sexta-feira, 31 de janeiro de 2020
ORAÇÃO PARA QUEBRAR TODA A MAGIA E ENFRAQUECER AS FORÇAS SATÂNICAS
Pai Nosso que estais nos Céus, eu Vos
amo, Vos louvo e Vos adoro. Agradeço-Vos por terdes enviado o Vosso
Filho Jesus Cristo, que venceu o pecado e a morte para me salvar.
Agradeço-Vos também por terdes enviado o Espírito Santo, que me dá
Força, me guia e santifica. Agradeço-Vos por Maria, a minha Mãe do Céu,
que intercede por mim com os Anjos e os Santos.
Senhor Jesus, prostro-me diante da Vossa
Santa Cruz e Vos peço que me recubra com o preciosíssimo Sangue que
jorrou do Vosso Coração e das Vossas Santas Chagas. Purificai-me, ó
Jesus, pela Água Viva que correu do Vosso Coração e envolvei-me na Vossa
santa Luz.
Pai do Céu, fazei que a água que me lavou
no batismo suba o curso do tempo através das gerações do meu pai e da
minha mãe a fim de que a minha família inteira seja purificada de
satanás e do pecado.
Humildemente prostrado diante de Vós, ó
Pai, peço-Vos perdão para mim, para meus parentes e para meus
antepassados por todas as invocações de potências ocultas que nos
puseram contra Vós e nos fizeram atentar contra o Nome de Jesus.
Pelo Santo Nome de Jesus e pelo poder
deste Nome, declaro colocar hoje sob a soberania de Nosso Senhor tudo o
que me pertence (tanto no plano material como no plano espiritual) e
aquilo que esteve submetido a influência de Satanás.
Pela potência do Vosso Espírito Santo,
mostrai-me, ó Pai, toda pessoa que necessite do meu perdão, assim como
todo pecado que eu não tenha confessado. Fazei-me tomar consciência do
que Vós fizestes na minha vida e dai-me a conhecer essas brechas que
deram a Satanás a possibilidade de entrar.
Pai Santo, ofereço-vos todas as minhas
recusas de perdoar. Dou-Vos todos os meus pecados. Dou-Vos todas as vias
de passagem que permitiram que Satanás se introduzisse na minha
existência. Louvo-Vos e agradeço-vos pelo Vosso perdão e pelo vosso
amor.
Senhor Jesus, em Vosso Santo Nome eu ligo
todos os espíritos maus do ar, da água, da terra, de baixo da terra e
do mundo infernal; eu também encho de laços todos os espiões enviados do
quartel-general de Satanás; e invoco o vosso preciosíssimo Sangue sobre
o ar, sobre a atmosfera, sobre a água, a terra e os seus frutos. Ordeno
a todos estes espíritos de malícia que partam imediatamente e se ponham
sob os Vossos Pés, sem se manifestarem e sem prejudicarem a mim e aos
outros, para que Vós possais dispor de mim segundo a Vossa Santíssima
vontade.
Em Nome Santíssimo de Jesus, eu destroço,
quebro, anulo toda maldição, toda traição, todo desvio e toda
influência dos maus espíritos, todo malefício, todo bloqueio hereditário
(conhecido ou desconhecido), todo encantamento, todo sortilégio, toda
cilada, toda mentira, todo laço, todo obstáculo, toda predição, todo
desejo diabólico, assim como toda desordem e toda doença, seja qual for
sua origem, incluindo as minhas próprias faltas e os meus pecados.
Em Nome de Jesus, eu corto de mim toda a
transmissão de desejos satânicos, laços, apegos espirituais e obras do
Inferno. Em nome de Jesus, eu corto e separo todos os laços possíveis
(suas conseqüências) de astrólogos, adivinhos, videntes, médiuns, falsos
curadores, quiromantes, adeptos de seitas e também dos que praticam o
ocultismo e a adivinhação com bolas de cristal, folhas de chá, borras de
café, cartas, tarô, pedras e outros meios; e ainda com os
espíritos-guias dos quiromantes, dos mágicos, dos feiticeiros e de todos
os que se entregaram a qualquer tipo de magia, como vodu, macumba e
outros.
Agora tomo posse da promessa de Jesus “Estes milagres acompanharão os que crerem: expulsarão os demônios em meu nome” (Mc 16,17), como também da revelação transmitida a São Paulo: “Bendito
seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que do alto do céu nos
acumulou com toda a bênção espiritual em Cristo” (Ef 1,3).
Com Cristo em meu coração, como meu Senhor e Salvador, unido a Igreja,
corpo da qual é a cabeça, alimentando-me da Eucaristia, contando com a
intercessão da Doce Virgem Maria, nenhum mal será capaz de me atingir ou
destruir. Amém.
Fonte: site arcanjomiguel.net
Como curar a ferida da rejeição
Home » Psicologia »
Como curar a ferida da rejeição
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Quem não tem medo da rejeição?
Pode ser que esse temor viva com você todos os dias, mas você não é
consciente disso. O problema é que só nós temos a autoridade para nos rejeitarmos ou aceitar-nos. Não permita que ninguém rejeite você, isso é assunto seu!
Apesar de sermos conscientes disto, não podemos evitar que a nossa autoestima seja afetada quando alguém nos rejeita. Ficamos mais vulneráveis, nos isolamos dos outros e inclusive deixamos de nos cuidar.
“Encaro a rejeição como alguém que toca um trompete no meu ouvido e me acorda para me fazer andar, em vez de me retirar”-Sylvester Stallone-
Vejamos como curar a ferida da
rejeição. Uma ferida que costuma fazer com que devolvamos aquilo que
recebemos, isto é, faremos o possível para sermos rejeitados pois é o
que conhecemos.
Cuide de si mesmo
Você não pode evitar ser rejeitado, embora você possa aceitar ou não essa rejeição. Você precisa ser capaz de se apreciar, de se valorizar
e de investir em si mesmo. Você pode continuar do jeito que está, já
que mudar é difícil e talvez você se sinta bastante inseguro. Mas você
prefere rejeitar a rejeição ou continuar aceitando-a? Essa opção está
somente em você, ninguém poderá tomar essa decisão.
A rejeição o tornará fraco, vulnerável, e pode fazer você mergulhar na depressão.
Você deve se olhar a si mesmo e saber quem você é. Perdoe-se! Todos
cometemos erros, mas isso não justifica que os outros possam nos
rejeitar. Quem é você para me rejeitar? Por acaso eu rejeito os outros?
Nunca permita que o fato de rejeitarem
você o transforme no primeiro a pagar com a mesma moeda. Você vale
muito. Descubra-se, valorize-se e dê-se o respeito que você merece…
“A aceitação e o valor não podem ser dados pelas pessoas, você mesmo é quem deve provê-lo. Não permita que ninguém marque o seu coração”-Bernardo Stamateas-
Fale bem de você
Muitas vezes é difícil falar bem dos
outros, ou é o contrário? Às vezes sabemos apreciar os pontos fortes das
outras pessoas, aquilo em que se destacam. É mais fácil ver as coisas nas outras pessoas, tanto as boas como as ruins.
Mas o que acontece com relação a nós mesmos? Aí nos encontramos com uma
barreira. Comece a falar bem de você hoje com estes conselhos simples:
- Enumere os seus pontos fortes
- Determine que o dia de hoje é o seu melhor dia!!!
