quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

Câncer de mama: sintomas, tratamentos e causas


Câncer de mama: sintomas, tratamentos e causas

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Visão Geral

O que é Câncer de mama?

câncer de mama é um tumor maligno que se desenvolve na mama como consequência de alterações genéticas em algum conjunto de células da mama, que passam a se dividir descontroladamente. Ocorre o crescimento anormal das células mamárias, tanto do ducto mamário quanto dos glóbulos mamários. Esse é o tipo de câncer que mais acomete as mulheres em todo o mundo, sendo 1,38 milhões de novos casos e 458 mil mortes pela doença por ano, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS). A proporção em homens e mulheres é de 1:100 - ou seja, para cada 100 mulheres com câncer de mama, um homem terá a doença. No Brasil, o Ministério da Saúde estima 52.680 casos novos em um ano, com um risco estimado de 52 casos a cada 100 mil mulheres. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Mastologia, cerca de uma a cada 12 mulheres terão um tumor nas mamas até os 90 anos de idade. Segundo o INCA, é que represente, em 2016, 28,1% do total dos cânceres da mulher.
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Tipos

Existem diversos tipos e subtipos de câncer de mama. No geral, o diagnóstico leva em conta alguns critérios: se o tumor é ou não invasivo, seu tipo tipo histológico, avaliação imunoistoquímica e seu estadio (extensão):
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Tumor invasivo ou não

Um câncer de mama não invasivo, também chamado de câncer in situ, é aquele que está contido em algum ponto da mama, sem se espalhar para outros órgãos - a membrana que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo. Já o tipo invasivo acontece quando essa membrana se rompe e as células cancerosas invadem outros pontos do organismo. Todo câncer in situ tem potencial para se transformar em invasor.

Avaliação Imunoistoquímica

Também chamada de IQH, a avaliação imunoistoquímica para o câncer de mama avalia se aquele tumor tem os chamados receptores hormonais. Aproximadamente 65 a 70% dos cânceres de mama tem esses receptores, que são uma espécie de ancoradouro para um determinado hormônio. Existem três tipos de receptores hormonais: o de estrógeno, o de progesterona e o de HER-2. Esses receptores fazem com que o determinado hormônio seja atraído para o tumor, se ligando ao receptor e fazendo com que essa célula maligna se divida, agravando a doença.
A progesterona e o estrógeno são hormônios que circulam normalmente por nosso organismo, que podem se ligar aos receptores hormonais do câncer de mama, quando houver. Já o HER-2 (sigla para receptor 2 do fator de crescimento epidérmico humano) é um gene que pode ser encontrado em todas as células do corpo humano, que tem como função ajudar a célula nos processos de divisão celular. O gene HER-2 faz com que a célula produza uma proteína chamada proteína HER-2, que fica na superfície das células. De tempos em tempos, a proteína HER-2 envia sinais para o núcleo da célula, avisando que chegou o momento da divisão celular. Na mama, cada célula possui duas cópias do gene HER-2, que contribuem para o funcionamento normal destas células. Porém, em algumas pacientes ocorre o aparecimento de um grande número de genes HER-2 no interior das células da mama. Com o aumento do número de genes HER-2 no núcleo, ficará também aumentado o número de receptores HER-2 na superfície das células.

Tipo histológico do câncer de mama

O tipo histológico é como se fosse o nome e o sobrenome do câncer. Os tipos histológicos se dividem em vários subtipos, de acordo com fatores como a presença ou ausência de receptores hormonais e extensão do tumor. Os tipos mais básicos de câncer de mama são:
  • Carcinoma ducta in situ:é o tipo mais comum de câncer de mama não invasivo. Ele afeta os ductos da mama, que são os canais que conduzem leite. Ele não invade outros tecidos nem se espalha pela corrente sanguínea, a membrana que reveste o tumor não se rompe, e as células cancerosas ficam concentradas dentro daquele nódulo mas pode ser multifocal, ou seja, pode haver vários focos dessa neoplasia na mesma mama. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.Todo câncer de mama in situ tem potencial para se transformar em invasor.
  • Carcinoma ductal invasivo:ele também acomete os ductos da mama, e se caracteriza por um tumor que pode invadir os tecidos que os circundam. O câncer do tipo ductal invasivo representa de 65 a 85% dos cânceres de mama invasivos. Esse carcinoma pode crescer localmente ou se espalhar para outros órgãos por meio de veias e vasos linfáticos. Caracteriza-se pela presença de um ou mais receptores hormonais na superfície das células.
  • Carcinoma lobular in situ: ele se origina nas células dos lobos mamários e não tem a capacidade de invasão dos tecidos adjacentes. Frequentemente é multifocal. O carcinoma lobular in situ representa de 2 a 6% dos casos de câncer de mama.
  • Carcinoma lobular invasivo: ele também nasce dos lobos mamários e é o segundo tipo mais comum. O carcinoma lobular invasivo pode invadir outros tecidos e crescer localmente ou se espalhar. Geralmente apresenta receptores de estrógeno e progesterona na superfície das células, mas raramente a proteína HER-2.Tem maior de afetar as duas mamas.
  • Carcinoma inflamatório: raramente apresenta receptores hormonais, podendo ser chamado de triplo negativo. Ele é a forma mais agressiva de câncer de mama – e também a mais rara. O carcinoma inflamatório se apresenta como uma inflamação na mama e frequentemente tem uma grande extensão. Ele também começa nas glândulas que produzem leite. As chances dele se espalhar por outras partes do corpo e produzir metástases são grandes.
  • Doença de Paget: é um tipo de câncer de mama que acomete a aréola ou mamilos, podendo afetar os dois ao mesmo tempo. Ele representa de 0,5 a 4,3% de todos os casos de carcinoma mamário, sendo portando uma forma mais rara. Ele é caracterizado por alterações na pele do mamilo, como crostas e inflamações – no entanto, também pode ser assintomático. Existem duas teorias para explicar a origem da doença de Paget da mama: as células tumorais podem crescer nos ductos mamários e progredir em direção à epiderme do mamilo, ou então as células tumorais se desenvolvem já na porção terminal dos ductos, na junção com a epiderme.

Estadiamento do câncer de mama

O câncer de mama é dividido em quatro estadios ou estágios, conforme a extensão da doença, que vão do 0 ao 4:
  • Estadio 0: as células cancerosas ainda estão contidas nos ductos, por isso o problema é quase sempre curável
  • Estadio 1: tumor com menos de 2 cm, sem acometimento das glândulas linfáticas da axila
  • Estadio 3: nódulo com mais de 5 cm que pode alcançar estruturas vizinhas, como músculo e pele, assim como as glândulas linfáticas. Mas ainda não há indício de que o câncer se espalhou pelo corpo
  • Estadio 4: tumores de qualquer tamanho com metástases e, geralmente, há comprometimento das glândulas linfáticas. No Brasil cerca de 60 a 70% dos casos são diagnosticado em estadio 3 ou 4.

