Carl Gustav Jung
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Carl Gustav Jung ( /ˈjʊŋ/; Kesswil, na Turgóvia, Suíça, 26 de julho de 1875 — Küsnacht, em Zurique, Suíça, 6 de junho de 1961) foi um psiquiatra e psicoterapeuta suíço que fundou a psicologia analítica. Jung propôs e desenvolveu os conceitos de personalidade extrovertida e introvertida, arquétipo e inconsciente coletivo. Seu trabalho tem sido influente na psiquiatria, psicologia, ciência da religião, literatura e áreas afins.
O conceito central da psicologia analítica é a individuação - o processo psicológico de integração dos opostos, incluindo o consciente e o inconsciente, mantendo, no entanto, a sua autonomia relativa.[3] Jung considerou a individuação como o processo central do desenvolvimento humano.[4]
Ele criou alguns dos mais conhecidos conceitos psicológicos, incluindo o arquétipo, o inconsciente coletivo, o complexo, e a sincronicidade. A classificação tipológica de Myers Briggs (MBTI), um instrumento popular psicométrico, foi desenvolvido a partir de suas teorias.
Via a psique humana como "de natureza simbólica",[5] e fez, deste simbolismo, o foco de suas explorações. Ele é um dos maiores estudiosos contemporâneos de análise de sonhos e simbolização.[6] Embora exercesse sua profissão como médico e se considerasse um cientista,[7] muito do trabalho de sua vida foi passado a explorar áreas tangenciais à ciência, incluindo a filosofia oriental e ocidental, alquimia, astrologia e sociologia, bem como a literatura e as artes. Seu interesse pela filosofia e ocultismo levaram muitos a vê-lo como um místico.[7]
Esta página cita fontes confiáveis, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Setembro de 2019)
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Carl Jung | |
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Jung em 1912 | |
Nome completo | Carl Gustav Jung |
Conhecido(a) por | fundar a psicologia analítica |
Nascimento | 26 de julho de 1875 Kesswil, no Cantão de Turgóvia, na Suíça |
Morte | 6 de junho de 1961 (85 anos) Küsnacht, no Cantão de Zurique, na Suíça |
Cônjuge | Emma Jung[1][2] (1882-1955) |
Filho(s) | Agathe Anna Franz Marianne Emma |
Ocupação | psiquiatra, professor universitário, psicólogo |
Ideias notáveis | Complexo Inconsciente coletivo Arquétipos Sombra Anima e Animus Individuação Sincronicidade |
Assinatura | |
O conceito central da psicologia analítica é a individuação - o processo psicológico de integração dos opostos, incluindo o consciente e o inconsciente, mantendo, no entanto, a sua autonomia relativa.[3] Jung considerou a individuação como o processo central do desenvolvimento humano.[4]
Ele criou alguns dos mais conhecidos conceitos psicológicos, incluindo o arquétipo, o inconsciente coletivo, o complexo, e a sincronicidade. A classificação tipológica de Myers Briggs (MBTI), um instrumento popular psicométrico, foi desenvolvido a partir de suas teorias.
Via a psique humana como "de natureza simbólica",[5] e fez, deste simbolismo, o foco de suas explorações. Ele é um dos maiores estudiosos contemporâneos de análise de sonhos e simbolização.[6] Embora exercesse sua profissão como médico e se considerasse um cientista,[7] muito do trabalho de sua vida foi passado a explorar áreas tangenciais à ciência, incluindo a filosofia oriental e ocidental, alquimia, astrologia e sociologia, bem como a literatura e as artes. Seu interesse pela filosofia e ocultismo levaram muitos a vê-lo como um místico.[7]
Índice
Vida
Juventude
Os assuntos com que Jung ocupou-se surgiram em parte do seu fundo pessoal, que é vividamente descrito em sua autobiografia, "Memórias, Sonhos, Reflexões" (1961). Ao longo de sua vida, Jung experimentou sonhos periódicos e visões com notáveis características mitológicas e religiosas, os quais despertaram o seu interesse por mitos, sonhos e a psicologia da religião. Ao lado destas experiências, certos fenômenos parapsicológicos emergiam, sempre para lhe redobrar o espanto e o questionamento.
Por muitos anos, Jung sentiu possuir duas personalidades separadas: um ego
público, exterior, que era envolvido com o mundo familiar, e um eu
interno, secreto, que tinha uma proximidade especial para com Deus.
Ele reconhecia ter herdado isso de sua mãe, que tinha a notável
capacidade de "ver homens e coisas tais como são". A interação entre
esses egos foi o tema central da sua vida pessoal e contribuiu mais
tarde para a sua ênfase no esforço do indivíduo para integração e
inteireza.
Seis meses após seu nascimento, os pais de Jung mudaram-se de
Kesswill (cantão da Turgóvia), à beira do lago de Constança, e foram
morar no presbitério do castelo de Laufen, que domina as quedas do Reno.
