem simples, algo causado por “comer uma comida levemente azeda” – e muitos, na maioria dos dias, não tem nem a azeda pra comer.
E vai ver o vírus nem se espalharia tanto lá por isso: além do fluxo de pessoas viajando pro Iêmen ser menor, claro, as pessoas morrem antes de transmitir. 
E agora é a parte que nós, brasileiros (e pessoas de todas as nacionalidades sem ser as iemenitas), ficamos pasmos: as pessoas no Iêmen também tem glândula lacrimal, terminações nervosas e são sencientes, logo, elas também choram, sentem dor e sofrem.
E pasmemos (2): elas também tem capacidade de fazer duas coisas ao mesmo tempo (às vezes até 12), logo, elas choram e sofrem enquanto elas correm da casa desmoronando, sentem fome, tentam tirar os pais dos escombros e carregam os filhos que perderam a perna com as poucas forças que tem, porque não comem há dias e não recebem salários (funcionários públicos e professores, por exemplo, estão sem receber salário regular lá há anos), tudo ao mesmo tempo.
Devem ter mais de 7 milhões só lá chorando de soluçar agora, nesse exato minuto, por qualquer motivo que a gente não faz a menor ideia de como seja.
nós, descobrindo que outros países que não saem nos noticiários brasileiros também existem e também sofrem
Enquanto acreditamos ser os únicos e maiores sofredores/perdedores do mundo com uma pandemia, ignorando o “pan” no nome,  muitos desses países que ignoramos, ou não compreendemos, ou não fazemos um esforço pra compreender a história, não podem fazer campanha de “lave sempre as mãos”, porque bombas destruíram encanamentos e agora eles não tem acesso à água de forma tão simples (nunca tiveram, só piorou), como muitos de nós, que não só temos mais acesso à água, como às vezes podemos escolher se vamos lavar as mãos com sabonete líquido ou em barra (há ainda quem viva o profundo dilema entre escolher entre granado ou dove – “oh, céus, qual será mais cheiroso?”).
E a resposta pro país mais sofrido é: não faço a menor ideia, se você souber envia nos comentários. Só tenho a leve desconfiança que não somos nós.
[Se tiver interesse e condições de ajudar o Iêmen, esse é o link da WFP]

E o oscar de “país mais autocentrado” vai para…

Provavelmente somos tão concentrados em nossos umbigos quanto qualquer país: não fazemos muita ideia do sofrimento imenso dos rohingyas no Myanmar (eu sequer tenho certeza se escrevi os nomes “rohingya” e “Myanmar” certo), da situação de mais de 30 milhões de curdos, desse conflito no Iêmen e suas consequências brutais, e que dirá de Mali, Burkina Faso, Líbia; em nossa maioria não compreendemos todos os 592.623.817 grupos que se combatem (e por que se combatem) na Síria e arruínam (quando não tiram) a vida dos civis – e inclusive, por nem sabermos quantos grupos são, arredondamos pra “592.623.817”; e, falando em Síria, nem imaginamos que os ataques terroristas na Ucrânia superam os da própria Síria.
Escrevemos tranquilamente em nossos blogs enquanto blogueiros são presos por 10 anos e levam 1000 chibatadas até as costas sangrarem com uma plateia assistindo na Arábia Saudita por tecerem comentários que incomodaram o governo; não fazemos a menor ideia que homossexuais estão sendo fuzilados na Palestina agora mesmo, presos e condenados à morte no Irã; pessoas estão sendo presas por beber, meninas de 6 anos são sequestradas na China para casarem com filhos da família sequestradora no futuro, indianas são agredidas, mutiladas, deformadas ou assassinadas por terem filhas, e não filhos. E nem precisaríamos ir tão longe: na nossa América do sul mesmo (que inclusive amo bastante e vivo babando aqui), temos casos de violações diárias de direitos humanos.
A explicação é meio simples: são oferecidas mais notícias do que se tem mais demanda. E você lembra a última vez que buscou “Iêmen” no google? Mas e “Estados Unidos”? E algum país da Europa? E notícias do seu país? E da sua cidade? E depois de fazer a conta de cada um: você ainda acha que o “defeito” (diria que tá mais pra “característica quase inevitável”) do “etnocentrismo” e “autocentrismo” é só de europeu e estadunidense?
nós, percebendo que acusamos os outros de coisas que muitas vezes também somos
E quando sabemos dessas coisas? Como agimos? Procuramos vilões, claro. Bora gastar a energia em procurar culpados ao invés de buscar soluções, vem comigo, “iupii”:

E o oscar de “país vilão” vai para…

Muitos acreditam que “o problema do mundo é a religião” (a alheia, claro, porque a nossa religião ou o nossa não-religião ou absoluta descrença, julgamos como a única forma correta de ver o mundo, afinal, somos os bonzões, os letrados, os sensatos, os sei lá, somos o Goku da inteligência, os iluminados pelo esclarecimento civilizatório ocidental, uhu, “como é bom ser superior, kamehameha”) – que a religião é a culpada por todos os conflitos, e não que algumas pessoas – e não todas – interpretam as escrituras de sua religião de forma a gerarem esses conflitos.
E inclusive, uma minoria delas que faz isso. A maioria preferia viver em paz, exatamente igual aos ateus, agnósticos ou pessoas sem religião ou de qualquer outra religião que ainda não fizeram essa conta.
“se existem mais de 2 BILHÕES de mulçumanos no mundo, e nem 0,1% disso tá se matando por causa da religião, logo ‘O PROBLEMA DO MUNDO É A RELIGIÃO DAS PESSOAS’, CLARO, COMO NÃO CHEGAR NESSA BRILHANTE CONCLUSÃO QUE IGNORA COMPLETAMENTE A CONTA QUE ACABEI DE FAZER”
E, gênios civilizados que somos, quando tentamos combater o radicalismo, que parece ser o problema central em todos os maiores conflitos atuais, como agimos? Somos radicais em nossas generalizações, radicais em nossas exposições de ideias, e desmoralizamos a ponderação.
“parece coerente e eficaz essa técnica”
Também achamos que judeus são os vilões e árabes são os mocinhos – ou vice-versa – sem perceber que a história é muito mais complexa, que não fazemos ideia do que ambos os lados sentem e vivem, e que inclusive, essa percepção da posição de mocinho e vilão pode se alternar ao longo da história, não sendo tão clara e definitiva como muitos acreditam.
E claro, chamamos todos os descendentes de asiáticos de “japa”, até porque ignoramos a história de conflito (muitos deles que até hoje não foram plenamente resolvidos) entre países asiáticos, que torna essa equiparação ofensiva (e nem precisaríamos saber da história: seria só lembrar que, como brasileiros, não gostaríamos de ser confundidos com argentinos, mexicanos, uruguaios, com a justificativa de que, afinal, “é tudo igual, tudo latino”).
“É claro que eu não ia gostar de ser chamado de mexicano porque ‘latino-americano é tudo igual’, mas ao mesmo tempo é claro que eu vou chamar qualquer pessoa que tenha um vô coreano de ‘japa’, como não?”

E o oscar de “país mocinho” vai para…

Não enxergamos qualquer possível “brasileirocentrismo” atualmente, porque estamos muito ocupados nos sentindo o centro do mundo – afinal, somos mesmo o centro do nosso mundo – estamos ocupados definindo outros países (e pessoas, como não?) como mocinhos ou vilões,  chamando os outros de civilizados ou bárbaros, de acordo com nossa perspectiva.
Até porque, não teria como ser diferente. Se sou Zé das Couves, como terei a perspectiva de Zé do Alface? A única forma seria ouvindo o Zé do Alface – e mesmo assim, eu não teria a visão dele, porque ainda sou eu. E imagina se vou fazer um negócio desse? Zé do Alface é o vilão. Zé da Rúcula que é o herói.
“alá o zé da rúcula, tá usando capa, só pode ser herói”
Em um mundo tão plural, tão gigante, tão absurdamente diferente a cada km que se anda, de tantas visões possíveis, é estranho que a gente tenha tanta certeza de tantas coisas. Que a gente não se questione “será que tô certo?”, “será que só o outro é o vilão?”, “será que sou o mocinho?”, “será que sou o monopolizador da bondade humana?” em momento algum.
E a resposta pra “quem é o “mocinho” é: talvez ninguém e todo mundo.
Essas percepções se alternam ao longo da história. A gente pode ver, em um único contexto, povos sendo subjugados e subjugando ao mesmo tempo. Sofrendo e fazendo sofrer. Fazendo o bem e o mal. Um exemplo que já escrevi sobre aqui é o do Japão que sofreu com o expansionismo dos EUA e logo depois invadiu países asiáticos de forma até mais grave – e mais tempo depois já tava o Japão sofrendo de novo levando 2 bombas nucleares, olha que surreal – e aí? Quem é mocinho? Quem é vilão? É rodízio? Alguém tá medindo o sofrimento que determinados países infligem e são infligidos com uma régua? Como que fica isso aí?