Fatores de risco

Os principais fatores de risco para o câncer de mama são:

Histórico familiar

Os critérios para identificar o risco genético para a doença são:
  • Dois ou mais parentes de primeiro grau com câncer de mama
  • Um parente de primeiro grau e dois ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
  • Dois parentes de primeiro grau com esse tipo de câncer, sendo que um teve a doença antes de 45 anos
  • Um parente de primeiro grau com câncer de mama bilateral
  • Um parente de primeiro grau com a doença e um ou mais parentes com câncer de ovário
  • Um parente de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e dois ou mais com câncer de ovário
  • Três ou mais parentes de segundo ou terceiro grau com a doença
  • E dois parentes de segundo ou terceiro grau com câncer de mama e um ou mais com câncer de ovário.

Idade

As mulheres entre 40 e 69 anos são as principais vítimas. Isso porque a exposição ao hormônio estrógeno está no auge com a chegada dessa idade. A partir dos 50 anos, particularmente, os riscos entram em uma curva ascendente.

Menstruação precoce

A relação com a menstruação está no fato de que é no início desse período que o corpo da mulher passa a produzir quantidades maiores do hormônio estrógeno. Esse hormônio em quantidades alteradas facilita a proliferação desordenada de células mamárias, resultando em um tumor. Quanto mais intensa e duradoura é a ação do hormônio nas células mamárias, maior é a probabilidade de um tumor. Se a primeira menstruação ocorre por volta dos 9 ou 10 anos de idade, é porque os ovários intensificaram a produção do hormônio cedo e, assim, o organismo ficará exposto ao estrógeno por mais tempo no decorrer da vida.

Menopausa tardia

A lógica nesse caso é a mesma do caso acima - enquanto a menstruação não cessa, os ovários continuam a produzir o estrógeno, deixando as glândulas mamárias mais expostas ao crescimento celular desordenado.

Reposição hormonal

Muitas mulheres procuram a reposição hormonal para diminuir os sintomas da menopausa. Mas essa reposição - principalmente de esteroides, como estrógeno e progesterona - pode aumentar as chances. Na menopausa, os tecidos ficam ainda mais sensíveis à ação do estrógeno, já que os níveis desse hormônio estão baixos devido à ausência de sua produção pelo ovário. Como alternativa à reposição hormonal, é indicada a prática de exercícios físicos e uma dieta balanceada.

Colesterol alto

O colesterol é a gordura que serve de matéria prima para a fabricação do estrógeno. Dessa forma, mulheres que altos níveis de colesterol tendem a produzir esse hormônio em maior quantidade, aumentando o risco de câncer de mama.

Obesidade

O excesso de peso é um fator de risco para o câncer de mama principalmente após a menopausa. Isso porque a partir dessa idade o tecido gorduroso passa a atuar como uma nova fábrica de hormônios. Sob a ação de enzimas, a gordura armazenada nas mamas, por exemplo, é convertida em estrógeno. O alerta é mais sério para aquelas que apresentam um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30. A redução de apenas 5% do peso já cortaria quase pela metade os riscos de desenvolver alguns dos principais tipos da doença. A constatação é de pesquisadores do Centro de Prevenção Fred Hutchinson (EUA), com base na avaliação de dados de 439 mulheres acima do peso entre 50 e 75 anos de idade.

Ausência de gravidez

Mulheres que nunca tiveram filhos têm mais chances devido a ausência de amamentação. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, em sua corrente sanguínea.

Lesões de risco

Já ter apresentado algum tipo de alteração na mama não relacionada ao câncer de mama também pode aumentar as chances do surgimento de tumores. Dessa forma, pequenos cistos ou calcificações encontrados na mama, ainda que benignos, devem ser acompanhados com atenção.

Tumor de mama anterior

Pacientes que já tiveram câncer de mama têm mais chances de apresentar outro tumor - nesse caso é chamado de câncer recidivo ou que sofreu uma recidiva.
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Últimas perguntas sobre Câncer de mama

Sintomas

Sintomas de Câncer de mama

Os sintomas do câncer de mama variam conforme o tamanho e estágio do tumor. A maioria dos tumores da mama, quando iniciais, não apresenta sintomas.
Caso o tumor já esteja perceptível ao toque do dedo, é sinal de que ele tem cerca de 1 cm³ - o que já é uma lesão muito grande. Por isso é importante fazer os exames preventivos (como a mamografia) na idade adequada, antes do aparecimento deste e de qualquer outro sintoma do câncer de mama.
Foto: Getty Images
Sintomas de Câncer de Mama

Veja os outros sinais possíveis do câncer de mama:

  • Vermelhidão na pele, inchaço ou calor
  • Alterações no formato dos mamilos e das mamas, principalmente as alterações recentes, é possível até que uma mama fique diferente da outra
  • Nódulos na axila
  • Secreção escura saindo pelo mamilo
  • Pele enrugada, como uma casca de laranja
  • Em estágios avançados, a mama pode abrir uma ferida.
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Diagnóstico e Exames

Diagnóstico de Câncer de mama

Além da mamografia, ressonância magnética, ecografia e outros exames de imagem que podem ser feitos para identificar uma alteração suspeita de câncer de mama, é necessário fazer uma biópsia do tecido coletado da mama. Nesse material da biópsia é que a equipe médica identifica se as células são tumorosas ou não. Caso seja feito o diagnóstico, os médicos irão fazer o estudo dos receptores hormonais para saber se aquele tumor expressa algum ou não, além de sua classificação histológica. O tratamento vai ser determinado pela presença ou ausência desses receptores na célula maligna, bem como o prognóstico do paciente.

Na consulta médica

Chegando ao consultório com a mamografia suspeita para câncer de mama, o médico fará perguntas sobre seu histórico familiar da doença, idade, data de início da menstruação, se você já está na menopausa e outras questões relacionadas a fatores de risco. Depois, fará a análise da mamografia e da biópsia a fim de encontrar o diagnóstico.
Caso você já tenha recebido o diagnóstico, é importante tirar todas as suas dúvidas com o médico e não deixar nada escapar. Confira algumas dicas para aproveitar ao máximo a consulta:
  • Se não entender o médico, peça que repita com termos mais simples ou usando desenhos
  • Leve um caderno para a consulta e anote os pontos mais importantes e para levar dúvidas anotadas para as consultas
  • Caso queira informações adicionais sobre seu caso, peça a seu médico que indique livros, sites ou artigos
  • Prefira levar um acompanhante para ajudar na assimilação de novas informações.
Segue uma lista de perguntas importantes para fazer na consulta:
  • Onde está a doença nesse momento e qual a sua extensão?
  • Meu câncer é receptor de hormônio positivo ou negativo?
  • Meu câncer é HER-2 positivo ou negativo?
  • Quais são as opções de tratamento e como elas funcionam?
  • Quais são os efeitos colaterais mais e menos comuns do tratamento?
  • Como esse tratamento me beneficiará?
  • Posso evitar os desconfortos do tratamento? Como?
  • Qual a previsão de duração do tratamento?
  • Precisarei visitar o médico e realizar exames com que frequência durante o tratamento? Quais exames serão necessários?
  • Precisarei ficar internada?
  • Precisarei seguir dieta específica?
  • Posso fazer a reconstrução mamária? Como ficará minha mama?
  • Posso apresentar linfedema? Quais são as chances?
  • Meu câncer voltará? Quais são as chances?
  • Para quem devo ligar se tiver dúvidas e problemas relativos ao tratamento?
  • Quando terminar, quais serão os próximos passos?
  • Eu tenho outras doenças concomitantes que afetam a minha capacidade de tolerar tratamentos?
  • Há alguma recomendação especial para esse momento?
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Tratamento e Cuidados