O pai, um reverendo, deixou-lhe, como herança, uma fé
cega que se mantinha a muito custo com o sacrifício da compreensão. A
tarefa do filho seria responder a ele com uma fé renovada, baseada
justamente no conhecimento tão rejeitado. Além disso, Jung viria a usar
as escrituras como referência para a experiência interior de Deus, não como dogmas estáticos à espera de devoção muda, castradores do desenvolvimento pessoal. Ele lamentava que, à religião, faltasse o empirismo, o que alimentaria a sede da personalidade, e que, às ciências naturais,
que também tanto o fascinavam devido ao envolvimento com a realidade
concreta, faltasse o significado, que saciaria a personalidade.
Os dois aspectos, religião e ciência,
não se tocavam, daí sua constante insatisfação, devido ao desencontro
das duas instâncias interiores. E foi dessa tentativa de saciar tanto um
aspecto quanto o outro, de fazer justiça ao ser como um todo, que
decidiu formar-se em psiquiatria:
"Lá estava o campo comum da experiência dos dados biológicos e dados
espirituais, que até então eu buscara inutilmente. Tratava-se, enfim, do
lugar em que o encontro da natureza e do espírito se torna realidade".
Ao longo da sua juventude, interessou-se por filosofia e por literatura, especialmente pelas obras de Pitágoras, Empédocles, Heráclito, Platão, Kant e Goethe. Uma das suas maiores revelações seria a obra de Schopenhauer.
Jung concordava com o irracionalismo que este autor concedia à natureza
humana, embora discordasse das soluções por ele apresentadas.
Primeiros estudos
Já estudante de medicina, decide dedicar-se à então obscura especialidade de psiquiatria, após a leitura ocasional de um livro do psiquiatra Krafft-Ebing. Em 1900, Jung tornou-se estagiário na Clínica Psiquiátrica Burgholzli, em Zurique, então dirigida pelo psiquiatra Eugen Bleuler, famoso pela sua concepção de esquizofrenia.
Seguindo o seu treino prático na clínica, ele conduziu estudos com a associação de palavras. Já nessa época, Jung propunha uma atitude humanista
frente aos pacientes. O médico deveria "propor perguntas que digam
respeito ao homem em sua totalidade e não limitar-se apenas aos sintomas". Desde cedo, ele já adiantava a ideia do que hoje está ganhando força em todos os campos com o nome de "holismo",
o ponto de vista do homem integral. A seus olhos, "diante do paciente
só existe a compreensão individual". Por isso, evitava generalizar um
método, uma panaceia
para um determinado tipo de anomalia psíquica. Cada encontro é único e,
sendo assim, não pode incorrer em qualquer tipo de padronização.
Encontro com Sigmund Freud
Em 1902, deslocou-se a Paris, onde estudou com Pierre Janet, regressando no ano seguinte ao hospital de Burgholzli, onde assumiu um cargo de chefia e onde, em 1904, montou um laboratório experimental em que implementou o seu célebre teste de associação de palavras para o diagnóstico psiquiátrico. Neste ínterim, Jung entra em contato com as obras de Sigmund Freud (1856-1939).
Jung viu, em Freud, um companheiro para desbravar os caminhos da mente.
Enviou-lhe cópias de seus trabalhos sobre a existência do inconsciente,
confirmando conce(p)ções freudianas de recalque e repressão. Ambos encantaram-se um com o outro, principalmente porque os dois desenvolviam trabalhos inéditos em medicina e psiquiatria.
A partir de então, Freud e Jung passaram a se corresponder (359
cartas que posteriormente foram publicadas entre 1906 a 1913). O
primeiro encontro entre eles, em 27 de fevereiro de 1907, transformou-se
numa conversa de treze horas ininterruptas. Depois desse encontro,
estabeleceram uma amizade de aproximadamente sete anos, período em que
trocavam informações sobre seus sonhos, análises, trocavam confidências e
discutiam casos clínicos.
Porém, ao lado de tamanha identidade de pensamento, havia também
algumas diferenças fundamentais. Jung jamais conseguiu aceitar a
insistência de Freud de que as causas dos conflitos psíquicos sempre
envolveriam algum trauma de natureza sexual, e Freud não admitia o interesse de Jung pelos fenômenos espirituais como fontes de estudo válidas em si. Nos anos 1930, essa divergência atingiria seu auge, e o rompimento entre eles foi inevitável. Posteriormente, os livros de Freud seriam proibidos e queimados publicamente pelos nazistas, e o autor viu-se obrigado a deixar Viena pouco depois da anexação da Áustria, exilando-se em Londres. No mesmo período, Carl Jung tornar-se-ia uma das faces mais visíveis da psiquiatria alemã da época.
Confronto com o inconsciente
Em 1914, Jung demite-se do seu cargo na API e organiza, junto com Alphonse Maeder, as bases da chamada Escola de Zurique.