- Pense que o que sair da sua boca poderá curá-lo ou feri-lo
- Transforme o seu diálogo interior em algo positivo
Hoje é o dia e o momento em que você precisa começar a falar bem de si mesmo para se recuperar e estar cada dia melhor. A rejeição provoca mal-estar, angústia e faz com que sintamos que não valemos nada. Mas o que os outros podem dizer de você não o define! Estar seguro de si mesmo é o primeiro passo para ir com a cabeça bem erguida frente à quantidade de rejeições que você terá que enfrentar.
Presenteie-se com o melhor
Para começar a se valorizar você precisa se permitir o melhor.
Se você vai comer, coma o melhor; ao se vestir, vista o melhor.
Valorize-se, presenteie-se e premie-se constantemente. Você precisa se
cuidar com carinho, pois ninguém mais o fará por você. Para que isto
seja muito mais simples, permita-se também a possibilidade de se rodear
de gente que seja realmente positiva para você.
Procure a companhia daquelas pessoas que agregam valor a sua vida e não as que a diminuem,
que aumentem a sua autoestima e não a pisoteiem. Essas pessoas
positivas das quais você estará rodeado permitirão que você tire o
melhor de si, que explore tudo o que você tem dentro e ainda não colocou
para fora, por medo.
“A comemoração é agradável e a aprovação é útil, mas não trabalhe procurando a aprovação dos outros. Fazendo isto você se desviará do seu objetivo e da sua meta”-Bernardo Stamateas-
Mas na sua procura pela libertação de toda rejeição e a cura das suas feridas, não caia na tentadora busca pela aprovação que pode fazer você cair em outras redes ainda piores.
Procure apenas a sua aprovação, apóie-se nos outros para se impulsionar, mas não para se acomodar. Investir em você e se valorizar como pessoa será o primeiro passo importante para começar a cuidar de si, para começar a viver sem medo da rejeição.
Imagens cortesia de Mandy Tsung, Jeremiah Ketner, Pascal Campion.Crise no relacionamento ou término definitivo?
Crise no relacionamento ou término definitivo?
- Como o estresse influencia a saúde?
- Pensamento contrafactual: e se tivesse sido diferente?
- A regulação emocional em ambientes de cuidado com a saúde
Quando se trata de um casal que já passou por várias crises, pode ser difícil saber se está passando novamente por um momento de incerteza/enfrentamento ou se está definitivamente quebrado e restam apenas as cinzas.
Dessa forma, existem diferentes tipos de crises no relacionamento e também diferentes tipos de términos. A principal diferença entre uma crise e um término é que este último constitui um ponto definitivo. Mas, antes de continuar, vamos concluir a definição.
Quando falamos sobre crise no relacionamento, estamos nos referindo a uma situação de alta tensão, na qual costuma acontecer um distanciamento temporário. Já quando falamos sobre um término, estamos diante de uma situação de separação na qual as pessoas rompem os vínculos que as unem.
Por outro lado, não saber se uma crise vai acabar ou não em término gera uma incerteza potencialmente ansiosa/angustiante. Por isso, neste artigo vamos falar sobre como saber se você está numa crise no relacionamento ou em um término definitivo.
Diferentes tipos de crises no relacionamento
Os problemas costumam ser os gatilhos mais comuns da crise. As crises também podem acontecer após uma infidelidade, o nascimento de um filho ou uma perda importante. Todos estes motivos dão origem a diferentes crises, que podem ser mais ou menos longas.Entre as crises mais complicadas de superar, encontramos as que se iniciaram ou se materializaram após uma infidelidade. Isso porque, com ela, o que costuma acontecer é a perda de confiança e a cumplicidade com o outro. A vítima se sente enganada, traída, além de também ser fácil perder a autoestima e a vontade de controlar o outro poder se tornar obsessiva.
Por outro lado, as crises que ocorrem por evolução da relação são as que podem ser resolvidas mais facilmente, são menos difíceis de serem superadas. Por exemplo, nos referimos a crises que acontecem simplesmente pelo passar do tempo e por mudanças naturais no relacionamento: como o início da convivência ou o nascimento de um filho. Nestes casos, o vínculo e a união não foram atacados.
As crises podem ocorrer por conta de infidelidade, do nascimento de um filho, de um grave problema familiar ou por problemas constantes na convivência.
Crise no relacionamento diante do término definitivo
Os antecedentes e o histórico do casal dizem muito sobre a situação de crise ou de término. Caso se trate de um casal que já passou por muitas crises, pode existir um desgaste tão importante na relação que pode levar a um término definitivo.Ao contrário do que se costuma acreditar e pensar que “é só mais uma crise”, quando já existe um histórico de separações ou términos temporários acontece um esgotamento que produz a sensação de que o casal vive em uma espécie de eterno retorno ao sofrimento.
O motivo da separação também é um aspecto importante. As crises que são consequência de uma infidelidade costumam acabar em términos: a traição é devastadora para a confiança de um casal e para o planejamento de um futuro juntos.
Uma infidelidade dá origem a uma crise no relacionamento, que se não for gerenciada corretamente e no tempo adequado, pode levar a um término definitivo. A capacidade de perdoar e voltar a construir pode se esgotar.
Além disso, se os motivos da crise forem os problemas de convivência ou as tarefas da casa, é mais provável que ela não acabe em término. No entanto, se estivermos diante de uma crise devido a problemas de convivência, também podemos estar diante de uma situação de grande desgaste emocional que pode, sim, levar a uma separação.
O motivo da separação também é um aspecto importante. Os términos que surgem como resultado de infidelidades costumam ser definitivos.
Os quatro cavaleiros do apocalipse nos relacionamentos amorosos
Principalmente quando um casal mostra sinais importantes de incompatibilidade, podemos pensar que estamos diante de um término definitivo.Neste caso, estamos nos referindo aos “quatro cavaleiros do apocalipse” que o Dr. John Gottman descreveu após anos de pesquisa sobre relacionamentos amorosos. Estes quatro sinais costumam estar intimamente associados às separações definitivas. Vamos explicá-los a seguir.
Os quatro sinais mais importantes que apontam para um término são: as críticas destrutivas (tanto fazê-las quanto recebê-las), a atitude defensiva, o desprezo para com os outros e a atitude evasiva.
Deste modo, a presença de alguma destas atitudes ou padrões de comunicação no relacionamento nos informa que estamos passando por um momento delicado; de forma que pode, sim, acabar em término.
3 hábitos tóxicos que nos tornam tremendamente infelizes
Home » Psicologia »
3 hábitos tóxicos que nos tornam tremendamente infelizes
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Está claro que ser feliz o tempo todo é impossível. No entanto, é factível manter um certo equilíbrio e bem-estar emocional. Isso é simples quando tudo está bem. O problema surge quando aparecem os obstáculos ou temos que computar um retrocesso, algo que acontece com muita frequência. Por inércia, continuamos mantendo estes hábitos tóxicos, e por definição, quanto mais os executarmos mais difícil será “escapar” deles. Transformaram-se em um círculo vicioso no qual nos sentimos presos.
Não são as dificuldades que nos levam pelo caminho da amargura, e sim os nossos hábitos.