Tratamento de Câncer de mama

Existem diversos tratamentos para o câncer de mama, que podem ser combinados ou não. Todo câncer deverá ser retirado com uma cirurgia, que pode retirar parte da mama ou ela toda – entretanto, em alguns casos pode ser que a cirurgia seja combinada com outros tratamentos.
O que vai determinar a escolha do tratamento é a presença ou ausência de receptores hormonais, o estadiamento do tumor, se já apresenta o diagnóstico com metástase ou não.
Outro fator determinante para o tratamento é a paciente e qual o seu estado de saúde e época da vida. Tratar o quadro em uma mulher de 45 anos, saudável, é completamente diferente de fazer o tratamento em uma mulher com 80 anos e doenças relacionadas – ainda que o tipo e extensão do câncer sejam exatamente iguais. Nesse caso, deve ser levado em conta o impacto dos tratamentos e se eles irão interferir na qualidade de vida da paciente. Os tratamentos são divididos entre terapia local e terapia sistêmica:

Terapia local de câncer de mama

O câncer de mama tratado localmente será submetido a uma cirurgia parcial ou total seguida de radioterapia:
  • Cirurgia: é a modalidade de tratamento mais antiga. Quando o tumor se encontra em estágio inicial, a retirada é mais fácil e com menor comprometimento da mama
  • Radioterapia: terapia que usa radiação ionizante no local do tumor. É muito utilizada para tumores que ainda não se espalharam e não metástases, para os quais não é necessária a retirada de grande parte da mama. A radioterapia também pode ser usada nos casos em que o câncer de mama não pode ser retirado completamente com a cirurgia, ou quando se quer diminuir o risco de o tumor voltar a crescer. Dura aproximadamente um mês.

Terapia sistêmica do câncer de mama

O tratamento sistêmico se faz com um conjunto que medicamentos que serão infundidos por via oral ou diretamente na corrente sanguínea. Em ambos os casos, o tratamento não é feito de forma local – ou seja, o medicamento irá circular por todo o organismo, inclusive onde o tumor se encontra. Há três modalidade de terapia sistêmica:
  • Quimioterapia: tratamento que utiliza medicamentos orais ou intravenosos, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. A quimio pode ser feita antes ou após a cirurgia, e o período de tratamento varia conforme o câncer de mama e a paciente
  • Hormonioterapia: tem como objetivo impedir a ação dos hormônios que fazem as células cancerígenas crescerem. A hormonioterapia, portanto, só poderá ser utilizada em pacientes que apresentam pelo menos um receptor hormonal em seu tumor. Essa terapia no geral é feita via oral, e as drogas agem bloqueando ou suprimindo os efeitos do hormônio sobre o órgão afetado
  • Imunoterapia: também conhecido como terapia anti HER-2, essa modalidade é constituída de drogas que bloqueiam alvos específicos de determinadas proteínas ou mecanismo de divisão celular presente apenas nas células tumorais ou presentes preferencialmente nas células tumorais. São medicamentos ministrados geralmente via oral. Quando o tumor expressa a proteína HER-2 em grande quantidade, por exemplo, são utilizadas drogas que irão destruir essas células especificamente. Existem outras proteínas ou processos celular que podem se acentuar no tumor e intensificar seu crescimento, e as drogas da terapia alvo irão agir nesses pontos específicos.
Caso o tumor tenha grande extensão, pode ser que o médico recomende uma terapia sistêmica inicialmente, para diminuir o tamanho do câncer de mama e assim fazer a cirurgia parcial. Se o câncer apresentar metástases, a terapia sistêmica também é indicada, já que as drogas agem no corpo inteiro, encontrando focos do tumor e eliminando. A escolha do tratamento tem que levar em conta a curabilidade da doença e a tolerância à toxicidade do tratamento (algumas mulheres não podem se expor a tratamentos muito severos durante um longo período). Pacientes que sofreram metástases deverão se submeter ao algum tratamento sistêmico para o resto da vida, além do acompanhamento clínico.

Complicações possíveis

Entre as complicações está a recidiva, que é a volta de um tumor já tratado. A recidiva do câncer de mama ocorre nos dois ou três primeiros anos após a retirada do tumor, por isso é necessário fazer um acompanhamento próximo nesse período, com mamografias regulares em intervalos de seis meses ou anualmente mais análise clínica do paciente. O tumor também pode invadir outros tecidos e se espalhar pela circulação sanguínea ou linfática, atingindo outros órgãos como fígado e ossos - causando as chamadas metástases. Se o câncer for metastático, o tratamento deve ser sistêmico e acompanhado também individualmente.
Além disso, há os efeitos colaterais das terapias. Após a cirurgia, é necessário acompanhamento com médico e fisioterapeuta para evitar o rompimento dos pontos e necrose de tecidos - também é importante manter a higienização do local para evitar infecções. A cirurgia também envolve a modificação e pode causar uma série de alterações psicológicas na paciente, além das físicas.
A hormonioterapia pode piorar os sintomas da menopausa, favorecer a osteoporose, aumentar o risco de trombose e coágulos nas pernas - entretanto, esses efeitos colaterais são raros e as pacientes no geral tem uma alta tolerância ao tratamento.
Durante a quimioterapia a mulher pode sofrer infecções bucais, queda de cabelodiarreia, náuseas e baixa imunidade temporária. Algumas quimioterapias também pode afetar a saúde cardiovascular - por isso é importante o acompanhamento com cardiologista. O sistema reprodutor também pode ser afetado, por isso, se você estiver em idade reprodutiva e pretende ter filhos, discuta com seu médico e parceiro(a) a possibilidade de se fazer o congelamento de óvulos. A queda dos cabelos é efeito mais comum da quimioterapia e não é controlável - isso porque o tratamento irá matar tudo aquilo que está crescendo. Dessa forma, além da queda de cabelo, pode ser que você perceba as unhas mais fracas também.
A terapia anti HER-2 tem menos efeitos colaterais, mas pode induzir uma toxicidade no coração - por isso, muita atenção com o cardiologista se optar por esse tratamento. Os anticorpos monoclonais, ligando-se às células cancerígenas e destruindo-as especificamente, apresentam geralmente menor grau de toxicidade que os quimioterápios convencionais. Ainda sim, pode gerar efeitos como falta de ar, sensação de calor, queda da pressão arterial e rubor. Notifique imediatamente a equipe que te atende ao sinal desses sintomas. Normalmente, esses efeitos diminuem nas administrações posteriores. Já a radioterapia pode causar cansaço e queimaduras leves na pele que voltam ao normal com o fim da terapia.
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Convivendo (prognóstico)

Expectativas

A maior chance de cura é por meio do diagnóstico precoce. Um tumor diagnosticado no estadio 0 ou 1 chega a ter mais 90% de chance de cura. Já um câncer de mama no estadio 3 ou 4 tem de 30 a 40% de chance de cura total. Mas isso não é motivo para desistir ou achar que o seu caso não tem cura – com o tratamento adequado e força de vontade, todo o obstáculo é transpassado. Mesmo cânceres em estadios mais avançados podem responder bem ao tratamento, podendo ser operados e retirados completamente. Por isso é importante conversar com seu médico e sempre buscar novas formas de lidar com a doença.