Após a separação de Freud, Jung sentiu o chão desmoronar-se sob os pés. O sentido da sua vida ficou em primeiro plano. Seguiu-se uma série de sonhos e visões
que forneceram material para o trabalho de toda uma vida. Dir-se-ia
que, se ele não houvesse se empenhado na integração de todo aquele
material que jorrou qual lava derretida, teria, fatalmente, sucumbido a uma psicose. Mas algo nele o impelia a ir adiante na compreensão de tudo que se originava naturalmente de seu inconsciente.
Em suas palavras, "Os anos durante os quais me detive nessas imagens
interiores constituíram a época mais importante da minha vida e, neles,
todas as coisas essenciais se decidiram. (...) Toda a minha atividade
ulterior consistiu em elaborar o que jorrava do inconsciente naqueles
anos (...)".
Foi durante essa fase de confronto com o inconsciente que ele desenvolveu o que chamou de "imaginação ativa",
um método de interação com o inconsciente onde este se investe
espontaneamente de várias personificações (pessoas conhecidas e
desconhecidas, animais, plantas,
lugares, acontecimentos etc.). Na imaginação ativa, interagimos
ativamente com elas, isto é, discordando, quando for o caso, opinando,
questionando e até tomando providências com relação ao que é tratado,
isso tudo pela imaginação. Ela difere da fantasia passiva
porque, nesta, não atuamos no quadro mental, de forma a participarmos
do drama vivenciado, mas apenas nos contentamos em assistir o desenrolar
do roteiro desconhecido. Pela imaginação ativa, existe não só a
possibilidade de compreensão do inconsciente, mas também de interação
com este, de forma que o transformamos e somos transformados no
processo. Um personagem pode nos fazer entender falando explicitamente
do motivo de, por exemplo, estarmos com insônia. Esse enfoque trata a psique como uma realidade em si, de forma tão literal interiormente, quanto uma maçã nos é real exteriormente, ao contrário de Freud, que insistia em substituir uma determinada imagem por outra de cunho sexual.
Polêmicas sobre o nazismo
Carl Jung, que alguns acusam de ter sido um simpatizante do nazismo[8], assumiu, em 1933, ano da chegada ao poder de Adolf Hitler, a presidência da "Sociedade Médica Internacional Geral para a Psicoterapia", que contou como administrador, entre outros, com um sobrinho de Hermann Göring. No início de 1934, num artigo "Sobre a situação actual da psicoterapia", Jung afirma que o Judeu,
como nómade, não pode jamais criar a sua cultura própria; para
desenvolver os seus instintos e talentos, tem de apoiar-se em um "povo
anfitrião mais ou menos civilizado". Carl Jung viria mais tarde a deixar aquela organização.
Sejam examinados os fatos. O presidente da Sociedade era Ernst Kretschmer.
Quando Hitler ascendeu ao poder, Kretschmer deixou a presidência e os
membros da Sociedade, compreensivelmente alarmados, dada a situação da
Alemanha, pediram insistentemente a Jung que aceitasse a presidência.
Sua autoridade científica e sua condição de suíço representavam
verdadeira tábua de salvação. "Deveria eu, perguntou Jung a seus
acusadores, na atitude de neutro prudente, retirar-me para a segurança
do lado de cá da fronteira e lavar as mãos em inocência, ou deveria,
segundo estava bem consciente, arriscar minha pele e expor-me a
inevitáveis mal-entendidos, aos quais não poderia escapar todo aquele
que, por força de premente necessidade, tivesse de entrar em conta(c)to
com os poderes políticos existentes na Alemanha"? Jung decidiu correr os
riscos que previra. Sob a presidência de Jung, a Sociedade Médica
Internacional de Psicoterapia conseguiu realizar dois congressos fora da Alemanha: um, em Copenhague (1937) e outro em Oxford (1938). Decerto esses encontros, noutros países, representaram verdadeiros respiradouros para muitos cientistas alemães.[9]
Jung interpretou o nacional socialismo, o comunismo e outros "ismos" em geral como fenômenos patológicos, de identidade. Uma irrupção do inconsciente coletivo. "Wotan" havia tomado posse da alma do povo alemão. E quem é Wotan? O deus representativo das forças naturais em desequilíbrio, "um deus das tempestades e da efervescência, desencadeia paixões e apetites combativos". Num ensaio
publicado em 1936, Jung traça o paralelo entre Wotan redivivo e o
fenômeno nazista. Wotan é uma personificação de forças psíquicas
correspondentes a "uma qualidade, um caráter fundamental da alma alemã,
um 'fator' psíquico de natureza irracional, um ciclone que anula e varre para longe a zona calma onde reina a cultura".
Os fatores econômicos e políticos pareceram, a Jung, insuficientes para
explicar todos os espantosos fenômenos que estavam ocorrendo na
Alemanha. Wotan reativado no fundo do inconsciente, Wotan invasor, seria
a explicação mais pertinente. E estávamos apenas em 1936.