Hábitos tóxicos: ladrões de energia
Muitos de nós nos sentiremos identificados com os hábitos tóxicos que mencionaremos a seguir. É curioso porque fazem parte da nossa vida, sem nos darmos conta do tanto que nos influenciam negativamente. Um destes costumes tão humanos é o de desejar aquilo que não temos. Subestimamos aquilo que possuímos, desejamos mais e mais. Perceber que não precisamos de nada mais para sermos felizes é o que evitará que sintamos desgosto e tristeza.Outro dos hábitos tóxicos que colocamos em prática é o do piloto automático. Aquele momento das nossas vidas em que não prestamos atenção no presente, não o saboreamos. Avançamos sem nos deter para pensar no que estamos fazendo. É como se caminhássemos por um bosque, sem parar para contemplar a paisagem maravilhosa que se mostra ao nosso redor. Nos afastamos da realidade, não aproveitamos o aqui e agora, e perdemos um grande prazer.
Também não podemos nos esquecer de algo que muitas vezes deixamos em segundo ou terceiro plano. Estamos nos referindo a nossa alimentação e também ao nosso sono. Comer mal, não manter uma dieta saudável, terá uma clara repercussão negativa em nosso humor: não teremos o nível de energia necessário e contaremos com uma autoestima prejudicada. Da mesma maneira, dormir o suficiente é importante para render no trabalho e para nos sentirmos melhor.Buscar a aprovação dos demais também é um hábito muito tóxico. Nunca faremos nada porque temos vontade, e sim porque será melhor visto pelos demais.
O pior dos hábitos tóxicos: fazer-se de vítima
Deixamos para o final um dos hábitos tóxicos que mais repercutem em nossas relações. Fazer-se de vítima é, para muitas pessoas, um recurso para conseguir atenção, entre outros privilégios. No entanto, este costume leva implícitas muitas outras práticas que fazem com que mergulhemos em uma realidade bastante adversa.Fazer-nos de vítimas faz com que nos mantenhamos presos a todas as emoções negativas que teríamos que tentar soltar. No entanto, precisamos delas para causar pena e não nos sentirmos responsáveis pelo que está acontecendo conosco. Fechar os olhos, abraçar a negatividade, fará com que tenhamos apenas ira e ressentimento em nossos corações.
Negar a realidade: uma rua sem saída
Relacionado com isso está o terrível hábito de negar a realidade. Quando esta não é a que gostaríamos de observar, simplesmente lhe damos as costas e a negamos. No entanto, fazer isso não evitará que ela esteja presente. Seguirá existindo por mais que não queiramos vê-la, e sem dúvida, nos machucará de forma forte e violenta em um determinado momento.O hábito de se fazer de vítima costuma estar acompanhado da tendência a culpar os demais. Nós jamais seremos os responsáveis pelo que acontece e, mesmo que este seja o caso, tentaremos fazer com que sejamos vistos como mártires. Por exemplo, se reprovarmos uma matéria na escola nunca seremos os culpados por não termos estudado o suficiente ou por não estarmos concentrados; a culpa foi do professor que fez uma prova muito difícil.
Em conclusão, existem muitos hábitos tóxicos que mantemos em nosso dia a dia e dos quais precisamos nos desprender para nos sentirmos bem. Sem dúvida o último deles – fazer-se de vítima – é o mais complicado de abordar. Não ter a capacidade de ser autocrítico e de aceitar nossos erros impedirá que sejamos conscientes de todos estes costumes que incluímos em nossa rotina e que fazem com que nos sintamos mal com nossas vidas.Transformar-nos em vítimas não nos permitirá aprender sobre as experiências passadas para poder enfrentar a vida.
Explore o seu lado obscuro para recuperar o controle sobre si mesmo
O lado obscuro que temos medo de
enfrentar. O seu lado obscuro não entende de boas intenções, de
compromissos, de fazer o que se supõe que deve ser feito.
‘Quando me amei de verdade’: o maravilhoso poema de Charles Chaplin
Home » Psicologia »
‘Quando me amei de verdade’: o maravilhoso poema de Charles Chaplin
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Os historiadores nos dizem que houve um momento no mundo da arte, da ciência e da cultura em que dois nomes brilhavam acima dos outros: Charles Chaplin e Sigmund Freud. Se o primeiro tinha o rosto mais familiar e admirado, o segundo tinha a mente mais brilhante.
“Não devemos ter medo de nos confrontarmos… até os planetas se chocam e do caos nascem as estrelas”.
– Charles Chaplin –
Tal foi a notoriedade de ambos que
Hollywood passou muitos anos tentando fazer com que “o pai da
psicanálise” participasse de alguma grande produção. Foi em 1925 que o
diretor da MGM (Metro-Goldwyn-Mayer), Samuel Goldwyn, chamou Freud para
elogiar as suas obras e publicações definindo-o como “o maior
especialista do mundo em amor”. Mais tarde, pediu a sua colaboração em
uma nova produção: “Marco Antônio e Cleópatra”.
Nessa carta, Freud analisou superficialmente o que Chaplin transmitia em todos os seus filmes: alguém de origem muito humilde, alguém que viveu uma infância difícil e que, apesar de tudo, prosseguia na sua maturidade com valores muito definidos. Não importavam as dificuldades que vivia diariamente, Chaplin sempre manteve um coração humilde. Assim, apesar das adversidades e obstáculos de uma sociedade complexa e desigual, sempre resolvia os seus problemas através do amor.
Nós não sabemos se Freud estava certo ou errado na sua análise, mas era o que Chaplin nos mostrava nos seus filmes e especialmente nos seus poemas: verdadeiras lições de sabedoria e crescimento pessoal.
Charles Chaplin: o homem por trás do poema
Dizem que Charles Chaplin escreveu este poema, “Quando me amei de verdade”, quando tinha 70 anos de idade. Alguns dizem que não é da sua autoria, mas sim uma adaptação livre de um parágrafo que aparece no livro de Kim e Alison McMillen “Quando eu me amei de verdade”. Seja como for, este não é o único texto de Chaplin que utiliza argumentos tão bonitos, requintados e enriquecedores sobre o poder e o valor da nossa mente.Na verdade, também temos o poema “Vida”, onde ele nos diz, entre outras coisas, que o mundo pertence a aqueles que se atrevem, que viver não é simplesmente passar pela vida, mas lutar, sentir, experimentar, amar com determinação. Portanto, realmente não importa se este poema é uma adaptação de outro já existente ou se saiu da mente e do coração desse gênio icônico que nos cativou com o seu jeito de caminhar, seu bigode e sua bengala.
Carlitos, aquele personagem desengonçado, um vagabundo solitário, poeta e sonhador sempre em busca de uma diversão ou uma aventura, tinha uma mente muito lúcida: um homem com ideias muito claras sobre o que queria transmitir. E o que ele nos mostrou nas suas produções integra-se perfeitamente em cada uma das palavras desse poema. Na verdade, ele contou nas suas memórias que cada uma das características que constituíam a fantasia do seu personagem tinha um significado:
- As suas calças eram um desafio para as crenças sociais.
- O chapéu e a bengala tentavam mostrá-lo como alguém digno.
- O seu pequeno bigode era uma demonstração de vaidade.
- As suas botas representavam os obstáculos que enfrentamos todos os dias no nosso caminho.
Charles Chaplin sempre tentou nos conscientizar através da inocência do seu personagem, nos fazer acordar para entendermos os complexos paradoxos do nosso mundo. Um lugar onde apenas nossas forças humanas e psicológicas poderiam enfrentar a insensatez, a desigualdade, a presença do mal. Algo que vimos sem dúvida em “O Grande Ditador”, em que ele nos convidava a nos conectarmos muito mais com nós mesmos e com os outros seres humanos, defendendo os nossos direitos e os direitos do nosso planeta.