Convivendo/ Prognóstico

O prognóstico do câncer de mama depende de todas as características do tumor e paciente, como também da disponibilidade das drogas adequadas. No Brasil ainda não está disponível a terapia anti HER2 para doença metastática, por exemplo. Além disso, 40% das mulheres com câncer no geral que precisam de radioterapia não recebem o tratamento porque não tem equipamentos suficientes no país para suprir a demanda. Esse tipo de complicação pode piorar o prognóstico de uma paciente, que fica dependente de uma fila de espera ou então precisa se inscrever em programas internacionais. Existem modelos matemáticos que ajudam a estimar o risco de recidiva nos próximos dez anos – mas seus resultados não são 100% corretos ou perfeitos. Existem métodos mais modernos que avaliam o tumor da paciente em sua composição genética, individualmente. Com base na avaliação dos genes do tumor da paciente faz-se um prognóstico individualizado e o benefício que qualquer tratamento vai trazer para a cura do câncer de mama. Entretanto, esses testes são mais sofisticados e não precisam ser enviados para fora do país para avaliação.
O tratamento também envolve uma serie de cuidados e práticas para minimizar os efeitos das terapias:

Como minimizar os efeitos adversos da quimioterapia?

  • Náuseas e vômitos: consuma alimentos de fácil digestão e converse com seu oncologista sobre a necessidade da utilização de antieméticos.
  • Planeje a alimentação: algumas pessoas sentem-se bem comendo antes da quimioterapia e outras, não – nesse caso, o hábito varia conforme a necessidade da paciente com câncer de mama. Entretanto, deve-se sempre aguardar pelo menos uma hora após a sessão para consumir qualquer alimento ou bebida.
  • Coma devagar: consuma pequenas refeições, cinco ou seis vezes por dia, em vez de três grandes refeições, evitando ingerir líquidos enquanto come. Isso evite enjoos e vômitos.
  • Prefira alimentos frescos e evite consumi-los muito quentes
  • Evite alimentos e bebidas fortes, como café, peixe, cebola e alho. Eles também favorecem os vômitos.

Cuidados durante a radioterapia

O radioterapeuta e a equipe de enfermagem debem orientá-la sobre os cuidados específicos que deverão ser adotados durante o tratamento de radioterapia. Esses cuidados variam muito de acordo com a região a ser irradiada.
  • Pele: lave a pele irradiada com sabão suave e água morna. Tente não coçar nem esfregar a área.
  • Pomada: aplique pomadas ou cremes sobre a pele somende com aprovação médica.
  • Prefira roupas folgadas e confortáveis e se possível cubra a região irradiada com roupas claras.
Mais do que viver, a paciente pode viver bem, cuidando de si própria com carinho e atenção. Para ajudar as pacientes nesse desafio, é cada vez mais comum a abordagem multidisciplinar para o câncer de mama, com apoio de dentistas, nutricionistas, fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, preparadores físicos e etc.

Fisioterapia para câncer de mama

Ela promove a independência funcional da paciente, permitindo que realize as atividades que deseja sozinha e sem inconveniências. Proporciona alívio da dor e reduz a necessidade do uso de analgésicos. Geralmente o tratamento é indicado após a cirurgia.

Nutrição

O acompanhamento nutricional ajuda a prevenir a perda de peso e a desnutrição durante o tratamento. Além disso, ele ajuda a paciente com câncer de mama a seguir as restrições dietéticas corretas para evitar possíveis efeitos colaterais do tratamento.

Exercícios físicos e câncer de mama

Não importante a atividade - o que importa é praticar. A atividade física ajuda a "mandar" a fadiga embora, aumenta a energia, a disposição e a autoestima, além de proporcionar convívio social.
  • Depois da cirurgia: converse com seu médico sobre o retorno às atividades físicas. Isso varia de acordo com o tempo de recuperação esperado para cada procedimento e estado paciente.
  • Algumas pacientes podem apresentar queda de imunidade durante o tratamento, o que pode ocasionar infecções oportunistas. Por isso, não se recomendam atividades com a natação – já o contato com a água da piscina pode favorecer infecções.
  • Caso a ideia seja frequentar uma academia de ginástica, opte pela atividade supervisionada por um profissional de educação física. Relate seu caso, para que ele indique a série de exercícios mais adequada.

Sexualidade e sensualidade

Durante o tratamento do câncer de mama, diversas situações como diminuição da libido, alterações hormonais e incômodos emocionais podem influenciar diretamente no seu comportamento sexual. É importante que entenda que esses transtornos são causados por situações físicas que você está enfrentando e não tem a ver o que você é em essência. Tente resgatar nesse período a sensualidade que há em você – mas tudo em seu tempo.
  • Fale com seu parceiro ou parceira: converse sobre a diminuição da libido para que a pessoa não se sinta rejeitada e confusa com seu possível desinteresse sexual. A comunicação aberta poderá ajudar a buscar maneiras criativas de despertas a sua libido.
  • Fale com seu oncologista: seu médico pode prescrever medicamentos para combater os efeitos colaterais do tratamento, motivos que levam ao desinteresse sexual.
  • Fale com um psicólogo: o profissional pode ajudar identificando e tratando os obstáculos emocionais que colaboram com o desinteresse sexual.

Cuidados com a autoestima

A queda de cabelos e a mastectomia são os pontos que mais podem afetar a autoestima da paciente. Tente não se render a esses sentimentos e procure saídas para esses incômodos, que são pequenos perto da sua qualidade de vida e da luta que você está travando. Você pode guardar os fios naturais para aplicar em rabo de cavalo quando cabelos voltarem a crescer, ou então comprar perucas e usar lenços coloridos, refletindo sua personalidade. Busque outras atividades que façam você se sentir bem, como cursos de uma área que você se interesse. Tudo vale para reconquistar a autoconfiança ou então não deixar que ela se vá.

Administrando sentimentos

O câncer de mama pode gerar uma série de sentimentos, diversos altos e baixos. Isso tudo é normal – o ser humano é cheio de emoções e a doença pode maximizar esse aspecto. Entenda que alguns dias serão melhores que outras, mas não permita que o mais estar se instale. O importante é que você não se desespere em meio aos sentimentos que experimenta. Se você perceber algum sinal de depressão, como tristeza profunda, falta de sono e apetite, insegurança e desânimo, converse com seu oncologista sobre o assunto. Ele poderá recomendar uma visita ao psicólogo.

Impacto do câncer de mama na minha vida

  • Casa: se você ainda não divide a tarefas com seu parceiro (a) e filhos, essa é a hora para determinar novas funções. Durante o tratamento pode ser que você se sinta indisposta, e todo o apoio é importante nesse sentido.
  • Trabalho: se você se sentir disposta e com vontade de trabalhar, vá em frente - isso ajudará a manter o convívio social e atrelará compromissos a sai vida que não estão relacionados com o tumor. Porém, em alguns momentos, você poderá se sentir debilitada e pode ser que opte por deixar o trabalho.
  • Vida financeira: seu orçamento pode ficar abalado caso você precise parar de trabalhar, mais as despesas do tratamento. Saiba que é possível requisitar auxílio-doença e não se envergonhe se precisar pedir ajuda a um parente ou amigo mais próximo. Rever os gastos durante esse período também é essencial.

