Os pensamentos de Deus não são os dos homens
A inteligência divina é infinita e ilimitada
Geralmente,
os seres humanos de todas as épocas e regiões do globo sempre gostaram
de definir Deus. Mas Deus é indefinível. O espiritismo diz simplesmente
que Deus é a Inteligência Suprema, pois a diferença entre espírito e
matéria é que ele tem inteligência, e ela, não. E a inteligência do
Espírito de Deus é infinita.
Sim, pois, seus atributos são
infinitos ou ilimitados, enquanto nós somos seres finitos e, pois, de
inteligência finita. E a inteligência de Deus é mesmo grandiosa demais e
é, pois, capaz de imaginar e criar coisas que nós, seres humanos,
jamais poderemos imaginar e criar. A criação do Universo é um exemplo
disso e lembra o título desta matéria, que é de Isaías com outras
palavras, mas de sentido idêntico: “Os meus pensamentos não são os
vossos pensamentos” (Isaías 55: 8).
O que mais fizeram os
teólogos do cristianismo primitivo, os quais pouco ainda entendiam do
verdadeiro ensino do excelso Mestre, foi também tentar definir Deus. E é
claro que nisso erraram. Valeu a boa-fé deles, pelo que os admiramos e
elogiamos. Mas seus ensinamentos vingaram porque viraram dogmas que
todos os cristãos tinham que aceitar. Entre esses admirados homens de fé
destacamos: são Basílio, são Gregório de Nanzianzo e são Gregório de
Nissa, irmão mais novo de são Basílio, todos do século IV. Destacamos
esses, mas há vários outros. Por eles foi criada a complicada Santíssima
Trindade, que respeitamos. Ela é entendida, mas pouco convincente, pois
Jesus não ensinou o que eles ensinaram. Um indivíduo com máscara
apresenta a pessoa de quem é a máscara, mas é uma falsidade. Então, os
teólogos concluíram que as três pessoas trinitárias deveriam ser tidas
não como máscaras, mas como hipóstases, ou seja, três pessoas de
manifestações diferentes. E ensinaram também que Jesus Cristo é da mesma
essência ou substância (“homoousios” em grego) do Deus Pai, como
prescreve o Concílio de Niceia de 325, e não apenas de natureza ou
essência semelhante à de Deus Pai (“homoiousios” em grego). Já o
Espírito Santo ficou mais complicado. Mas houve certo consenso para que
ele fosse o Espírito de Deus Pai. São ensinos dos teólogos, e não da
Bíblia.
A Trindade Hindu (Trimurte) parece mais razoável, pois
se compõe de Brama (Criador), Visnu (Conservador) e Xiva (Destruidor,
mas para renovar). São três deuses. Porém, nenhum é o Brâman, o Deus
único propriamente dito, que lembra o Deus Pai da Trindade Cristã.
Dos
três pensamentos teológicos que vimos sobre Deus: o espírita, o cristão
e o Hindu não são frutos dos pensamentos de Deus. Mas qual estaria mais
próximo ou mais distante da verdade sobre o que é mesmo Deus? O leitor é
que vai responder, pelo que agradecemos!
Atenção: o
seminário que este colunista fará sobre “Deus nas religiões”, no Centro
Espírita Camilo Chaves, (rua Lindolfo Azevedo, 611, Jardim América, BH,
em 29.9), teve o horário alterado: será das 14h às 18h.
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