E o oscar de “o país mais polarizado” vai para…

De fato a gente parece que curte polarizar nosso mundo, criando uma barreira entre o “bom” e “ruim”, “mocinho” e “vilão”, onde dificilmente a gente admite que pode estar errado ou que, por mais certo que esteja, poderia ponderar e tentar entender o outro lado – e aí sim, concluir que realmente, o outro tá errado naquele momento (e cabe ressaltar o “naquele momento”, porque somos capazes de fazer coisas muito boas e muito ruins às vezes com um intervalo de tempo de só 5 minutos).
E a menos que você esteja presenciando alguém com uma bazuca matando 18 pessoas ou promovendo o genocídio com um cartaz, são raros os casos em que a gente não tem condições de ouvir o outro. Só são muitos os momentos em que a gente só não quer.
nesse caso o boneco com a bazuca tá errado mesmo, não dá pra dialogar, não se faz isso com gatos
Reclamamos do radicalismo e do extremismo, e seguimos, nós mesmos, eu daqui, você daí, aplicando um olhar cada vez mais extremo pras situações, potencializado pela pandemia estressante (ou o estresse pandêmico). Das coisas pequenas às grandes: pessoas se julgam superiores ou inferiores até por quem a outra votou no Big Brother (ou se a outra assistiu Big Brother, porque aí você acredita que é superior porque escolheu outra forma de entretenimento, tipo assistir série inglesa).
A pandemia tem nos mostrado bastante essa falta de paciência com as diferenças, e às vezes nos bate aquele receio que, se as pessoas não morrerem ou se matarem em razão de doença, fome ou desespero, vão acabar se matando com cabos de panela em razão de discussões que escalam cada vez mais rapidamente pra agressão verbal ou física.
nesse caso o gato não está certo, pois está usando 2 sabres de luz contra um cão desarmado, mas no caso também tem 2 cães contra 1 gato, e agora? – além disso não sabemos também se o segundo cão, à direita, estava na batalha ou só está preocupado com o primeiro cão e gritando “GATO, NÃO MATE RUBERVALDO RODRIGUEZ, POR FAVOR, EU O AMO, ESTOU GRÁVIDA DE TRIGÊMEOS E NÃO TIVE OPORTUNIDADE DE DIZER” – e agora? (2)
E bora lembrar de um exemplo esdrúxulo e absolutamente exagerado aqui, de gente que provavelmente se achava muito certa e era indisposta a ceder: Hitler (sempre falta criatividade nesses exemplos de “grandes cometedores de erros da humanidade”, né, foi mal) amava a arte e os animais enquanto ironicamente destinava aos judeus um destino tão cruel quanto os de animais que viram vitela e foie gras; Stalin jurava que o seu regime era destinado à salvação da população sofrida e faminta enquanto promovia um genocídio famélico na Ucrânia e ainda mandava civis pra morrerem de fome na Sibéria. Ninguém avisou esses caras que eles tavam errados – quem tentou avisar eles deram “unfollow” numa versão mais radical, claro.  Ninguém vai te avisar também – quem tentar avisar você dá unfollow – na forma menos radical, espero – ou block.
Com o tempo a gente só se rodeia de gente (quanto “gente” nessa frase) pra bater palma pras nossas falas, e nem sabemos mais quando elas são incoerentes, quando nossos discursos não batem mais com nossas ações, quando nossa intenção é maculada pelo forma de atingi-la, porque ninguém vai ter coragem de falar.
se a gente continuar eliminando quem pensa levemente diferente, nosso círculo vai ser mais ou menos assim daqui a um tempo, e a gente vai jurar que tá arrasando
E novamente, isso não é um problema dos brasileiros. Se acreditássemos que brasileiros vivem um momento de polarização, de falta de vontade pra ouvir e radicalização de todos os lados, estaríamos incorrendo novamente no autocentrismo, de achar que só nós lidamos com esses problemas – e também de ignorar que temos um mundo quase inteiro vivendo uma onda de radicalismo de todos os lados possíveis (tem bomba vindo da esquerda, da direita, de cima e de baixo – em alguns locais literalmente). Se nós, “brasileiros”, não monopolizamos as virtudes, também não monopolizamos os defeitos e nem os problemas desse mundo.
Então talvez também já possamos parar de afirmar com tanta convicção que “brasileiro é burro/ brasileiro é polarizado/ brasileiro é irresponsável/ brasileiro é pior que o país X”. Feliz ou infelizmente, defeitos (e qualidades) não são licitados em cota de exclusividade pro Brasil ou qualquer país específico.

Conclusão

O que concluo nesse texto gigante é que, na verdade, acho difícil concluir qualquer coisa, eu só queria escrever mesmo.
como, por exemplo, esse dilema que perdura: estaria o cão à direita tentando acalmar os ânimos ou estamos vendo 2 cães contra 1 gato com 2 sabres de luz?  e na situação de 2 armas VS 2 cães desarmados, qual lado está mais descompensado? envie a solução nos comentários
Se há algo que sei lá quantos anos de história da humanidade nos mostra, novamente, é que na vida não há mocinhos e vilões de forma tão clara e definitiva como nos filmes (e até o mocinho do filme deve ter feito uma coisa pavorosa e o vilão fez algo maneiríssimo, isso só não foi mostrado com ênfase).
É mais provável que todo mundo tenha muito a aprender com a história do outro, e que todo sofrimento deva ser levado em consideração, pra que a gente possa impedir a repetição. Que todo sucesso seja analisado, pra que a gente possa compreender os caminhos até se chegar nele.
Além disso, a única certeza que defendo, no entanto, é que o Brasil tem os melhores memes e a melhor culinária, e isso não tá pra discussão. Aqui tem paçoca, brigadeiro, queijo com goiabada e pão de queijo. Além dos comerciais do guaraná Dolly – o sabor brasileiro. A única coisa que nos falta é ponderação – mas isso falta a todos nós, humanos, e não “nós, brasileiros“.
E é isso. Acabei de escrever umas 3000 palavras sobre tudo e nada ao mesmo tempo. Até o próximo post em que pode ser que eu fale do Iêmen ou de uma receita de pudim, ou do Curdistão ou de paçoca.
[Se sentir vontade de ajudar o Iêmen e tiver condições, doando ou divulgando, aqui tem o link da WFP pra fazer da forma mais rápida possível].

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