O argumento decisivo é, porém, a atitude dos nazistas em relação a Jung. Com o aparecimento do livro Psicologia e Religião (1940), as autoridades decidiram que toda a sua obra fosse interditada e queimada na Alemanha, bem como nos países ocupados por Hitler.
Outra acusação correlata com a de simpatizante do nazismo foi a
de antissemita. Seria desde logo estranho admitir que um psicólogo, com
toda sua vida em busca do fundo psíquico comum a todos os homens
(inconsciente coletivo) eternamente existente sob as diferentes
peculiaridades individuais, locais, nacionais, raciais e históricas,
fosse partidário de discriminações entre esses mesmos homens, cujas
almas tinham, para ele, igual estrutura básica. Seria, também,
extravagante que um antissemita contasse entre seus discípulos mais próximos precisamente com homens de origem semita. Basta lembrar alguns nomesː
- Erich Neumann, judeu alemão. Chefiava o grupo junguiano em Tel Aviv, em Israel, onde morreu em 1960. Seus livros são originais aplicações da psicologia junguiana. "As origens e a história da consciência", sua obra principal, é prefaciada por Jung.
- Gerhard Adler, judeu alemão, refugiado do nazismo, um dos mais destacados elementos do grupo junguiano na Inglaterra, coeditor das obras completas de Jung. Adler define esses ataques a Jung como devidos a "completa ignorância ou, pior, a maldade intencional".
- Roland Cahen, francês de origem semita, é quem chefia a escola junguiana na França e dirige a publicação das obras de Jung em língua francesa.[10]
Em alguns documentos, Jung afirmou, num comentário de época sobre a
cultura judaica, que judeus, em geral, são mais conscientes e
diferenciados, enquanto os 'arianos' comuns permaneceram próximos à barbárie.[11]
A polêmica teórica mantida por Jung com Freud não chegou ao ponto
de Jung fazer referências à origem religiosa ou racial de Freud, com
vistas a conquistar a simpatia nazista. Nem no artigo de 1929, em que comparava as duas teorias,[12] nem no discurso de Jung sobre Freud após a morte deste eminente pensador, em 1939, num momento que poderia ser propício a angariar aquele beneplácito. [13]
Sabe-se, também, que o obscurantismo atingiu obras de Jung que não interessavam ao regime nazista, tendo sido suprimidas em 1940 várias edições publicadas na Alemanha e, quando da invasão da França, a Gestapo destruiu as traduções francesas da obra de Jung.[14]
As primeiras providências de Jung quando assumiu a Überstaatliche Ärztliche Gesellschaft für Psychotherapie (Sociedade Médica Internacional para Psicoterapia), acumulando com a entidade suíça, em 1933, foram:
- A reformulação dos estatutos, para evitar o controle hegemônico por alguma das sociedades nacionais; como a Sociedade Internacional congregava as Sociedades Nacionais da Alemanha, Dinamarca, Grã-Bretanha, Países Baixos, Suécia e Suíça, era importante evitar o domínio isolado de uma delas,[15][16] de modo que as demais tivessem participação adequada e dividissem as responsabilidades;
- A aceitação na Sociedade Internacional dos membros judeus e antinazistas expulsos da Sociedade da Alemanha,[17][18] de modo que eles podiam exercer o seu ofício em outros países e garantir a sua subsistência como profissionais qualificados.
Sobre o editorial nazista publicado na revista editada pela Sociedade
Médica Nacional da Alemanha para Psicoterapia, Jung declarou várias
vezes que ele não teve ingerência no episódio. Pelas amizades que tinha
com muitos representantes das vítimas do preconceito
nazista, e pelo conteúdo de sua obra, é extremamente improvável que ele
concordasse intelectualmente com o seu conteúdo, sob pena de perder
esses relacionamentos.
As acusações sobre Jung, como resultantes de um mal-entendido,
teriam sido logo liquidadas de modo definitivo, face a tantas
documentações e testemunhos logicamente irrefutáveis. Entretanto, a
persistência desses rumores bem indica que, por trás deles, podem
fermentar, ainda, as divergências entre Jung e o grande judeu Freud,
nunca perdoadas pelos discípulos do mestre ortodoxo. [19]
Reconhecimento internacional
Em
1938, quando Freud saiu de Viena para Londres, a doutora Iolande Iacobi
também emigrou para Zurique, continuou seus estudos com Jung e,
posteriormente, foi uma das fundadoras do Instituto C. G. Jung, tendo
escrito a introdução às obras completas de Jung.[20] Ainda nesse ano, a Universidade de Oxford, na Inglaterra, concedeu-lhe o título de Doutor Honoris Causa.