Até hoje, e isso não podemos negar, o legado de Chaplin não se desfez; sempre será necessário e indispensável. Porque as lições transmitidas através da tragicomédia são aquelas que mais nos fazem pensar, e poemas como “Quando eu me amei de verdade” são presentes para o coração, convites diretos para melhorarmos como pessoas.
‘Quando me amei de verdade’, Charles Chaplin
Quando me amei de
verdade, compreendi que em qualquer circunstância eu estava no lugar
correto e no momento preciso. E então, consegui relaxar. Hoje sei que
isso tem nome… Autoestima.
Quando me amei de verdade, percebi que a
minha angústia e o meu sofrimento emocional não são mais que sinais de
que estou agindo contra as minhas próprias verdades. Hoje sei que isso
é… Autenticidade.
Quando me amei de verdade, deixei de desejar
que a minha vida fosse diferente e comecei a perceber que tudo o que
acontece contribui para o meu crescimento. Hoje sei que isso se chama… Maturidade.
Quando me amei de verdade, compreendi por
que é ofensivo forçar uma situação ou uma pessoa só para alcançar aquilo
que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou que a pessoa (talvez
eu mesmo) não está preparada. Hoje sei que isso se chama… Respeito.
Quando me amei de verdade, me libertei de
tudo que não é saudável: pessoas e situações, tudo e qualquer coisa que
me empurrasse para baixo. No início a minha razão chamou essa atitude de
egoísmo. Hoje sei que isso se chama… Amor por si mesmo.
Quando me amei de verdade, deixei de me
preocupar por não ter tempo livre e desisti de fazer grandes planos,
abandonei os megaprojetos do futuro. Hoje faço o que acho correto, o que
eu gosto, quando quero e no meu próprio ritmo. Hoje sei que isso é… Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer ter sempre razão e, com isso, errei muito menos. Assim descobri a… Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar
revivendo o passado e de me preocupar com o futuro. Agora me mantenho no
presente, que é onde a vida acontece. Hoje vivo um dia de cada vez. E
isso se chama… Plenitude.
Quando me amei de verdade, compreendi que a
minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando eu a coloco a
serviço do meu coração, é uma aliada valiosa. E isso é… Saber viver!
A felicidade segundo Charles Chaplin, um exemplo a seguir
Falemos da felicidade do ponto de vista
de um ícone do cinema: Charles Chaplin. Ele nos deixou um legado
composto não apenas por filmes, mas por palavras
O que acontece quando deixamos de precisar do nosso companheiro?
O que acontece quando deixamos de precisar do nosso companheiro?
- Como o estresse influencia a saúde?
- Pensamento contrafactual: e se tivesse sido diferente?
- A regulação emocional em ambientes de cuidado com a saúde
A palavra precisar significa, no linguajar psicológico, que sem esse objeto de apego
é impossível ser feliz, que todo seu ser depende dele e que a vida
deixaria de ter sentido se esse algo não existisse. Isso é precisar de
verdade.
Em todo caso, confundir apego com necessidade e manter essa atitude é algo sumamente prejudicial para nossa saúde psicológica, pois seja o que for que hoje queremos em nossas vidas, é possível que desapareça amanhã.
Nada é permanente, e
pensar o contrário pode gerar um grande sofrimento já que o que temos
não é um desejo legítimo que se for cumprido, ótimo, mas se não for,
sabemos que contamos com outras alternativas.
Essas ideias são sumamente irrealistas e a verdade é que ninguém morre por perder nada, nem ninguém. No entanto, antes de admitir essa certeza as pessoas costumam passar por estados de ansiedade e tristeza.
Nos relacionamentos isso ocorre de maneira clara. O romantismo exagerado nos ensinou que o amor significa sofrimento, esforço, sacrifício. Inclusive fez com que o ciúme fosse considerado normal, passando a ideia de que “se não há ciúmes, não há amor”, etc.
Desejar nos liberta, precisar nos torna escravos
Quando você pensa que precisa de um companheiro, você não está sendo uma pessoa que escolheu outra em liberdade, mas sim baseada na sua carência pessoal. Pode ser que você tenha medo da solidão ou que tenha uma autoestima
bastante baixa. Talvez você pense que é melhor ter alguém mais forte e
capaz do que você ao seu lado, ou simplesmente tenha se apegado a essa
pessoa porque sua vida está bastante vazia em outras áreas e você pensa
que é o único que lhe resta a fazer.
Seja qual for o motivo, a questão é que você está sendo um escravo de seus próprios vazios mentais.
Você não decidiu estar com essa pessoa porque ela acrescenta algo ou
torna a sua vida mais agradável do que quando você estava sozinho. Você
escolheu precisar dela como quem escolhe uma prótese ou como quem tenta
tapar o sol com a peneira.
Com a necessidade, introduzimos o medo e o desespero em nossos relacionamentos; no
entanto, com a preferência ou o desejo estamos sossegados, tranquilos e
aproveitando do presente em comum. Fizemos uma escolha de forma livre,
sem nada que indique que devemos ter um companheiro para enfrentar pensamentos como “somos uns fracassados”, “ficaremos para titia”, nem nenhuma bobagem desse tipo.
Quando você decide amar em liberdade e por fim livrar-se de todas essas pesadas correntes e fantasmas que guiavam sua vida de maneira errada, você descobre uma nova forma de ter um relacionamento.
É o amor real, o autêntico. Não é o amor neurótico, louco, visceral que
nos falam nos filmes, isso é apenas fantasia e faz com que o
relacionamento não ande bem.
Irá doer se você o perder, é evidente e você poderá passar por um período ruim, mas lembre-se de que a sua felicidade não depende do seu companheiro, e
que a vida vai seguir oferecendo outras oportunidades. Isso,
evidentemente, faz com que o relacionamento funcione muito melhor do que
quando existe ciúmes.
Você gosta e pode querer alguém para
apoiá-lo e mostrar-lhe os sinais de amor e carinho, mas se isso não
existe na sua vida, existirão os amigos, a família, o trabalho,
passatempos e muitos outros itens para adicionar a essa lista que são
seus, particulares e individuais.
A solução para os problemas é encontrada em equipe; já não discutimos para ver quem tem ou não razão porque nosso ego
já não é tão grande para que isso valha a pena. Olhamos juntos na mesma
direção e desejamos acabar nossa vida juntos, mas se não for assim,
porque o amor não pode tudo, o mundo seguirá seu curso e poderemos ter
uma vida completamente feliz em sociedade ou junto a outra pessoa.
Atreva-se a dizer ao seu companheiro hoje: “te amo muito, mas não preciso de você.”
Home » Psicologia »
Como escolhemos a pessoa adequada para viver o amor
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Viver o amor é provavelmente a emoção mais poderosa e cheia de magia que podemos sentir como presente da vida. O
amor abriga as melhores sensações que nos fazem ser melhores pessoas,
seres humanos e almas eternas. Ele nos leva a desenvolver e colocar para
fora a melhor versão de nós mesmos para e com os outros, sem nos
esquecermos do amor próprio.
Ao longo da nossa existência, o nosso coração aprende e cresce com várias experiências ou pessoas completamente diferentes entre si. Podemos
nos apaixonar perdidamente por cada uma delas, ou elas podem até mesmo
passar despercebidas no nosso dia a dia, porque simplesmente não nos
compete descobri-las nesta vida.
