quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Líder egípcio apoia ações do exército contra Irmandade Muçulmana

Líder egípcio apoia ações do exército contra Irmandade Muçulmana

Mahmoud Badr acha que mortes são o preço a ser pago por salvar nação.
Jornalista participou de campanha para derrubar o presidente Mursi.

Da Reuters


Mahmoud Badr, um dos fundadores do movimento "Rebelde Tamarud", durante uma entrevista coletiva no Cairo, em 29 de julho de 2013 (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)Mahmoud Badr, um dos fundadores do movimento "Rebelde Tamarud", durante uma entrevista coletiva no Cairo, em 29 de julho de 2013 (Foto: Reuters/Mohamed Abd El Ghany)
Mahmoud Badr, cuja campanha ajudou a derrubar o presidente islâmico do Egito, insiste que o banho de sangue que se seguiu é o preço a ser pago por salvar a nação da Irmandade Muçulmana.
E ele tem uma mensagem para o presidente dos EUA, Barack Obama, que expressou alarme diante da repressão violenta contra a Irmandade, que levou a mais de 700 mortes: "Não nos ensinem sobre como lidar com o terrorismo da Irmandade". Quanto à ajuda financeira, diz ele, Obama pode fica com ela e "ir para o inferno".
Badr, como muitos egípcios que se consideram liberais, tem pouca paciência com os grupos de direitos humanos que vêem a repressão como um revés para a democracia.
"O que o Egito está passando agora é o preço, um preço alto, por se livrar do grupo fascista da Irmandade antes que controle tudo e nos expulse a todos", disse Badr, de 28 anos, em entrevista à Reuters por telefone.
Badr e co-fundadores do movimento "Rebelde Tamarud" incentivaram milhões de egípcios a tomar as ruas em 30 de junho em manifestações exigindo a derrubada do presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana.
Os protestos da Tamarud levaram o exército a depor Mursi em 3 de julho e a violência irrompeu em todo o país nesta semana, depois que forças de segurança invadiram acampamentos de apoiadores de Mursi, que exijem que ele seja reempossado.
Edifícios do governo e igrejas foram incendiados e atacadas nos últimos dias, ações que Badr - assim como o exército e seu governo interino - creditam à Irmandade e seus seguidores.
Jornalista, Badr acredita que a crucial nação árabe pode estar mergulhando em uma guerra civil, mas ainda assim considera que a derrubada do primeiro presidente eleito do Egito foi a decisão certa. Ele também defendeu a conduta dos militares no violento périodo pós-golpe.

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