Conversando com seus filhos

  • A pessoa mais indicada para contar é você. Fale o mais rápido possível, para não criar um clima de omissão. Além disso, evite omitir a palavra câncer ou tratar o câncer de mama como um tabu. Isso somente criará medo em torno da doença
  • Você não precisa contar detalhes da doença, mas esteja preparada para questionamentos
  • Explique os efeitos colaterais da doença do tratamento, que é normal você ficar mais triste em alguns momentos, que é normal a queda de cabelos e outros efeitos. Isso evite choques.
  • Seus filhos poderão apresentar mudanças de comportamento e desempenho na escola. É importante que o educador saiba lidar com isso e tenha liberdade de comentar com você se algo diferente ocorrer.
  • Se sentir a necessidade, busque apoio de um psicólogo familiar.

Conversando com seu marido ou companheiro

O seu companheiro ou companheira é a pessoa que, assim como os filhos, estará mais próxima de você nesse momento. Conversem francamente sobre as demandas que surgirão e peça ajuda para enfrentar a doença.

Reconstrução de mama

Passível de ser realizada em quase todas as pacientes porém há dificuldade de acesso nas pacientes do SUS principalmente por fatores econômicos. Para quem não tem acesso, é recomendado o uso de prótese externa afim de equilibrar um pouco do peso sobre a coluna e principalmente para alívio estético e maior liberdade para vestimenta da paciente.
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Prevenção

Prevenção

A prevenção do câncer de mama pode ser dividida em primária e secundária: a primeira envolve a adoção de hábitos saudáveis, e a segunda diz respeito a realização de exames de rastreamento, a fim de fazer o diagnóstico precoce:
Getty Images
Autoexame da mama

Exercícios

Um estudo publicado no Journal of the National Cancer Institute apontou que adolescentes praticantes de exercícios físicos intensos diminuem as chances de sofrer de câncer de mama na fase adulta em até 23%. Nessa análise, a prática de atividade física deveria começar por volta dos 12 anos e durar por pelo menos dez anos para que a proteção contra a doença seja notada. Os exercícios são capazes de reduzir os níveis de estrógeno, hormônio relacionado ao risco de câncer. A prática de exercícios também diminui o estresse e ajuda no controle do peso, fatores que também influenciam no desenvolvimento do tumor. É importante na prevenção do câncer e na prevenção da recidiva.

Amamentação

Mulheres que amamentam os seus filhos por, pelo menos, seis meses, têm 5% menos chances de desenvolver a doença. Quando a mulher amamenta, ela estimula as glândulas mamárias e diminui a quantidade de hormônios, como o estrógeno, da sua corrente sanguínea.

Dieta balanceada

Manter uma dieta adequada ajuda no controle do peso, na prevenção de doenças crônicas e melhora a saúde como um todo. Além disso, um corpo saudável trabalha melhor, prevenindo o surgimento de tumores. Mulheres que consomem vegetais com frequência têm até 45% menos chances de desenvolver câncer de mama, de acordo com um estudo realizado pela Boston University. Alimentos como brócolis, mostarda, couve e hortaliças verdes são ricos em glucosinolatos, que são aminoácidos com um papel importante na prevenção e tratamento.

Estresse

Mulheres que vivem uma rotina muito agitada e estressante têm quase o dobro de chances de desenvolver câncer de mama, quando relacionada a outros fatores de risco. Técnicas de respiração, meditação e relaxamento, praticadas em Tai Chi e ioga, ajudam a controlar o estresse e a ansiedade.

Álcool

O consumo de apenas 14 gramas de álcool por dia pode aumentar as chances de câncer de mama em 30%. O mecanismo de ação pelo qual o consumo de álcool aumenta esse risco ainda permanece desconhecido, mas sabemos que ele influencia as vias de sinalização do estrógeno.

Controle do peso

Ao atingir a menopausa, mulheres com sobrepeso ou obesidade correm mais risco de desenvolver o tumor. E mais: o excesso de peso ainda aumenta as chances do câncer ser mais agressivo.

Faça a mamografia

A maioria das mulheres devem começar a fazer mamografias anualmente após os 50 anos, mas, para quem tem histórico familiar de câncer de mama, o exame deve começar 10 antes do caso mais precoce na família. Assim se um parente próximo teve esse tipo de câncer aos 40, é preciso começar a fazer mamografias anualmente a partir dos 30 anos. Fazer a mamografia anualmente em idade adequada pode reduzir a morte por câncer de mama em até 30%, segundo um estudo publicado na revista Radiology.
Câncer de mama: mamografia é exame indicado para detecção de nódulos malignos

Mais sobre Câncer de mama

Seus direitos

  • Reabilitação profissional: o serviço da Previdência Social visa readaptar ou reeducar o profissional para o retorno ao trabalho, com o fornecimento de materiais necessários à reabilitação (tais como taxas de inscrição em serviços profissionalizantes e auxílios para transporte e alimentação). Todos os segurados da Previdência têm direito à reabilitação.
  • Auxílio-doença: você terá direito ao benefício mensal desde que fique por mais de 15 dias com incapacidade para o trabalho atestada por perícia médica da Previdência Social e que tenha contribuído com o INSS por no mínimo 12 meses (embora haja exceções). Compareça pessoalmente ou por intermédio de procurador a uma agência da Previdência Social, preencha o requerimento, apresente a documentação exigida e agende a perícia. O auxílio-doença deixará de ser pago quando você recuperar a capacidade para o trabalho, ou caso o direito se reverta em aposentadoria por invalidez.
  • Aposentadoria por invalidez: você terá direito ao benefício se for segurada da Previdência Social e a perícia constatar que está incapacitada permanentemente par ao trabalho. Via de regra, é preciso ter contribuído com o INSS por, no mínimo, 12 meses para obter o benefício. Compareça pessoalmente ou por procurador a uma agência da Previdência Social, preencha o requerimento, apresente a documentação exigida e agende a perícia. Você ainda pode requerer o auxílio-doença pela internet, no site da Previdência Social ou pelo telefone gratuito 135.
  • Isenção de imposto de renda: você tem direito à isenção do imposto de renda sobre os valores recebido a título de aposentadoria, pensão ou reforma, inclusive as complementações recebidas de entidades privadas e pensões alimentícias, mesmo que a doença tenha sido adquirida após a concessão da aposentadoria, pensão ou reforma. Procure o órgão responsável pelo pagamento da aposentadoria, pensão ou reforma e solicite a isenção do imposto de renda que incide sobre esses rendimentos.
  • IPTU: não existe uma legislação nacional que garanta a isenção do IPTU para pessoas com determinadas patologias, como o câncer de mama, mas, como se trata de um imposto municipal, algumas cidades já garantes a isenção. Informe-se na Secretaria de Finanças do seu município.
  • Cirurgia de reconstrução mamária: você tem direito a realizar a cirurgia reparadora gratuitamente, tanto pelo SUS como pelo plano de saúde. Se estiver em tratamento no SUS, exija o agendamento da cirurgia no próprio local e, se não estiver, dirija-se a uma Unidade Básica de Saúde e solicite seu encaminhamento para uma unidade especializada em reconstrução mamária. Pelo Plano de Saúde, consulte um cirurgião credenciado.