Em 1939,
Jung renunciou à presidência da Sociedade Médica Internacional para
Psicoterapia. Alegou que já tentara por duas vezes anteriores a
renúncia, tendo permanecido apenas devido a pedidos dos representantes britânico e neerlandês, somente se retirando quando foram interrompidas as comunicações internacionais e a sua permanência não era mais necessária.[21]
Em 1946, em cerimônia realizada em Zurique, Winston Churchill pediu que o doutor Jung compusesse a mesa e se sentasse a seu lado.[22] Em abril desse ano, Ernest Harms publicou um artigo cujo título era "Carl Gustav Jung – Defender of Freud and the Jews" na Psychiatric Quarterly[23].
Alguns dos seus mais devotados pupilos – Erich Neumann, Gerhard Adler, James Kirsch e Aniela Jaffé – eram Judeus.[24][25][26][27]
Últimos dias
Carl Gustav Jung morreu a 6 de junho de 1961, aos 86 anos, em sua casa, nas margens do lago de Zurique, em Küsnacht, após uma longa vida produtiva, que marcou - e tudo leva a crer que ainda marcará mais - a antropologia, a sociologia e a psicologia, e também, em outros campos como a arte, a literatura e a mitologia.
Encontra-se sepultado no Cemitério da Igreja Protestante, em Küsnacht, no cantão de Zurique, na Suíça.[28]
A psicologia analítica
Ver artigo principal: Psicologia analítica
Anterior mesmo ao período em que estavam juntos, Jung começou a desenvolver um sistema teórico que chamou, originalmente, de "Psicologia dos Complexos", mais tarde chamando-o de "Psicologia Analítica",
como resultado direto de seu conta(c)to prático com seus pacientes. O
conceito de inconsciente já está bem sedimentado na sólida base
psiquiátrica de Jung antes de seu conta(c)to pessoal com Freud, mas foi
com Freud, real formulador do conceito em termos clínicos, que Jung pôde
se basear para aprofundar seus próprios estudos. O conta(c)to entre os
dois homens foi extremamente rico para ambos, durante o período de
parceria entre eles. Aliás, foi Jung quem cunhou o termo e a noção
básica de "complexo", que foi adotado por Freud.
Utilizando-se do conceito de "complexos" e do estudo dos sonhos e de desenhos, Jung passou a se dedicar profundamente aos meios pelos quais se expressa o inconsciente. Em sua teoria, enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo
é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar-se com
certas imagens, ou melhor, símbolos que constelam sentimentos profundos
de apelo universal, os arquétipos: da mesma forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos ("fato" este negado por correntes de ciências humanas, como por exemplo em antropologia o culturalismo de Franz Boas ), também é provável que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com os instintos.
Os tipos psicológicos
Ver artigo principal: Teoria da personalidade, Tipo psicológico
Jung sentia que a ênfase da psicanálise nos fatores eróticos era um ponto de vista unilateral, uma visão reducionista
da motivação humana e do seu comportamento. Ele propôs que a motivação
do homem fosse entendida em termos de uma energia de vida criativa geral
- a libido
- capaz de ser investida em direções diferentes, assumindo grande
variedade de formas. A libido corresponderia ao conceito de energia
adotado na Física, a qual pode ser interpretada em termos de calor,
eletricidade, motricidade etc. As duas direções principais da libido são
conhecidas como extroversão (projetada no mundo exterior, nas outras
pessoas e objetos) e introversão (dirigida para dentro do reino das
imagens, das ideias, e do inconsciente). As pessoas em quem a primeira
tendência direcional predomina são chamadas extrovertidas, e
introvertidas aquelas em quem a segunda direção é mais forte.
A sua necessidade em criar uma tipologia psíquica
decorreu da questão que nasceu em seu interior acerca de sua
divergência com Freud e até com outros profissionais. Ele poderia,
assim, ter perguntado: "Por que divirjo de Freud?". A resposta tomou
forma na análise que fez das teorias psicológicas de seu mestre e de Adler, também um ex-discípulo de Freud. Para este, as neuroses derivavam de problemas com os instintos, para o outro do próprio ego,
no seu sentimento de superioridade ou inferioridade. Um, portanto,
extrovertido, e o outro introvertido. Jung também propôs que se poderia
agrupar as pessoas de acordo com o seu maior desenvolvimento em uma das
quatro funções psicológicas:
pensamento, sentimento, sensação, ou intuição. Transformações de libido
de uma esfera de expressão para outra - por exemplo, de sexualidade
para religião - são realizadas por símbolos que são gerados durante a
mudança de personalidade.
A psicologia junguiana também merece outro destaque: o processo de individuação. Conforme Nise da Silveira
(2006), todo ser tende a realizar o que existe nele, em germe, a
crescer, a completar-se. Assim é para a semente do vegetal e para o
embrião do animal. Assim é para o homem, embora o desenvolvimento de
suas potencialidades seja impulsionado por forças instintivas
inconscientes, isso adquire um caráter peculiar: o homem é capaz de
tomar consciência desse desenvolvimento e de influenciá-lo. Precisamente
no confronto do inconsciente com o consciente, no conflito como na
colaboração entre ambos é que os diversos componentes da personalidade
amadurecem e unem-se numa síntese, na realização de um indivíduo
específico e inteiro. Essa confrontação "é o velho jogo do martelo e da bigorna:
entre os dois, o homem, como o ferro, é forjado num todo indestrutível,
num indivíduo. Isso, em termos toscos, é o que eu entendo por processo
de individuação" (Jung).
