sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Ingratidão e Morte (evangelhista da silva)

(evangelhista da silva)



A mulher tem sido para mim um barco à deriva perdido no oceano da vida abissal.
E eu, alucinado e em pânico diante à morte se me endoido à toa.
É uma loucura meu Deus!...
Se me vejo entre o Amor e Ódio.

Qual  escolha se me tenho a fazer se o silêncio me impõe agir.
O ódio é de uma força tremenda e destrutiva.
E o amor são rosas ornadas nos templos dos Deuses.

E quando o adeus em vida se nos acena só se nos resta o desespero.
Quem sou eu entre o Amor e Ódio corroendo minh'alma,
Desgraçadamente exasperando a minha dor.

A mulher, para mim, tem sido um vento de infelicidade e nada mais.
Não se me adianta urrar, lamentar, gemer; morro em silêncio.
A mulher tem sido do mar o tormento dos dias meus.

E assim, deste jeito, vou vivendo em agonia e dúvida.
Se deste amor devo morrer sozinho ou levar comigo este tormento.
Não é justo que um pague pela morte e outro viva a debochar.

Saberemos nós que a vida é um adeus não premeditado.
Não um jogo jogado à traição.
A vida é um eterno adeus.

Bem sabia eu que o barco um dia iria afundar e afogado eu morreria.
Mas nesta vida queremos ver demais para crer.
E vi a puta despojada em outros braços dormir.

Adeus!...

Santo Antônio de Jesus, 14 de fevereiro de 2020.
Às 16h44min.



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