Mas às vezes não entendemos por que a nossa alma escolhe “querer dar todo o nosso melhor”
para um ou outro ser humano, chegando a viver emoções pouco positivas
que dificilmente conseguimos gerir. Por isso, hoje convido-lhe a
descobrir como é o processo de seleção interior que o coração de cada um
de nós executa quando o amor está em causa.
“Passamos a amar não quando encontramos a pessoa perfeita, mas quando aprendemos a ver de maneira perfeita uma pessoa imperfeita.”-Sam Keen-
Nos unimos a aqueles que revivem a nossa primeira experiência com o amor
Nós amamos e nos unimos a uma pessoa para a vida toda sem sabermos como, às vezes de forma inconsciente. Até
mesmo nos perguntamos infinitas vezes o que ele ou ela tem que nos faz
sentir tão loucos de amor no nosso dia a dia sem entender direito.
Mas como é natural e bonito, esta
experiência tem uma origem na memória daquelas pessoas que marcaram a
nossa infância no que toca ao amor: nossos pais, irmãos, pessoas que nos
criaram e que um dia nos fizeram sentir um flash de luz marcado no
nosso coração.
Essas experiências fazem referência a como sentíamos e percebíamos o amor enquanto éramos crianças. Tanto a existência do amor como a falta dele. Então, quando
somos adultos, escolhemos uma pessoa semelhante a aquela que nos marcou
em um determinado momento da nossa vida, como na infância. E aos poucos o nosso coração deseja estar cada vez mais perto dessa pessoa.
“Ser profundamente amado por alguém nos dá força, enquanto amar alguém profundamente nos dá coragem.”-Lao-tsé-
As nossas almas se complementam
Quando estamos apaixonados, percebemos o nosso parceiro ou parceira como uma alma gêmea semelhante a nós, em que suas diferenças pessoais complementam a nossa alma. Desta
forma, aprendemos com ele ou com ela e evoluímos com os nossos
potenciais e qualidades que, até então, provavelmente passaram
despercebidos. O amor nos ensina e nos torna melhores por isso,
agradecendo à vida por termos encontrado a pessoa que nos despertou.
Muitos estudos científicos relacionados com a escolha inconsciente do amor entre as pessoas indicam que o parceiro ou parceira que escolhemos é uma versão aperfeiçoada dos nossos progenitores: uma
pessoa que é parecida com o nosso pai ou com a nossa mãe. Por isso
sabemos que nos relacionamos tão bem com ele ou com ela. Mas é também
por isso que aquilo que os nossos pais não puderam compartilhar conosco e
o que assumimos como uma carência desde pequenos continua desenvolvido
em altos níveis.
Uma relação de amor saudável nos ajuda a crescer
Uma relação
entre duas pessoas baseada no amor incondicional apresenta um princípio
eterno: descobrir uma pessoa que sempre haverá marcado o nosso coração
de forma positiva, aprendendo e compartilhando o que desconhecíamos. Por
isso, poderíamos considerar como uma aventura com um início, mas sem um
final. O nosso amado ou amada fará sempre parte da nossa essência e a
constituirá.
Uma relação saudável é uma aventura entre dois seres incríveis onde descobrimos e aceitamos o que não é nosso. No
início há qualidades que nos fazem ver a outra pessoa como perfeita,
mas com o passar do tempo podemos sentir seus defeitos em determinados
momentos. Carências que, se amamos incondicionalmente, faremos com que
sejam nossas sem deixá-las de lado, mas puxando seu lado mais positivo.
Os membros do casal saudável crescem aprendendo e complementando um ao outro, escolhendo todos
os dias o caminho que os leva a evoluir, ou determinar se chegou o
momento de abandonar essa história nascida sempre para aprender.
Por isso escolhemos ter uma relação ou não com determinada pessoa: para aprender a gerir e viver um verdadeiro amor graças à comunicação
sincera. A missão e prova que a vida nos coloca todos os dias para
sermos melhores e entendermos a nossa verdadeira grandeza como seres
humanos: o dom de compartilhar o que todos conservamos dentro de nós.
Algo que a ciência pode agora confirmar e voltar a nos presentear.
“Nunca mais perdemos aquilo que uma vez já desfrutamos. Tudo o que amamos profundamente se converte em parte de nós mesmos.”
-Helen Keller-
Há pessoas que acham que o mundo gira ao seu redor
Home » Psicologia »
Há pessoas que acham que o mundo gira ao seu redor
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Há pessoas que parecem não saber que a terra gira em torno do Sol, e não em torno delas.
Não entendem que a vida não gira só ao seu redor, que seu umbigo não é o
centro do mundo nem das pessoas que o rodeiam. Por isso se
autoproclamam importantíssimos, gerando com seus comportamentos uma
fortíssima rejeição social.
Como consequência, mantêm comportamentos egocêntricos
e enchem nossos ouvidos de mensagens e comportamentos que chamam a
gritos por atenção. Gritos que são tão ensurdecedores que nos saturam e
esgotam com facilidade.
Lidar com uma pessoa que tem comportamentos egocêntricos é cansativo por muitas razões. Analisemos algumas delas a seguir…
O egocentrismo, o excessivo culto ao “eu”
Acreditar que você mesmo é o centro do
mundo e sentir-se mais importante que todas as outras pessoas é
desastroso para uma boa evolução de nossas relações sociais. Não gostamos que ninguém tente impor suas opiniões, pensamentos e interesses:
de fato, é fácil saber com razão e um bom discernimento que uma pessoa
que não se acha melhor que ninguém tenta chegar a um equilíbrio
e garante o bem comum.
A arrogância não se importa com o bem-estar dos demais,
não sabe que este é tão importante quanto o bem-estar pessoal. Elas, as
pessoas egocêntricas, estão certas de que são especiais, e mais, de que
sua personalidade é absolutamente encantadora.
No entanto, quando algo não segue o caminho que o egocêntrico deseja, então ele se converte em ogro, déspota que só quer fazer com que as coisas caminhem do seu modo, ainda que para isso tenha que se aproveitar e manipular as pessoas em volta.
Pode ser que eles se justifiquem dizendo a famosa frase “é que eu tenho um gênio muito forte”, uma variante do estilo “eu não tenho defeitos, nós dois que não encaixamos”. Com certeza lembramos de muitas pessoas que em algum momento fizeram ou fazem parte de nossas vidas hoje com essas frases.
Eles se autopromovem e se consideram especiais e infalíveis, superiores aos outros.
Isso, sem dúvida, tem como consequência a criação de problemas na hora
de fazer amizades e mantê-las, pois ninguém tem nenhum benefício por
estar ao lado de pessoas que só conseguem pensar em si mesmas.
A autoestima, no entanto, não tem nada a ver com o egocentrismo: a autoestima é um sentimento saudável e tolerante, o egocentrismo é um modo de ser vazio, irreflexivo, excessivo e intolerante.
As pessoas egocêntricas não gostam realmente de si mesmas, na verdade usam
como escudo essa proclamação excessiva de seu amor próprio como modo de
distorcer o autoconceito negativo que realmente escondem. Esse é o motivo pelo qual precisam se sentir tão adulados e admirados.
Caminhava com meu pai quando ele se deteve em uma curva e, depois de um pequeno silêncio, me perguntou:
-Você escuta alguma coisa além do cantar dos pássaros?