O processo de individuação não consiste num desenvolvimento
linear. É um movimento de circunvolução que conduz a um novo centro
psíquico. Jung denominou esse centro de "Self" (si mesmo).
Quando consciente e inconsciente vêm ordenar-se em torno do Self, a
personalidade completa-se. O "Self" será o centro da personalidade
total, como o ego
é o centro do campo do consciente. O conceito junguiano de individuação
tem sido, muitas vezes, deturpado. Entretanto, é claro e simples na sua
essência: tendência instintiva a realizar plenamente potencialidades
inatas. Mas, de fato, a psique humana é tão complexa, são de tal modo
intrincados os componentes em jogo, tão variáveis as intervenções do ego
consciente, tantas as vicissitudes que podem ocorrer, que o processo de
totalização da personalidade não poderia jamais ser um caminho reto e
curto, de chão bem batido. Ao contrário, será um percurso longo e
difícil.
A psique objetiva
Jung percebeu que a compreensão da criação de símbolos
era crucial para o entendimento da natureza humana. Ele, então,
explorou as correspondências entre os símbolos que surgem nas lutas da
vida dos indivíduos e as imagens simbólicas religiosas subjacentes e
sistemas mitológicos e mágicos
de muitas culturas e eras. Graças à forte impressão que lhe causaram as
muitas notáveis semelhanças dos símbolos, apesar de sua origem
independente nas pessoas e nas culturas (muitos sonhos e desenhos de
seus pacientes de variadas nacionalidades exprimiam temas mitológicos
longínquos), ele sugeriu a existência de duas camadas da psique
inconsciente: a pessoal e a coletiva. O inconsciente pessoal inclui conteúdos mentais adquiridos durante a vida do indivíduo que foram esquecidos ou reprimidos, enquanto o inconsciente coletivo
é uma estrutura herdada comum a toda a humanidade composta dos
arquétipos - predisposições inatas para experimentar e simbolizar
situações humanas universais de diferentes maneiras. Há arquétipos que
correspondem a várias situações, tais como as relações com os pais, o casamento, o nascimento dos filhos, o confronto com a morte. Uma elaboração altamente derivada destes arquétipos povoa todos os grandes sistemas mitológicos e religiosos do mundo.
Definida desta forma, no entanto, a psique objetiva não constitui
um mecanismo capaz de justificar a ocorrência das sincronicidades, como
um dos conceitos fundamentais da psicologia de Carl Gustav Jung. Por
isso, ao longo de sua vida, Jung complexificou a noção de psique
objetiva, ou inconsciente coletivo, ampliando-a ao ponto de que pudessem
ser, nela incluídos, tanto arquétipos universais e conteúdos
filogenéticos humanos, quanto criações mentais mais recentes. A psique
objetiva tornou-se integrada à vida em todos os seus aspetos, dando
conta dos muitos fenômenos integrativos da clínica psicológica, que
antes careciam de uma formulação explicativa consistente.[29]
Justamente por força da dificuldade de elaboração deste conceito,
Jung acessou conhecimentos da física quântica de sua época,
principalmente através de Pauli e Einstein, o que influenciou
decisivamente o desenvolvimento posterior da psicologia analítica. O
médico conheceu aspetos da teoria da relatividade e da física quântica, especialmente o princípio da incerteza, da complementaridade e da não localidade, por intermédio principalmente dos físicos Wolfgang Pauli e Albert Einstein, e foi informado das pesquisas em parapsicologia de Joseph Banks Rhine, na Universidade de Duke.
Isso, associado a experiências pessoais e de seus pacientes, o levou a
sugerir que as camadas mais profundas do inconsciente não dependem das
leis de espaço, tempo e causalidade, produzindo fenômenos paranormais como a clarividência e a precognição, que passaram a ser estudados pela psicologia.
A estas correspondências entre acontecimentos interiores e exteriores por meio de um significado comum, ele deu o nome de sincronicidade, como estudada hoje no contexto da linha de pesquisa Física e Psicologia.