Compartilhando a experiência

A solidão pode ser um sentimento que assola a paciente com câncer de mama. Mas lembre-se que você não está sozinha. Peça ajuda, compartilhe sua experiência, procure centros e locais que façam terapia em grupo. Dissemine seu conhecimento e sua luta contra o câncer de mama e ajude a quebrar o estigma que existe em torno da doença. Incentive as mulheres a fazer a mamografia, converse com suas amigas e colegas sobre a importância do exame. Relate sua experiência para entidades de apoio ao paciente ou crie um blog para dividir suas questões com os leitores.

Perguntas frequentes

Qual a porcentagem de cânceres de mama que acontecem por conta da mutação genética?

A população geral tem cerca de 10 a 12% de riscos de desenvolver a doença. De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia, a presença da mutação entre os casos de câncer de mama gira em torno de 5 a 10%, sendo que 5% de todos os cânceres de mama são de mulheres com a mutação genética BRCA. Por isso, a maneira mais segura de tratar e prevenir é visitar o seu mastologista, quando indicado, e seguir suas orientações.

Uma pessoa que tem risco comprovado para câncer de mama pode fazer uma mastectomia preventiva?

Uma mulher com alto risco pode, sim, optar por fazer a mastectomia preventiva. A mastectomia preventiva mamária consiste na retirada da região interna da mama - ou seja, da glândula mamária juntamente com os ductos mamários - que são os locais onde pode acontecer a formação de um tumor. Com a retirada do interior da mama, os riscos de câncer reduzem em até 90%. As chances do câncer ainda existem porque 10% do tecido mamário é preservado para a nutrir a pele, auréola e mamilo. Na cirurgia sempre serão removidas as duas mamas, daí a denominação de dupla mastectomia preventiva.
Existem também tratamentos que usam os chamados anti-hormônios ou moduladores hormonais, que inibem a produção de estrógeno e impedem as células da mama de se multiplicarem. Esse tratamento, no entanto, é recomendado apenas para cânceres de mama hormonais - ou seja, que acontecem ou podem acontecer em decorrência de alterações hormonais - não sendo indicado para pessoas que tem o risco genético, por exemplo.
Para pacientes com risco genético, uma alternativa é redobrar a atenção e acompanhamento da mamas, partindo para exames de rastreamento, como ultrassom de mamas e mamografias, em intervalos de tempos mais curtos, a cada seis meses, por exemplo, dependendo do que o seu médico considerar mais seguro. O objetivo nesse caso é identificar o câncer numa fase muito precoce e iniciar o tratamento adequado a partir desse diagnóstico.
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Referências

Vilmar Marques, presidente do departamento de oncoplástica da Sociedade Brasileira de Mastologia
Rafael Kaliks, oncologista clínico do Albert Einstein e Diretor Científico do Instituto Oncoguia
Ministério da Saúde
Sociedade Brasileira de Mastologia
Maria do Socorro Maciel, cirurgiã oncologista e diretora de Mastologia do A.C.Camargo Cancer Center
Carla Ismael, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica e presidente da Sociedade Franco-Brasileira de Oncologia
Sociedade Brasileira de Oncologia

Câncer colorretal

Câncer colorretal

Resumo câncer colorretal

cancer-coloretalO câncer colorretal é uma doença maligna que atinge o intestino grosso e o reto. É um dos tipos de câncer mais incidentes no mundo, sendo responsáveis por diversas mortes. No Brasil, segundo o INCA, quase 30 mil pessoas foram atingidas com o câncer colorretal no ano de 2010, é o quarto câncer mais frequente no Brasil. As regiões Sul e Sudeste são as com maior incidência da doença sendo que o Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro são os estados com maior incidência da doença.
Suas causas ainda não estão totalmente esclarecidas, entretanto alguns fatores podem aumentar os riscos de desenvolvimento da doença, como histórico familiar de câncer colorretal e hábitos alimentares. Normalmente a doença é mais comum após os 50 anos de idade. Pessoas acima do peso, sedentárias e com doenças inflamatórias no intestino grosso são alguns dos grupos de risco da doença.

Os sintomas caracterizam-se por mudanças nos hábitos intestinais com dores abdominais, sangue nas fezes, gases, perda de peso repentina, dentre outros. O diagnóstico normalmente é feito por colonoscopia e biópsia. Complicações da doença incluem metástase (disseminação do câncer para outras regiões do corpo) e complicações advindas da cirurgia de remoção do tumor, como infecções e hemorragias.
O tratamento é escolhido de acordo com o grau e extensão do tumor e o médico pode lançar mão da remoção cirúrgica do tumor, quimioterapia e radioterapia. Algumas plantas medicinais têm sido investigadas contra o câncer colorretal, como o cebolinho chinês, o chá verde, gengibre e a maçã. A homeopatia é um tratamento alternativo que pode resultar em melhora na qualidade de vida do paciente, como aumento do apetite, melhora do sono e ganho de disposição.
É importante ressaltar que o câncer colorretal, quando diagnosticado precocemente, tem altas chances de cura e de sobrevida do paciente. Portanto, se você tem mais de 50 anos, faça exames regularmente. Fique alerta também se você tem casos de câncer na família. Algumas dicas de prevenção são: controle o peso, mudanças de hábitos alimentares, consumo moderado de álcool e redução do tabagismo.

Definição

O câncer de cólon e reto ou câncer colorretal é uma doença maligna que se caracteriza por tumores que atingem o cólon (intestino grosso) e o reto (ultima porção do intestino grosso). Por muitas vezes, os tumores desenvolvidos são benignos, não caracterizando um câncer, chamados de pólipos adenomatosos. Entretanto, alguns desses pólipos podem se tornar tumores malignos.
O tipo mais comum de câncer colorretal é o adenocarcinoma colorretal, que se origina das glândulas presentes no cólon e corresponde a mais de 90% dos casos. Outros tipos linfomas (originário dos linfonodos do intestino grosso) e carcinoma espinocelular (de origem epitelial).

Epidemiologia

– O câncer colorretal é um dos mais incidentes no mundo, principalmente nos países desenvolvidos, sendo o terceiro tipo mais comum de neoplasia em ambos os sexos.
– Os norte-americanos são particularmente afetados por esse tipo de câncer, provavelmente por causa da alta taxa de obesidade e maus hábitos alimentares, como comer muito hambúrgueres, refrigerantes, etc. Nos Estados Unidos, país com mais de 300 milhões, são registrados cerca de 100.000 casos de câncer colorretal por ano e cerca de 50.000 mortes. Há ligeiramente mais homens que morrem desse tipo de câncer do que mulheres. Se nos referirmos à população da Europa, a população dos Estados Unidos mostra-se menos afetada do que a da Europa.
– Segundo estimativas do INCA (Instituto Nacional do Câncer), para o ano de 2010 foram esperados 30.140 mil novos casos de câncer de cólon e reto no Brasil, sendo 14.180 em homens e 15.960 em mulheres.