Agucei meus ouvidos e alguns segundos depois respondi:
-Estou ouvindo o barulho de uma carroça.
-Esse barulho – disse meu pai – é de uma carroça vazia.
-Como você sabe que é uma carroça vazia se ainda não a estamos vendo? – perguntei ao meu pai.
-É muito fácil saber quando
uma carroça está vazia por causa do ruído. Quanto mais vazia a carroça,
maior é o ruído que faz – me respondeu.
Virei um adulto e até hoje quando
vejo uma pessoa falando muito, interrompendo a conversa de todo mundo,
sendo inoportuna ou violenta, presumindo as coisas para favorecer a si
mesmo, mostrando-se prepotente e falando mal das outras pessoas, tenho a
impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo:
“Quanto mais vazia a carroça, maior o barulho que faz”
A humildade consiste em calar nossas virtudes e permitir aos outros que as descubram. E lembre-se de que existem pessoas tão pobres que o único que têm é dinheiro. E ninguém está mais vazio que aquele que está cheio de si mesmo.
Tipos de egocentrismo ou tipos de carroças vazias
Da história da humanidade e da cultura popular podemos extrair vários tipos de pessoas que excessivamente exaltam a si mesmos:
- Estrelas: são aquelas pessoas que buscam admiração e contemplação de si.
- Nero: são aquelas pessoas que costumam dominar e submeter os outros, ou seja, afirmar seu poder através da máxima “nunca confie em ninguém”.
- Cinderela: são os vitimistas que fazem de seu cotidiano um sofrimento eterno, uma arma para conseguir a atenção dos outros.
- Sozinho: basicamente faz de seu mundo um lugar de reprovação e crítica, acreditando que ninguém, além dele próprio, merece nada.
Além desses, há tantos tipos de egocentrismo como pessoas que pecam sendo egocêntricas.
Muitos de nós já fomos assim em algum momento de nossas vidas, ou vamos
ainda ser um dia. Antes de tudo é essencial termos consciência e frear
os comportamentos egoístas, já que causam um enorme dano aos outros e a
nós mesmos.
O importante é não dar crédito e atenção aos comportamentos que alimentam o ego,
pois se o alimentarmos só contribuiremos para que essas pessoas sigam
se considerando o centro do mundo e, como já sabemos, o centro do
universo não é um lugar que está ocupado por ninguém.Três realidades que parecem amor, mas não são
Home » Psicologia »
Três realidades que parecem amor, mas não são
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
O amor genuíno se caracteriza por alimentar o crescimento mútuo. Implica generosidade e liberdade. Quanto mais promover a autonomia dos envolvidos, mais real é. Isso inclui todas as formas de amor: amor de mãe, pai, casal, etc.
Às vezes o verdadeiro afeto se confunde com outras realidades que parecem amor, sem ser. Essas realidades costumam envolver sentimentos muito intensos. São sentidas no fundo da alma, mas muitas vezes excluem o respeito e uma verdadeira valorização do outro. Nascem de desejos ou necessidades egoístas e se mantêm devido aos benefícios que produzem. Vamos ver a seguir algumas dessas realidades.“Não há disfarce que possa mascarar, ao longo do tempo, amor onde não há, nem fingir amor onde não há.”
-François de La Rochefoucauld-
Superproteção, uma das realidades que parecem amor
A superproteção é uma dessas realidades que parecem amor, mas não são. Por mais que essa atitude tenha como base inicial o amor. Trata-se de uma forma de comportamento que se dá principalmente entre pais e filhos. No entanto, também é comum ocorrer entre casais, amigos e em vários níveis de hierarquia.A superproteção representa um desejo excessivo de evitar danos ou sofrimentos à outra pessoa, que normalmente é considerada vulnerável ou indefesa. Quando amamos alguém, obviamente desejamos somente o bem para essa pessoa. No entanto, alguém excessivamente ansioso pode ver perigos onde não há ou considerá-los maiores do que realmente são, caso existam. Nesse sentido, as pessoas superprotetoras costumam ignorar o fato de que as experiências ruins são fonte de aprendizado.
Dizemos que essa é uma das realidades que parecem amor sem ser porque o que importa nela não é o afeto, mas a angústia. Quem superprotege projeta no outro seus próprios medos. Além disso, normalmente essa pessoa não consegue evitar o sofrimento do ser amado. Ela acaba invadindo o espaço do outro, impedindo seu crescimento.
Controle sobre o ser amado
O excessivo desejo de controle sobre o outro lembra a superproteção, mas não é a mesma coisa. Nesse caso, trata-se de um vínculo marcado pelo ato de desmerecer o outro. No fundo, o que se busca é fazer com que o ser “amado” aprenda a desconfiar de si mesmo e passe a precisar do outro. De alguma maneira, tenta-se criar uma dependência por parte do outro.Embora no fundo sua natureza não seja essa, esses comportamentos figuram como expressões de amor. Um facilita as coisas para o outro. Carrega objetos pesados, oferece apoio nas situações difíceis ou as assume pelo outro. Também dedica seus esforços para que o outro não passe por desconfortos. No entanto, essa disposição não é gratuita. Paga-se com a limitação da autonomia e da liberdade.
A intenção real é de que um precise do outro de maneira definitiva. De fora, pode dar a sensação de que o controlador se esforça para fazer a vida de quem ama mais feliz, mas na verdade seus esforços visam tornar o outro incapaz de viver sua vida sozinho. O controlador manipula para que o vínculo se mantenha e se torne cada vez mais estreito. Na verdade isso não é amor, é controle egoísta.
Dependência e amor
O controle é o rosto e a dependência é o selo mais comum dessas realidades que parecem amor, mas não são. Nesse caso, o que existe é um vínculo peculiar, no qual a pessoa deposita todas as suas necessidades e suas frustrações na outra. A pessoa entrega, por assim dizer, a obrigação de ser responsável pela própria felicidade. Uma espécie de pai ou mãe substitutos que estejam a todo momento disponíveis para satisfazer seus desejos.Essa espécie de “tutor” pode chegar a ser uma necessidade desesperadora. No fim, é como se fosse um escudo frente à vida. Evita o confronto com seus próprios limites. Muitas vezes também protege da angústia de ter que decidir e, com isso, ganhar ou perder. O dependente pode sentir que ama o outro profundamente, mas na verdade se trata de um vínculo de exploração mútua.
Todas essas formas de “pseudoamor” são nocivas: escondem situações a serem resolvidas. São realidades que parecem amor, mas que na verdade têm mais a ver com algum tipo de neurose. Quase nunca terminam bem. Originam dor e impedem o crescimento mútuo. Infelizmente, tendem a criar laços muito fortes, que muitas vezes acabam ferindo as pessoas envolvidas.
Tomar consciência é o primeiro passo para curar ou mudar
Home » Psicologia »
Tomar consciência é o primeiro passo para curar ou mudar
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Tomar consciência é, acima de tudo, um despertar. É abrir os olhos do nosso interior para tornar consciente o inconsciente
e, assim, poder dar o passo e iniciar a tão necessária revolução
pessoal. Só então seremos capazes de nos curar, de nos desprendermos do
que machuca e, simplesmente, avançar em direção ao que merecemos.