Além disso, fatos ocorridos enquanto tratava seus clientes o fizeram
crer que os acontecimentos se dispunham "de tal modo, como se fossem o
sonho de uma 'consciência maior e mais abrangente, por nós
desconhecida'".[30]
Na qualidade de cientista altamente desapegado e desconfiado do favorecimento que se dá a certas verdades, para ele materialismo e ciência não eram sinônimos. O materialismo não passa do culto a um deus exteriormente concreto por meio da razão, um tipo de fé
nos princípios limitadores das leis físicas. "A razão nos impõe limites
muito estreitos e apenas nos convida a viver o conhecido". Para sermos
realmente justos, convém recebermos igualmente os aspetos racionais e
irracionais da vida. Assim foi o caso da paciente que apresentava uma
forte resistência à terapia. A monotonia não escapava a nenhum dos dois, até o dia em que ela lhe relatou o sonho com um escaravelho
dourado. Mal acabara de contar-lhe a trama, quando ouviram uma batida
na vidraça. Jung, então, enxergou uma espécie de besouro de coloração
dourada muito rara naquelas paragens e naquela estação do ano. Daí para
diante, a análise deslanchou, ocasionando o renascimento daquela
personalidade. Besouro e renascimento... um símbolo egípcio muito antigo.
Sincronicidade
Ver artigo principal: Sincronicidade
O termo "sincronicidade"
é uma tentativa de encontrar formas de explicação racional para
fenômenos que a ciência de então não alcançava, tais como os referidos
acima, fenômenos não causais que não podem ser explicados pela razão,
porém são significativos para o indivíduo que os experimenta.
A construção do conceito de sincronicidade surgiu da leitura que Jung fez de um grande número de obras sobre alquimia e o pensamento renascentista. Jung chegou a possuir grande quantidade de textos alquímicos originais, que o levaram também a usar a expressão Unus mundus em sua autobiografia, e a ideia de anima mundi.
Uma interessante análise da contribuição da psicologia profunda de Freud–Jung para a formação do pensamento ocidental, mostrando como Jung tinha preocupações epistemológicas rigorosas, pode ser vista em Tarnas.
Em função disso, tais fenômenos puderam ser examinados, mas apenas como
algo psicológico, e não propriamente da natureza, resultando em algumas
distorções interpretativas, em inúmeros sentidos.
A crítica de Richard Tarnas
é pertinente, pois, embora Jung ressalte a importância da religiosidade
como qualidade intrínseca do ser humano, sua teoria apenas valida a
experiência religiosa como fenômeno psicológico, uma posição
paradoxalmente reducionista, que nega a compatibilidade entre razão e experiência espiritual. Nessa linha, considerou insubstancial o movimento esotérico moderno, como a teosofia e a antroposofia.
A partir da contribuição de Jung, vários desenvolvimentos em
diferentes áreas do conhecimento têm ampliado a compreensão da relação
entre os processos psíquicos e o mundo exterior. O conceito de inconsciente coletivo, por exemplo, encontra ecos na física do holomovimento de Bohm, na ecopedagogia de Capra, na transdisciplinaridade de Rocha Filho, na alma do mundo de Goswami, nos campos morfogenéticos de Sheldrake, na psicologia profunda e na ecopsicologia norte-americana.
Imagens do inconsciente
No Brasil, Jung teve uma conhecida aluna, a doutora Nise da Silveira, fundadora do «Museu de Imagens do Inconsciente». www.museuimagensdoinconsciente.org.br. Ela escreveu, dentre outros, o livro "Jung: vida e obra", publicado em primeira edição em 1968.
Jung - Uma resposta ao nosso tempo
Na
terapia junguiana, que explora extensivamente os sonhos e fantasias, um
diálogo é estabelecido entre a mente consciente e os conteúdos do
inconsciente. A doença psíquica
é tida como uma consequência da separação rígida entre elas. Os
pacientes são orientados a ficar atentos aos significados pessoal e
coletivo (arquétipo) inerentes aos seus sintomas e dificuldades. Sob condições favoráveis, eles poderão ingressar no processo de individuação:
uma longa série de transformações psicológicas que culminam na
integração de tendências e funções opostas, e na realização da
totalidade. Jung trilhou a individuação, pois havia a necessidade
imperiosa nele de ir ao inferno
e voltar para poder mostrar o caminho da volta àqueles que ficaram
perdidos pelo caminho da vida. Tornou-se, ele, uma resposta sincera e
corajosa ao nosso tempo. "Sou, eu próprio, uma questão colocada ao
mundo, e devo fornecer minha resposta; caso contrário, estarei reduzido à
resposta que o mundo me der".
Breve biografia em tópicos
1875: Nasce na Suíça, a 26 de julho, filho de um pastor;
1900: É assistente de Eugen Bleuler, médico-chefe do Burghölzli (hospital psiquiátrico) em Zurique;
1902: Tese de doutoramento: "Sobre a psicologia e a patologia dos fenômenos ditos ocultos";
1903: Casa-se com Emma. Desta união nascem cinco filhos.