Causas

As causas do câncer colorretal ainda não são totalmente esclarecidas. Alguns fatores apontados como possíveis causas desencadeantes do câncer colorretal são:
– Hábitos alimentares: dietas com alto conteúdo de gorduras e carne vermelha podem estar ligadas às causas do câncer.
Carne e câncer
Em 26 de outubro de 2015, a Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer (IARC), ligada à OMS, avaliou a carcinogenicidade do consumo de carne vermelha e carne processada.
– A IARC classificou o consumo de carne vermelha como provavelmente cancerígeno para os seres humanos. Esta associação (carne vermelha e risco de câncer) foi observada principalmente no que diz respeito ao câncer colorretal, mas outras associações também foram observadas para os cânceres, como de pâncreas e de próstata. A carne vermelha refere-se a todos os tipos de carne a partir do tecido muscular de mamíferos, como carne bovina, vitela, porco, cordeiro, carneiros, cavalos e cabras.
– Especialistas da IARC classificaram a carne processada como um carcinógeno aos seres humanos com base em provas suficientes de que o consumo de carne processada causa câncer colorretal em humanos.
Carne processada refere-se a carne que tenha sido transformado por salga, maturação, fermentação, defumação ou qualquer outro processo utilizado para realçar o sabor ou melhorar a sua conservação. A maioria das carnes processadassão de porco ou de vaca, mas os alimentos processados também podem conter outras carnes vermelhas, aves, miúdos ou subprodutos como sangue.
Ler : Consumo de carnes processadas aumenta o risco de câncer colorretal
– Mutações genéticas: assim como em outros cânceres, mutações genéticas nas células do intestino grosso e reto podem levar ao surgimento de tumores. Determinadas mutações podem ser transmitidas hereditariamente e correspondam a cerca de 20% dos casos de câncer. Algumas dessas mutações podem ainda ocasionar algumas síndromes que são responsáveis por aumentarem os riscos de surgimento da doença. Pessoas com casos de câncer colorretal na família têm mais chances de desenvolver a doença, sendo essa uma causa hereditária.
– Polipose Adenomatosa Familiar (FAP): é uma doença rara que causa o desenvolvimento de diversos pólipos (agregados de células pré-cancerosas com formato de cogumelo) no cólon e reto. Quando não tratada, essa síndrome aumenta as chances de desenvolvimento de câncer.
– Câncer Colorretal Hereditário Não-Poliposo (HNPCC): também conhecida como síndrome de Lynch, essa condição aumenta as chances de desenvolvimento de câncer colorretal, inclusive abaixo dos 50 anos de idade.
–  Ficar sentado por muito tempo. Um estudo australiano publicado no American Journal of Epidemiology em abril de 2011 mostrou que trabalhar sentado por 10 anos aumenta em duas vezes o risco de desenvolver câncer colorretal em comparação com aqueles que não estão constantemente sentados em seus dias de trabalho.

Grupos de risco do câncer colorretal

As incidências demonstram que o câncer colorretal atinge tanto homens quanto mulheres. Dentro da população geral, alguns grupos de risco para a doença são:
– Pessoas acima dos 50 anos, uma vez que grande parte dos casos de câncer de cólon e reto são detectados nesses pacientes;
– Pacientes com histórico familiar de câncer colorretal ou pólipos;
– Pacientes com síndromes hereditárias que aumentam a incidência de câncer colorretal, como Polipose Adenomatosa Familiar e Câncer Colorretal Hereditário Não-Poliposo;
– Pessoas com dietas pobres em fibras e ricas em gorduras e carne vermelha;
– Obesos e sedentários;
– Pacientes com alto consumo de álcool;
– Fumantes, inclusive fumantes passivos;

– Pacientes com doenças inflamatórias do intestino, como a retocolite ulcerativa crônica e Doença de Crohn;
– Pacientes que já foram expostos à radiação ionizante, como na radioterapia.
É importante ressaltar que os pacientes que possuam um ou mais fatores de risco não necessariamente desenvolverão câncer. A doença tem uma fisiopatologia complexa que depende tanto de fatores genéticos quanto de causas ambientais. Cabe citar também que o câncer colorretal quando detectado precocemente tem altas chances de cura.

Sintomas

Os principais sintomas do câncer colorretal afetam principalmente o trato digestório inferior. Esses sinais normalmente incluem:
– Mudanças nos hábitos intestinais, como diarréias freqüentes ou constipações sem nenhuma causa aparente.
– Presença de fezes com sangue (melena).
– Hemorragia intestinal e anal.
– Sensação de que o intestino não se esvaziou após uma evacuação, com esforço ineficaz para eliminação das fezes.
– Dor abdominal inferior e na região anal.

– Presença de gases.
– Mudança na consistência das fezes.
– Perda de peso.
– Anemia (devido à perda de sangue).
– Fraqueza.
– Tenesmo.
O câncer colorretal quando detectado em estágios iniciais tem grandes chances de cura. É importante sempre estar alerta a esses sintomas principalmente se você faz parte de algum grupo de risco. Pacientes acima dos 50 anos devem conversar com o médico para realizar o exame de sangue oculto nas fezes. Pacientes com condições hereditárias ou doenças inflamatórias (retocolite ulcerativa crônica etc) devem conversar com o médico.

Diagnóstico

O diagnóstico do câncer colorretal é normalmente feito através da colonoscopia, uma endoscopia destinada ao cólon e reto. Quando alguma anormalidade é detectada, o médico pode usar o tubo de colonoscopia para fazer um pequeno procedimento cirúrgico e extrair parte do tecido para análise (biópsia). O procedimento de colonoscopia é feito com sedação do paciente e preparo do intestino para receber o tubo.
Diferenças entre homens e mulheres em relação ao câncer colorretal
Entre os homens os tumores localizam-se mais perto do reto, já nas mulheres os tumores são localizados mais perto do cólon.
Como a colonoscopia é mais eficaz no reto do que no cólon, as mulheres possuem risco mais elevado de sofrer desse tipo de câncer, pois no momento da realização da colonoscopia os médicos são menos capazes de atingir o cólon. Para a revista mensal francesa Science &Vie (edição de agosto de 2014), que relataram as diferenças entre homens e mulheres na medicina, os médicos devem considerar esta informação e melhorar os métodos de rastreamento em mulheres.
Um estudo canadense demonstrou em 2010 que a colonoscopia em mulheres é menos eficiente do que nos homens, com acompanhamento de 3 anos após a colonoscopia.
Uma vez detectada a doença, exames de imagem auxiliam na detecção da extensão do câncer. Nesse caso, procedimentos de tomografia computadorizada e raio-X com contraste de bário podem ser necessários. Exames de sangue por vezes também são necessários para analisar marcadores oncológicos do câncer.
Exames histológicos determinam qual o estágio do câncer, que podem ser:
Mesmo após o tratamento, o câncer pode retornar, sendo esse um caso de recorrência da doença. Isso pode acontecer no cólon, reto ou em alguma outra parte do corpo.