São muitos os filósofos e sociólogos que definem a sociedade atual como uma entidade adormecida. Vivemos centrados no nosso “eu”, mas é um “eu” que os outros se encarregaram de “drogar” através
das linhas do consumismo. Um interesse alheio que tem explorado essa
eterna insatisfação, através da qual sempre ansiamos alcançar muito mais
do que já temos.
Talvez seja assim. Talvez sejamos uma sociedade tipo “Matrix”, sempre mergulhados em um estado de apatia indefinível. Uma atmosfera interior na qual saciamos vazios emocionais através do prazer da comida,
em que aliviamos a solidão com relações efêmeras ou onde nos limitamos a
fugir do tédio através da catarse momentânea dos nossos jogos de
celular. Talvez.
Algumas pessoas podem pensar deste modo; no entanto, existe algo que fica cada vez mais em evidência: são muitas as pessoas que buscam dar um verdadeiro sentido à sua existência. Para
isso, elas não hesitam em cultivar a sua essência através de leituras,
iniciando terapias, aproveitando as abordagens de diversas perspectivas
psicológicas para encontrar essa compreensão, esse “insight” ou
“iluminação” para se desconectar do ordinário e alcançar o
extraordinário.
Propomos que você reflita sobre isso: propomos um DESPERTAR.
Tomar consciência, um passo necessário para o nosso crescimento pessoal
Na psicoterapia, um dos aspectos primordiais no processo de cura é, sem dúvida, conseguir que a pessoa tome consciência dos verdadeiros problemas que geram seu desconforto.
Quando uma pessoa chega para consultar um psicólogo, por regra geral
ela é bastante clara sobre quais são os focos “externos” de seu
desconforto, de sua infelicidade (meu
parceiro não me entende, meus pais me oprimem, meu chefe me subestima,
não tenho trabalho e a sociedade parece ter se esquecido de mim…).
No entanto, o bom profissional deverá sempre acompanhar essa pessoa para novos “despertares” internos que irão conferir um controle autêntico e muito mais pleno à sua vida. Mas este não é um processo necessariamente fácil.
É preciso tempo para alcançar isso que a Terapia Gestalt define como “awareness” (dar-se conta de algo) ou
que até mesmo a cultura japonesa traduz como “satori”, um processo de
compreensão profunda que requer descascar as camadas, as demãos e os
antigos elos enferrujados para ignorar todos os bloqueios que impedem o
surgimento do nosso verdadeiro ser, nossa verdadeira essência ainda
adormecida.
A tomada de consciência também foi um aspecto essencial nas teorias de Piaget. Ele
a definiu como o processo delicado e complexo pelo qual as pessoas
passam de um conhecimento instrumental da nossa realidade a uma
conceitualização muito mais intimista, abstrata e significativa das
coisas. Atualmente estas abordagens continuam bastante presentes, e
estão profundamente enraizadas na ideia de “despertar”, da compreensão
ou “insight” que o próprio Lao Tse definiu através de quatro fases: sono, vigília, autoconsciência e consciência objetiva.
Trata-se, como podemos ver, de uma viagem interior muito semelhante ao que Platão definiu no mito da caverna. É passar desse universo das sensações, do autoengano e das sombras para uma esfera muito mais elevada, livre e autêntica. A seguir iremos explicar como conseguir isso.
O alívio do despertar ou a reconstrução
Agora há pouco citamos Piaget. Em seus
textos sobre psicologia genética ele cita um conceito que pode ser de
grande utilidade: o inconsciente cognitivo. Apesar de nos fazer lembrar
um pouco as teorias freudianas, o pai da epistemologia genética nos
oferece uma abordagem valiosa para refletir: a tomada de consciência não é realmente um “despertar”, nem uma iluminação.
Não se trata apenas de tornar consciente o inconsciente, mas de dar a ele uma nova construção. Por exemplo, eu posso tomar consciência de uma de minhas limitações: minha incapacidade de colocar limites
ou de dizer “NÃO”. Tornar essa dimensão consciente não servirá de nada
se eu não lhe der um propósito, que não é outro senão o de exercer a
mudança, reconstruir essa parte do “eu” para me curar, para ter um maior
controle sobre a minha realidade ao sair dessa caverna de “sombras” e
infelicidade.
Agora vamos ver como podemos gerar este processo de despertar e reconstrução.
As três fases do caminho para tomar consciência
Este processo de tomada de consciência
pode parecer simples. E é em aparência, no entanto, requer acima de tudo
que sejamos sinceros com nós mesmos em todo momento.
- O primeiro passo neste despertar requer abrir os olhos da nossa zona mais íntima e profunda. Falamos do mundo emocional. Pergunte a si mesmo o que você está sentindo neste instante, explore as sensações, os sentimentos, pergunte também ao seu corpo, às suas dores de cabeça, a este mal-estar no estômago… Traduza em palavras todos esses sintomas (medo, angústia, inquietação, insegurança…)
- O segundo passo requer que você observe o que acontece no seu exterior. Olhe para o seu presente e preste atenção no óbvio, isso que às vezes nos recusamos a olhar de frente: meu parceiro mostra frieza, tenho amigos que se preocupam comigo, estou investindo tempo e esforços em coisas que não valem a pena… etc.
- O terceiro passo é mais complexo. Você já sabe o que sente, sabe o que acontece no seu exterior. É hora de aprofundar nas suas barreiras defensivas, em seus preconceitos, em suas atitudes, aquelas que te dizem erroneamente que é melhor aguentar do que mudar, que é melhor virar o rosto, ficar quieto/a e calar por medo de que as coisas mudem demais.
Enfrente a si mesmo. Nós somos os nossos piores inimigos, então não servirá de nada tomar consciência de suas fraquezas se você não se atreve a transformá-las em pontos fortes. Seja responsável, reúna coragem e cure a si mesmo: exerça a mudança.
Imagens cortesia de Nuck Asher, Art New Age.
Quando nosso cérebro escolhe não sentir para não sofrer
Home » Psicologia »
Quando nosso cérebro escolhe não sentir para não sofrer
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
O sofrimento não é uma escolha pessoal; ninguém escolhe a dor ou o isolamento emocional por vontade própria. Infelizmente não existe nenhuma anestesia para não sofrer; as épocas escuras devem ser confrontadas com integridade, valentia e ilusões renovadas.
A vida nem sempre é fácil.
Esta frase é dita a nós com muita frequência, e quem até o momento teve
a sorte de não ser “tocado” pela adversidade não compreende ainda o
realismo destas palavras.
Viver é confrontar provocações, construir um, dois, seis ou mais projetos,
é permitir que a felicidade abrace nossas vidas, e aceitar que, de vez
em quando, o sofrimento baterá na nossa porta para nos colocar à prova.
E não, nem todos assumimos esses golpes
que a vida nos traz da mesma maneira. Há quem confronte melhor as
decepções e quem, por outro lado, as interiorize permitindo que minem
sua autoestima.
Nenhuma tristeza é vivida de igual maneira, assim como nenhuma depressão tem a mesma origem, nem é sentida igualmente por todas as pessoas.
Mas existe um sintoma muito comum que, de algum modo, todos teremos que experimentar alguma vez: a anedonia.
A anedonia é a incapacidade de sentir prazer e aproveitar as coisas boas. Nosso cérebro, por assim dizer, “decide se desconectar”. Não sentir para não sofrer, isolar-se, ficar anestesiado.