1905 - 1913: Professor na Faculdade de Medicina de Zurique; aulas de psicologia e psiconeuroses;
1907: "Psicologia da Demência Precoce"; encontro com Freud;
1908: I Congresso Internacional de Psicanálise;
1909: Abertura de clínica particular;
1913: Jung dá o nome à sua psicologia de "Psicologia Analítica"; demissão de seu posto de ensino na Universidade de Zurique;
1921: "Tipos Psicológicos";
1923: Construção da torre perto do lago de Zurique; Jung trava amizade com Richard Wilhelm (tradutor do "I Ching - O Livro das Mutações");
1928: "O Eu e o Inconsciente";
1929: Comentário de "O Segredo da Flor de Ouro";
1932: Prêmio de literatura em Zurique;
1934: Presidente da Sociedade Médica Geral para Psicoterapia;
1938: Viagem à Índia, a convite do governo britânico; presidente do Congresso Internacional de Psicoterapia, em Oxford; membro da Real Sociedade de Medicina;
1940: "Psicologia e Religião";
1944: Nomeação para a cátedra de Psicologia da Faculdade de Medicina de Basileia; "Psicologia e Alquimia";
1945: Doutor "honoris causa" da Universidade de Genebra;
1948: Inauguração do Instituto C. G. Jung em Zurique;
1951: "Aion";
1952: "Sincronicidade" e "Resposta a Jó";
1955: Morte de sua mulher a 27 de novembro;
1955 - 1956: "Mysterium Conjunctionis";
1957: Começo da redação de "Memórias, Sonhos e Reflexões", com Aniela Jaffé; entrevista na TV para a BBC;
1961: Termina, dez dias antes de morrer, um ensaio para "O Homem e Seus Símbolos"; morre a 6 de junho.
Obras
Ver artigo principal: Livro Vermelho, Obras Completas de C. G. Jung
Abaixo, a Obra Completa de C. G. Jung, lançada no Brasil pela editora Vozes:
- Volume 1: Estudos psiquiátricos.
- Volume 2: Estudos experimentais.
- Volume 3: Psicogênese das doenças mentais.
- Volume 4: Freud e a psicanálise.
- Volume 5: Símbolos da transformação.
- Volume 6: Tipos psicológicos.
- Volume 7/1: Psicologia do inconsciente.
- Volume 7/2: O eu e o inconsciente.
- Volume 8/1: A energia psíquica.
- Volume 8/2: A natureza da psique
- Volume 8/3: Sincronicidade.
- Volume 9/1: Os arquétipos e o inconsciente coletivo.
- Volume 9/2: Aion - Estudo sobre o simbolismo do si-mesmo.
- Volume 10/1: Presente e futuro.
- Volume 10/2: Aspectos do drama contemporâneo.
- Volume 10/3: Civilização em transição.
- Volume 10/4: Um mito moderno sobre coisas vistas no céu.
- Volume 11/1: Psicologia e religião.
- Volume 11/2: Interpretação psicológica do Dogma da Trindade.
- Volume 11/3: O símbolo da transformação na missa.
- Volume 11/4: Resposta a Jó.
- Volume 11/5: Psicologia e religião oriental.
- Volume 11/6: Escritos diversos.
- Volume 12: Psicologia e alquimia.
- Volume 13: Estudos alquímicos.
- Volume 14/1: Mysterium Coniunctionis - Os componentes da Coniunctio; Paradoxa; As personificações dos opostos.
- Volume 14/2: Mysterium Coniunctionis - Rex e Regina; Adão e Eva; A Conjunção.
- Volume 14/3: Mysterium Coniunctionis - Epílogo; Aurora Consurgens.
- Volume 15: O espírito na arte e na ciência.
- Volume 16/1: A prática da psicoterapia.
- Volume 16/2: Ab-reação, análise dos sonhos, transferência.
- Volume 17: O desenvolvimento da personalidade.
- Volume 18/1: A vida simbólica
- Volume 18/2: A vida simbólica
- Cartas de Carl Gustav Jung.
- O Homem e seus Símbolos. Obra para leigos, organizada por Jung e escrita por ele e seus colaboradores, com artigos de Aniella Jaffé, Marie-Louise von Franz e outros.
- O Segredo da Flor de Ouro: Um Livro de Vida Chinesa.
- Memórias, Sonhos e Reflexões. Autobiografia escrita em conjunto com Aniela Jaffé.
- O Livro Vermelho.
Alguns termos empregados por Jung na descrição da psique
Ver também
- Erich Neumann
- Física e Psicologia
- Pensamento sistêmico
- Psicologia analítica
- Psicologia da religião
- Sociônica
- Sonho lúcido
Referências
- Obras Completas Vol. VIII, p. 450.
Bibliografia
Todas as citações entre aspas que se encontram acima foram extraídas do livro "Memórias, Sonhos e Reflexões", autobiografia de Jung, Editora Nova Fronteira S.A., exceto as que explicitamente referem-se a outras obras.- JUNG, C. G. Phénomènes occultes. Paris: Ed. Montaigne, 1939.
- ROCHA FILHO, J.B. Física e Psicologia. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2003, 4a ed. (Google Books)
- GALVÃO JR., J.C. Sobre a "exceção humana" – Carta a Lacan, Jung, Schmitt. São Paulo: Liber Ars, 2012.
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