Complicações

O câncer colorretal pode se proliferar, atingindo outros lugares do corpo e gerando novos cânceres em órgãos distintos (principalmente fígado). Outra complicação é a recorrência do câncer no próprio intestino grosso ou no reto.
Outras complicações do câncer colorretal podem advir do procedimento cirúrgico de remoção do tumor. Dentre elas, podemos citar: infecções, hérnia intestinal, hemorragias, isquemia e necrose (por obstrução de artérias e vasos), perfuração intestinal, dentre outras.

Tratamento

O tratamento escolhido para o câncer colorretal dependerá do grau de lesão do tumor e da área atingida, além de ter ou não metástase. O médico poderá lançar mão de 3 estratégias principais de tratamento:

Cirurgia

Quando o câncer é pequeno e localizado, o médico poderá obter por fazer uma remoção cirúrgica da massa tumoral através do procedimento de colonoscopia. Se o tumor for maior, o médico poderá removê-lo por laparoscopia ou vídeo-laparoscopia.
Caso o câncer tenha crescido para a parede do intestino, o médico poderá optar pela colectomia, que é a retirada de parte do intestino grosso ou reto. Nesse caso, o cirurgião reconecta as partes restantes do intestino. Entretanto, quando isso não é possível, o paciente precisará de uma colectomia temporária ou permanente. Para a coleta das fezes, é utilizada uma bolsa especial.
Em casos muito avançados, o médico pode fazer uma cirurgia paliativa. Esse procedimento visa melhorar os sintomas do paciente, não curá-lo totalmente. Quimioterapia pode ser usada após a cirurgia paliativa para melhorar o prognóstico do paciente.

Radioterapia

A radioterapia usa raios altamente energéticos para destruir as células tumorais. Esse procedimento pode ser usado para matar as células tumorais remanescentes pós cirurgia, para reduzir o número de células antes da remoção cirúrgica (para serem removidas mais facilmente) ou para amenizar os sintomas do câncer.
A radioterapia é mais destinada para cânceres avançados e que penetraram em camadas mais profundas do intestino. Para evitar recorrência, a radioterapia normalmente é combinada com quimioterapia.

Quimioterapia

A quimioterapia se baseia na administração de medicamentos para matar as células tumorais. Esse procedimento pode ser feito antes ou depois da cirurgia, dependendo do estágio do tumor. Os médicos, antes de indicarem o tratamento quimioterápico, devem testar se o paciente tem mutação no gene KRAS uma vez que ela confere resistência a determinadas drogas.
Exemplos de fármacos utilizados para quimioterapia do câncer colorretal são o cetuximab, panitumumab, bevacizumab, 5-fluorouracila, oxaliplatina, leucovirina e irinotecano.

Fitoterapia

Até o momento, não existem plantas medicinais indicadas para o tratamento do câncer colorretal. Entretanto, pesquisas têm sido conduzidas com componentes da planta cebolinho chinês (Allium tuberosum L.). Os estudos com componentes tiossulfinatos desse vegetal mostraram que a proliferação celular é inibida.
Estudos com ratos mostraram que aqueles que receberam o composto 6-gingerol (presente no gengibre), desenvolveram menos tumores que os ratos que não receberam essa substância. Outra planta que também é cogitada como ação antitumoral é o chá verde. Essa erva possui compostos antioxidantes que protegem o fitoterapia câncer colorretalDNA da célula contra alterações e mutações.
Uma pesquisa recente realizada na Polônia e publicada na revista European Journal of Cancer Prevention demonstrou que o consumo regular de maçã ajuda a reduzir o risco de desenvolvimento do câncer colorretal. Segundo os pesquisadores, os efeitos benéficos da fruta estariam relacionados com o seu teor de flavonóides, substâncias com ação antioxidante e que combate os radicais livres do corpo.

Homeopatia

A homeopatia pode ser utilizada para melhorar a qualidade de vida do paciente com câncer colorretal. Muitos medicamentos homeopáticos visam reduzir os efeitos colaterais da terapia convencional e aumentar a disposição, o apetite, melhorar o sono, etc do paciente. Alguns dos produtos usados são:
– Labis Albus
– Phosphorus
– Traumeel S
– Iodum
Converse com o seu homeopata e veja qual a melhor indicação para o seu caso.

Dicas para o câncer colorretal

 Algumas dicas são importantes no caso do câncer colorretal:
– Se você possui mais de 50 anos, faça regularmente o exame de sangue oculto nas fezes. A detecção precoce do câncer colorretal aumenta suas chances de cura e a sobrevida do paciente.
– Fique sempre atento a seus hábitos intestinais. Se você perceber mudanças sem nenhuma causa aparente, procure um médico.
– Tenha atenção dobrada aos sintomas se você possui casos na família de câncer colorretal ou tem histórico de doenças inflamatórias intestinais, como doença de Crohn ou retocolite ulcerativa crônica.
– O tratamento quimioterápico ou radioterápico pode resultar em diversos efeitos colaterais. Converse com o seu médico para que ele possa indicar algum medicamento específico para náuseas, enjôos, vômitos, fraqueza, anemia etc.
– Se você for diagnosticado com a doença, procure apoio em seus amigos e familiares. Não encare isso como uma sentença de morte. Alternativas como yoga, meditação e atividades físicas ajudam o paciente a conviver com a doença e ter uma melhor qualidade de vida.

Prevenção

O câncer de cólon e reto quando diagnosticado precocemente tem altas chances de cura. Para pacientes prevenção câncer colorretalacima dos 50 anos, é indicado fazer anualmente o exame de sangue oculto nas fezes. Além disso, outros exames são indicados como sigmoidoscopia flexível (a cada 5 anos), enema duplo com contraste de bário (a cada 5 anos), colonoscopia (a cada 10 anos), colonoscopia virtual (a cada 5 anos), teste de DNA nas fezes.
Alguns hábitos de vida também podem ser adotados para se prevenir a doença:
– Comer porções de frutas e legumes, que são ricos em fibras alimentares e também consumir grãos integrais, se possível.
De acordo com um estudo publicado em março de 2015, na versão on-line do JAMA Internal Medicine, os vegetarianos apresentam menos riscos, cerca de 20% a menos, de desenvolver câncer colorretal em comparação com aqueles que consomem carne.
Ler: Consumo de carnes processadas aumenta o risco de câncer colorretal
– Beba álcool em moderação.
– Evite fumar.
– Pratique exercícios físicos.
– Controle o seu peso.
Algumas medidas preventivas são indicadas para pessoas com alto risco de desenvolvimento do câncer colorretal. Entretanto, essas medidas precisam de investigação. Converse com o seu médico para obter mais detalhes.
– De acordo com um estudo britânico publicado em 2014, a ingestão diária de 75 a 100 mg de aspirina reduz o risco de câncer de intestino em 35% após 10 anos do início do tratamento, o risco de morrer desse tipo de câncer diminuiu 40%. No entanto, o efeito protetor da aspirina somente se manifesta durante um período de tratamento de pelo menos 5 anos, se possível 10 anos. Para tratamentos mais curtos, os pesquisadores não observaram um efeito protetor significativo.
A ingestão diária de aspirina deve começar entre 50 e 65 anos, com acompanhamento médico.