Pode ser que você já tenha sentido isso
durante alguns dias, quando é consumido pela apatia e pelo desânimo,
mas o que acontece quando isso se torna crônico? O que acontece quando
deixamos de “sentir a vida” por completo de forma crônica?
Hoje queremos tratar desse assunto para
oferecer a você informações que nos aprofundem no conhecimento
deste aspecto tão importante.
A anedonia, quando perdemos o prazer de viver
Como indicamos no início, não existe nenhuma anestesia adequada para a dor da vida. Quando a anedonia aparece em nosso cérebro, como um mecanismo de defesa, ela não está nos causando nenhum bem. Pelo contrário.
Vamos começar esclarecendo alguns aspectos:
- A anedonia não é uma doença, nem um transtorno: é um sintoma de algum processo emocional ou de algum tipo de doença.
- Embora seja certo que, na grande maioria dos casos, ela está relacionada de forma íntima com a depressão, ela também pode se manifestar como resultado de uma esquizofrenia ou de demências como o Alzheimer.
- Todos, em maior ou menor medida, experimentamos anedonia alguma vez: falta de interesse pelas relações sociais, pela comida, pela comunicação com os outros…
- O verdadeiro problema chega quando a anedonia levanta um muro a nossa volta e nos tira todas as nossas características de humanidade: não sentimos nada diante das expressões de carinho, não precisamos de ninguém do nosso lado e nenhum estímulo nos produz prazer, nem a comida, nem a música… nem nada.
Se escolhemos deixar de sentir para não sofrer, não estaremos nos protegendo de nada. Estaremos fechando as portas à vida, seremos almas que vão definhando aos poucos…
A anedonia a nível cerebral
Esta baixa receptividade frente aos estímulos exteriores tem seu claro reflexo em um cérebro deprimido.
É importante levarmos em conta que tipo de processos se desencadeia em nosso interior quando experimentamos a anedonia:
- Se esse estado se tornar crônico e se prolongar no tempo, nossas estruturas cerebrais sofrem mudanças, e isso afeta nossos julgamentos, pensamentos e emoções.
- O lóbulo frontal, relacionado com a tomada de decisões, se reduz.
- Os gânglios basais, relacionados com o movimento, ficam afetados até o ponto em que até nos levantarmos da cama exige um grande esforço.
- O hipocampo, relacionado com as emoções e a memória, também perde volume. É comum que tenhamos falhas de lembranças, que soframos sem defesa, que fiquemos obcecados por pensamentos negativos.
Frequentemente, a
depressão é conhecida como a doença da tristeza. Mas na realidade, ela é
uma coisa que vai mais além, ela é a prisão de um cérebro emocional
que não encontra respostas para os vazios da vida, a decepção, a perda
da ilusão.
Você conhece a Síndrome de Asperger?
Home » Psicologia »
Você conhece a Síndrome de Asperger?
- As necessidades sociais: conquista, poder e filiação
- A psicologia aplicada à investigação criminal
- Amigos passivo-agressivos, quando a confiança machuca
Talvez você já tenha ouvido falar dela ou conhece alguma pessoa com esta síndrome, ou talvez você mesmo, que está lendo este artigo do outro lado da tela, viva com a síndrome de Asperger.
A Síndrome de Asperger é um transtorno do espectro do autismo.
No entanto, ela se diferencia do autismo típico através de
diversas pesquisas que estão sendo feitas neste campo. A diferença mais
óbvia tem a ver com a capacidade de ser independente na idade adulta, em
comparação com as pessoas com autismo mais prototípico.
A Síndrome de Asperger é um transtorno do neurodesenvolvimento
É um transtorno do neurodesenvolvimento com uma base genética e hereditária, onde existem estruturas cerebrais que estão danificadas. Mas, o que são os transtornos do neurodesenvolvimento?
Os transtornos do neurodesenvolvimento são um grupo heterogêneo de distúrbios neurológicos que apresentam alterações em diferentes processos: na cognição, na comunicação, no comportamento e nas habilidades motoras. Estas alterações são causadas por um desenvolvimento cerebral atípico.
Ou seja, o cérebro das pessoas
com Asperger funciona em muitos aspectos de maneira diferente das
pessoas que não tiveram alterações em seu desenvolvimento neurológico.
Nós não estamos falando de algo ruim ou bom, estamos falando de um
funcionamento diferenciado na maneira de processar e perceber a
informação.
As pessoas com Asperger percebem o mundo de uma forma diferente
De alguma forma é como se eles tivessem códigos diferentes para interpretar o mundo e o seu ambiente. Estes códigos diferentes os fazem viver de uma maneira que algumas pessoas acham estranha. Mas quem nunca encontrou pessoas que às vezes agem de uma forma diferente
do que o esperado? Nós mesmos, muitas vezes, percebemos a realidade de
uma maneira distorcida e isso nos leva a agir de maneiras que os outros
acham estranhas.
Vamos falar um pouco sobre as características mais típicas desta síndrome:
As características da Síndrome de Asperger
Algumas características mais comuns desta síndrome são:
– Eles são socialmente desajeitados e têm dificuldades em seu relacionamento com as outras crianças e/ou adultos. Podem ser ingênuos e crédulos.
– Muitas vezes desconhecem os sentimentos e as intenções dos outros ou não entendem essas reações emocionais.
– Eles têm muita dificuldade para conduzir e manter o ritmo normal de uma conversa. Eles se alteram facilmente com as mudanças na sua rotina e as transições.
-Interpretam a linguagem e tudo o que ouvem de maneira literal.
Eles não entendem a ironia e as figuras de linguagem, para eles tudo é
literal. Por exemplo, na frase “tem um coração que não cabe no peito”,
para eles a interpretação é literal e eles entendem que “o seu coração é
tão grande que não cabe no seu peito”.
– Eles são muito sensíveis a sons altos, cores, luzes, cheiros ou sabores.
– Eles tendem a desenvolver um grande interesse (fixação) por um tema ou
objeto e podem se tornar verdadeiros especialistas. Há muitas crianças
com Asperger que veem uma paisagem por apenas alguns segundos e são
capazes de reproduzir cada detalhe dela com uma incrível precisão.
– Não possuem habilidades motoras, por isso eles não são muito bons nos esportes.
– Muitas vezes, eles não conseguem fazer ou manter amigos da sua idade. Basicamente, porque eles não percebem o mundo da mesma maneira e ficam frustrados;
como acontece com qualquer um de nós, quando encontramos pessoas com as
quais nossos modos de ver o mundo e de viver são antagônicos. Com eles
acontece algo parecido.
Você conhece alguém com Asperger? Coloque-se no seu lugar e o compreenderá
Portanto, temos que ser capazes de ir além do transtorno. As pessoas com Asperger muitas vezes se sentem incompreendidas. Elas se sentem estranhas em um mundo que funciona com regras que às vezes colidem com as suas. Eles não entendem o significado de muitos comportamentos que a maioria das pessoas tem.
Portanto, temos que fazer um trabalho profundo de empatia
com elas. Precisamos entender que o seu modo de perceber a realidade é
diferente do nosso. E isso não significa que seja bom ou ruim, é
simplesmente diferente.
Vivemos em um mundo maravilhoso onde, felizmente, somos todos diferentes e podemos aprender com essas diferenças.
Diferenças que enriquecem os relacionamentos e nos ajudam a sermos mais
tolerantes e descartarmos a maior parte dos preconceitos que carregamos
na nossa mochila emocional.
Assinar:
Postagens (Atom)